• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Sensações extremas a bordo do Porsche 911 GT3 RS

rafa11

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Set 24, 2006
Mensagens
4,879
Gostos Recebidos
0
Parece ter escapado de mais uma corrida de GT's, realizada ali para os lados do Circuito do Estoril, mas o Porsche 911 GT3 RS é muito mais que um automóvel de competição com direito a circular na rua e deixar de sorriso aberto, quem com ele se cruza.

A sigla "RS" é uma das mais carismáticas entre os "Porschistas" mais puristas, uma vez que de imediato nos remete para modelos que marcaram a história da marca, nomeadamente os lendários Carrera RS 2.7 de 1972 e o 964 911 RS (1991), versões que transportavam para a via pública a adrenalina e emoção da competição apresentando-se desprovidas de luxos supérfluos.

Destinado aos apreciadores de performance pura mas também a coleccionadores, o novo 911 GT3 RS está, tal como os seus antecessores, orientado para muitas voltas aos circuitos de competição, contando para isso de um útil cronometro colocado no topo do tablier que nos entusiasma mesmo nos percursos citadinos, habitat pouco natural deste automóvel, mas sem duvidas onde tem sobre si todas as atenções, particularmente na cor verde, da unidade à venda no Historic Garage. Para a sua concepção, a Porsche recorreu a soluções técnicas inspiradas directamente na competição, nomeadamente nas unidades que participam na Porsche Super Cup, que elevam as suas performances para um patamar inalcançável e tornam a sua condução ainda mais precisa mas ao mesmo tempo exigente ao comum condutor.

Colocado o mais atrás possível, está o mesmo motor boxer de 3,6 litros do GT3, debitando 415 cavalos de potência às 7600 rpm (a potencia especifica chega aos 115,3 cavalos por litro) e um redline que se inicia para lá das 8400 rpm. A caixa manual de seis velocidades dispõe de um escalonamento diferente do "normal" GT3. O recurso a materiais leves como a fibra de carbono ao longo da carroçaria, com destaque para a asa posterior ajustável, assim como de uma grelha e de um óculo traseiro num compósito de plástico leve, levou a que acusasse menos 20 kg (1375 kg ao todo) em relação ao GT3, o que lhe permite acelerar dos 0 aos 100 km/h em somente 4,2 segundos, necessitando de 8,5 segundos para chegar aos 160 km/h e 13,3 segundos para alcançar os 200 km/h. A sua velocidade máxima chega aos 310 km/h. A bordo deste «animal» do asfalto, as sensações misturam-se.

Com uma carroçaria quase colada ao chão, e o habitáculo praticamente desprovido de materiais de revestimento e isolamento, este é um daqueles automóveis que privilegia as sensações, em que os ocupantes sentem no corpo, como em poucos automóveis do mercado, e com extrema fidelidade, todas as suas reacções. Através dos pedais, do volante, dos próprios bancos. Tudo foi pensado e desenvolvido tendo como objectivo a máxima eficácia, e o GT3 RS parece reagir de forma imediata e precisão milimétrica às instruções do condutor. Ainda assim, o conforto surpreende, com a suspensão a não mostrar-se dura em demasia, mesmo nos maus pisos das ruas da capital. Este monstro de 415 cavalos é razoavelmente cómodo e silencioso mas, pressionando o acelerador, a fera solta-se e os nossos rins levam um pontapé violentíssimo a cada toque no acelerador. A facilidade com que se atingem velocidades proibitivas é, de facto, impressionante. Em curva, este carro parece colado à estrada e só abusando em aceleração é que a traseira dá sinal de si. Depois o controlo electrónico de estabilidade (PSM) traz-nos de volta à normalidade.

Quanto à travagem, esta é assegurada por discos em cerâmica, propostos em opção, com 350 mm de diâmetro nas quatro rodas, coadjuvados por um ABS especialmente calibrado para a competição. Por esta altura, estamos a admirar mais uma vez o habitáculo do GT3 RS. Todo o interior é revestido em alcântara e nós encontramo-nos perfeitamente encaixados nos bacquets em fibra de carbono, que acomodam os dois únicos ocupantes já que nas nossas costas marca presença um imponente roll-bar, o mesmo que dizer que quando olhamos para trás apenas vemos tubos de metal, obrigatórios para a competição. Até a consola central é em metal, à cor da carroçaria. Apesar de despida de acessórios de luxo, esta unidade contava ainda assim com os imprescindíveis vidros eléctricos, o ar condicionado e rádio leitor de CD, um item que quase se dispensa... já que a melodia que interessa vem de trás.

Visualmente, o 911 GT3 RS é tudo menos discreto, mérito dos apêndices aerodinâmicos desta versão mas também das inscrições "GT3 RS" na parte lateral, que contrastam com a cor da carroçaria. As enormes jantes de 19 polegadas, aileron traseiro, spoiler dianteiro, entre outros, são em negro, enquanto que a sua presença é reforçada com uma traseira mais larga 44 mm. Tudo envolto por uma silhueta com mais de 40 anos, mas que tem evoluído com um estilo inigualável.

Para os interessados ou apenas meros curiosos, esta unidade do GT3 RS está à venda por 186.500 euros. Por enquanto, este GT3 RS vai continuar sossegado lado a lado, com um Ferrari F360 Modena F1, nas instalações da Historic Garage, uma empresa que em tempos se dedicou ao comércio única e exclusivamente de veículos clássicos, mas que recentemente, alargou os seus campos de actuação ao comércio de veículos topo de gama, novos e usados. Nas suas instalações, podemos ainda admirar automóveis desportivos do passado como um Lótus Elan de 1971, BMW M3 E30, Ford Cortina GT, entre outros.

Vídeo do ensaio ao 911 GT3 RS pelo programa «Fifth Gear»:



Fonte: autoportal
 
Topo