Mário Figueiredo, acusado pelo FC Porto de subserviência ao Benfica, garantiu, através de comunicado, total independência da Liga relativamente ao clube da Luz durante o seu mandato como presidente do organismo.
«As acusações feitas pela Liga contra o Benfica e contra o seu presidente durante o meu mandato provam a independência da Liga em relação ao Benfica», lê-se no comunicado, no qual Mário Figueiredo esclarece que os e-mails trocados com o presidente do Benfica, divulgados por Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto, «foram retiradas do contexto em que foram proferidas».
Segundo fez saber o antigo presidente da Liga, no final da época 2013/2014 «Luís Filipe Vieira estava profundamente desagradado, para dizer o menos, com as acusações disciplinares proferidas contra ele pela Liga».
«Eu disse ao Luís Filipe Vieira para ter calma na sequência de mais uma acusação da Comissão de Instrução e Inquéritos (CII) da Liga contra o presidente do Benfica. Ele estava indignado com a acusação - pela qual acabou por ser condenado - que considerava injusta, por não ter sucedido o mesmo ao António Salvador, e dizia ainda que estávamos a voltar ao tempo do `Apito Dourado´ e do favorecimento do FC Porto», relatou, frisando que o organismo a que presidiu, «utilizando os poderes que lhe eram conferidos pelos Estatutos e pelos Regulamentos, acusou disciplinarmente o presidente do Benfica e outros agentes desportivos do mesmo clube de forma tão repetida e competente que Luís Filipe Vieira achava que estava a ser perseguido pela Liga».
Aos olhos de Mário Figueiredo, as denúncias do FC Porto são sintomáticas do «desespero» que se apoderou do clube presidido por Pinto da Costa.
«Só o desespero em função dos catastróficos resultados desportivos obtidos nas últimas épocas pode explicar que, mais de três anos depois e tendo existido já dois outros presidentes da Liga (...) algum clube possa querer retirar ilações do acontecido em 2014 para caracterizar o estado atual do futebol português», argumentou.