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Para o Brasil, o melhor ataque veio da defesa

kokas

GF Ouro
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Set 27, 2006
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Ninguém esperava o “joga bonito” deste Brasil de Scolari, mais luta e menos arte, dez guerreiros e um artista (Neymar). E ainda não foi nesta sexta-feira que esse Brasil apareceu, mas, mais do que em qualquer outro momento do Mundial, a selecção da casa mostrou toda a sua vontade de querer ganhar o “hexa”, arrancando a sua melhor exibição do torneio para se qualificar para as meias-finais à custa da Colômbia, com um triunfo por 2-1, no Estádio Castelão, em Fortaleza. Foram dois defesas centrais, Thiago Silva e David Luiz, a marcar os golos do triunfo dos brasileiros, que agora terão pela frente, na próxima terça-feira, a Alemanha.

Mais do que qualquer outra selecção no Mundial, era a Colômbia a mostrar-se como a equipa de maior espírito ofensivo e com uma “estrela” de primeira grandeza, James Rodríguez. Mas a verdade é que pouca justiça fez a estes créditos. Foram os brasileiros a assumir o comando, com uma capacidade de pressão que ainda não se tinha visto, e os colombianos simplesmente não estavam preparados para isto.
[h=1]Positivo/Negativo
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[h=2]David Luiz[/h] Marcou o seu segundo golo no Mundial com um tremendo pontapé num livre de fora da área e foi, justamente, eleito o homem do jogo. O futuro jogador do PSG foi, por isso, decisivo no ataque mas também fez a diferença na defesa, insuperável no chão, no ar e com rapidez e ousadia para sair com a bola controlada.

[h=2]Primeira parte da Colômbia[/h] Provavelmente, os colombianos estariam à espera de um Brasil mais expectante e menos pressionante, mas foram surpreendidos e não conseguiram dar resposta imediata. Só depois do 2-0 é que os cafeteros tiveram uma reacção à altura da imagem que tinham deixado nos jogos anteriores.




O golo apareceu cedo e foi merecido. Aos 7’, canto marcado pela direita por Neymar, falha na marcação na pequena área, e Thiago Silva, o capitão que não queria marcar penáltis, só teve de encostar para a baliza. Pareceu resultar o trabalho da psicóloga que Scolari contratou para acalmar os nervos brasileiros. A sua equipa, mesmo com um défice de “joga bonito”, era um paradigma de união e crença, tão ao estilo do antigo seleccionador de Portugal. A Colômbia raramente se mostrou e só o guarda-redes Ospina impediu que Hulk, por duas vezes (20’ e 28’), desse outra expressão ao marcador.
Este era um jogo em que Pékerman precisaria de uma pausa para rectificar, mas teve de esperar pelo intervalo e, depois, a Colômbia apareceu melhor. Mais James e mais Cuadrado foi igual a mais apuros para a selecção brasileira. O árbitro Velasco Carballo foi deixando passar muito na luta do meio-campo, mas não deixou passar o cartão amarelo a Thiago Silva (que o deixa de fora das meias-finais), nem o golo irregular a Mário Yepes aos 67’ — o veterano central colombiano estava fora de jogo.
Adivinhava-se o empate, aconteceu o contrário. Praticamente no lance seguinte, num livre bem longe da baliza de Ospina, David Luiz arranca um remate que só parou nas redes colombianas, naquele que foi o seu segundo golo no torneio. Este era o golo que seria da tranquilidade para o Brasil, aquele momento em que uma nação iria respirar fundo, mas não, foi a partir daqui que teve de suster a respiração.
Aos 77’, um passe de James desmarcou o recém-entrado Carlos Bacca na área brasileira. O avançado do Sevilha foi derrubado por Júlio César. Penálti bem assinalado que James converteu sem dificuldade para o seu sexto golo no Mundial — ainda é o melhor marcador e sai do torneio com golos em todos os jogos. A Colômbia continuou a carregar, o Brasil a resistir e nada se alterou. Os brasileiros não saíram do Castelão incólumes. Contra a Alemanha não terá Thiago Silva, castigado, e talvez não tenha Neymar, que saiu lesionado já perto do final do jogo e foi encaminhado para o hospital. Dois problemas para Scolari resolver nos próximos dias. A certeza é que, na próxima terça-feira, haverá um Brasil-Alemanha, 12 anos depois da final de Yokohama em 2002, a única vez que as duas selecções se encontraram em campeonatos do mundo. Na altura, a história acabou bem para Scolari e para o Brasil.

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