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Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas.

Fonsec@

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Chaves

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Chaves
São várias as razões que fazem de Chaves uma cidade única. Situada na orla de uma veiga fecundíssima e vasta, banhada pelo rio Tâmega, a 350 m de altitude, abrigada a Norte pela coroa montanhosa do Brunheiro e a oeste pêlos contrafortes da serra do Larouco, esta cidade reúne as condições necessárias para a prática da pesca desportiva.
Este aliciante desporto constitui um factor importante na oferta turística da cidade e conta com grande número de adeptos, não só entre a população local, mas também pescadores de muitas outras zonas do país, que aqui se deslocam com grande frequência.
A pista de pesca de Chaves oferece-nos excelentes condições para a prática da modalidade. Os pesqueiros têm para além de uma boa acessibilidade, um vasto espaço para a colocação e preparação do material.
Esta pista tem aproximadamente 30 m de largura e a profundidade varia entre os 2 e os 3.5 m.
Das espécies existentes os barbos são os que existem em maior número, por isso a nossa pesca é mais dirigida a este tipo de peixe.
Para isso utiliza-se dois tipos de pesca: a pesca à francesa aos 13 m e a pesca à inglesa com bóia fixa.

Pesca à francesa
Na pesca à francesa, a gramagem das bóias varia entre 0.30 e 0,75 g.
Na montagem, as linhas mais utilizadas são a 0.12 mm e a 0.14 mm. Os terminais são feitos com as linhas 0.10 e 0.12 mm, tendo estes 30 cm de comprimento e anzóis entre o n" 22 e o n° 18. Nos kits, são montados os elásticos em látex, com 0.9 ou 1 mm ao terceiro elemento.
A montagem
A montagem, a sondagem e a engodagem são pontos fundamentais para o sucesso de uma boa pescaria.
A montagem a ser utilizada é a chamada montagem progressiva, que consiste na colocação de um chumbo junto à argola, um segundo distanciado mais ou menos 15 cm do primeiro, reduzindo-se gradualmente o espaço entre os seguintes até a bóia ficar calibrada.
A sondagem é feita através de uma sonda tipo boca de sapo, que é colocada no primeiro chumbo da montagem. Quando a sonda estiver no fundo, a antena da bóia deve ficar totalmente visível fora da água; assim, consoante a movimentação do peixe na procura do isco, mais à superfície ou mais no fundo, vai-se adaptando a posição da bóia.
A engodagem
Na engodagem, é utilizado o asticôt colado com gravilha, se a pesca for feita aos 13 m, ou solto e cânhamo, no caso de se pescar com o kit aos 5 m.
Neste tipo de pesca, é aconselhável a utilização de bóias mais leves, os elásticos ligeiramente mais esticados, linhas mais grossas e a sondagem feita com o anzol a tocar no fundo. Este tipo de pesca faz-se normalmente quando falha o peixe aos 13 m.

A inglesa
No entanto, temos ainda como alternativa a pesca à inglesa. Nesta, as bóias variam tanto em formato como em gramagem, podendo ser bodies de 6 a 10 g, ou inseris de 2 a 4 g.
A linha no carreto deve ser 0.14 ou 0.16 mm, afundante, e nos terminais 0.12 ou 0.14 mm, em fluorocarbono, com 1 m de comprimento.
A engodagem é feita do mesmo modo que na pesca à francesa aos 13 m, mas neste caso com a ajuda de uma fisga.
Depois destas sugestões, resta-nos desejar bons momentos de pesca e que usufrua de tudo o que esta bela cidade pode oferecer...
Da ponte romana à estância turística e termal de Vidago, passando por Igrejas centenárias, castelos e fortes, existem inúmeros atractivos para explorar e descobrir nos intervalos da pescaria.


Mundo da Pesca
 

Fonsec@

In Memoriam
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Penacova

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Penacova
Ao longo destes meses, José Calado e a sua equipa têm-nos apresentado bastantes truques da pesca de competição agora a altura de partilharem connosco os segredos de algumas das melhores pistas Portuguesas.


Penacova é uma das mais belas pistas de pesca de Portugal, as mais apetecidas pelos conhecedores e das mais temidas em competição pêlos que dela pouco conhecem.
Situa-se em Vila Nova, perto da sede de concelho de Penacova, que lhe dá o nome. Nasceu pelo dinamismo dos pescadores locais, conhecedores das riquezas do rio Mondego e das suas potencialidades para a competição.
Foi constituída como concessão de pesca desportiva. Para o efeito foram regularizadas as margens do rio e protegidas contra a erosão por enrolamento de pedra e plantadas árvores adequadas, espaçadas, de forma a valorizar paisagísticamente a pista, sem prejudicar a prática da competição.
É delimitada a jusante por um açude movível e a montante pela ponte do IP 3 — Livraria do Mondego. Referencia-se a montante a existência do açude da Raiva e da barragem da Aguieira, que pela sua função energética e de regularização de caudais condicionam o caudal da pista, que varia bastante durante as provas,
Para conhecermos melhor esta zona do Mondego e até para compreender algumas variações do comportamento do peixe em competição, importa referir que o leito virgem era constituído por zonas de laje maciça, zonas em que predominavam o calhau rolado e zonas de depósito em areia (de referir que a zona da pista era conhecida pelas suas goleiras, zonas de estrangulamento do rio com formação de rápidos, onde era possível a captura de bons exemplares de trutas). Como aparte, constituía um dos nossos troços favoritos para a captura dessa espécie.

As espécies
Não cremos que as obras hidráulicas realizadas tenham alterado significativamente a constituição do fundo do rio, até pela envolvente geológica da pista. Face ao seu enquadramento e aos ventos predominantes, é normalmente, uma pista pouco ventosa.
A sua população é constituída essencialmente por bogas, barbos, góbios, ruivacos, percas, carpas e trutas.
Em competição, a espécie mais valorizada e que permite sem dúvida melhores e mais regulares classificações é a boga; tem igualmente uma população de góbios significativa, muitas vezes significativa de maus resultados, dado o seu pouco peso relativo, não é desprezável, em certas zonas, a existência de barbos, alguns de bom porte.

As técnicas
Elegendo-se a pesca das bogas e havendo a expectativa de muitas capturas, é vital que todo o material esteja afinado.
Começamos pelo posicionamento no pesqueiro: a irregularidade das margens (com pedras de grandes dimensões) obriga por vezes à utilização de plataformas, para que se obtenha um posicionamento estável, muito importante em provas de competição. É necessário saber como vão evoluir, ao longo das horas de pesca, as descargas obras hidráulicas a montante para melhor nos posicionarmos.

Na pesca das bogas quer-se uma cana com 13 m, bastante direita ede acção rápida.
As bóias, ao nosso ver, dado que existe alguma corrente (por vezes bastante, na altura da descarga da barragem), deverão ter corpo e ser ergonómicas, ou seja, uma fraca resistência à entrada na água. Por outras palavras, sensíveis, estáveis e com bom comportamento na corrente.
Pessoalmente, utilizamos do tamanho 4x12 ao 4x18, com predominância da 4x14. A opção reside na fundura do pesqueiro (que poderá ir de 1 a 4.50
m), na corrente e na existência de muito peixe ou não no pesqueiro.
A ponteira deve ser fina q. b., de modo a que se veja e permita que a calibragem da bóia se faça pela mesma.
A quem tem muita dificuldade em lidar com esse tipo de calibragem, sugerimos que o faça e depois unte a antena com uma substância gordurosa (como a vaselina), que permite que a bóia mantenha praticamente a sensibilidade e se torne mais visível.

Os materiais
A distribuição dos chumbos na baixada é, a nosso ver, clássica neste tipo de pesca, ou seja, dois ou três chumbos de toque, espaçados cerca de 10 cm, seguidos do maciço. Se a pesca se toma difícil, por vezes utiliza-se montagens mais ligeiras, tipo cauda de rato, com mais chumbos distribuídos. Se a pesca é demasiado rápida, chegamos a utilizar apenas um chumbo de toque.
A linha da baixada raramente passa de 0.10 mm e a linha do terminal raramente desce de 0.08 mm, por vezes 0.09.
Nos anzóis somos muito conservadores e, embora alguns pescadores recorram a anzóis pequenos (20,22) muito finos e de patilha comprida, preferimos em 90% das vezes o n.° 18, vermelho ou bronze.
Uma palavra especial para o engodo a utilizar: este deve, a nosso ver, ter uma cor pouco contrastante com a cor do fundo do rio — dada a existência de predadores, as bogas não se sentem confiantes em situações muito contrastantes. Deverá ser fino mas não ter partículas muito finas. Por outras palavras, deverá ter uma granulometria homogénea, fina, mas não demasiado.
O não cumprimento do exposto pode atrair demasiado peixe pequeno ao pesqueiro (bogas pequenas e góbios).
Abordados os aspectos preliminares da pesca e antes de nos debruçarmos sobre o acto de pesca, repetimos que tudo à nossa volta tem de estar organizado, da colocação do panier aos iscos, passando pela repechel, pela manga, etc... Temos visto pescadores muito desorganizados que perdem segundos preciosos que, ao longo da jornada, se transformam em largos minutos e se reflectem invariavelmente em menos gramas ou quilos de capturas.
Os iscos mais apetecidos são sem dúvida os ver de vase; e a colocação de fouillis no engodo é extremamente importante. Lembramos a ementa faz parte da dieta habitual dos peixes que queremos capturar. Muitas vezes nos temos perguntado se o peixe digere tudo o que lhe mandamos e qual o doseamento e cadência da engodagem que vamos eleger. Após muitas horas de pesca às bogas, particularmente em Penacova, pensamos que no imediato o engodo não é todo digerido; todavia é extremamente importante manter uma engodagem constante e ritmada, digamos, cada vez que se coloca a cana dentro de água ou se falha um toque. O melhor, atendendo a que as provas têm duração de três horas, é dividir o engodo pelo máximo permitido em quatro tinas iguais e utilizar uma na engodagem inicial, que não necessita de ter bolas muito grandes, e outra por cada hora de pesca, para rapel.


Cuidados
A condução e o posicionamento da linha em acção de pesca são igualmente importantes. Muitas vezes diz-se, por brincadeira, que o mais importante das canas de pesca é o suporte, ou seja, o pescador.
Em Penacova, quando tudo está correcto e se faz de forma cuidada, é exportável que assim que a bóia esteja em acção de pesca tenhamos toques. É, no entanto, essencial que o posicionamento da linha na água se faça com cuidado e de uma forma correcta. A mesma deve ser acompanhada e a bóia colocada com jeito, ligeiramente a montante do sítio que elegemos para a engodagem.
Quanto à condução da linha, é igualmente eficaz a pesca na passata (deixando correr quase livremente), assim como travando a bóia e aliviando-a devagar, simulando negaças. Em último caso, na ausência de toques devemos mesmo negaçar.
É fundamental que o pescador tenha a percepção da melhor maneira de conduzir a linha, face ao modo de comer das presas no próprio dia. Nem sempre o peixe reage da mesma maneira, é preciso encontrar soluções.
Por último, uma dúvida de todos os pescadores: como libertar-se dos góbios, se a cadência de capturas é constante e as bogas não entram? Um grande amigo vai desculpar-nos porque vamos plagiá-lo, mas a resposta mais plausível é simples: apanhando-os todos.
Bom, depois desta escrita, ficámos com o apetite desperto para mais uma pescaria. Para onde? Penacova, claro !


Mundo da Pesca
 

C.S.I.

GF Ouro
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Que sítios belos para pescar.
 

arcoa

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Alguem me sabe dizer se existem lucios na barragem do pocinho no rio douro ou outro sitio por ali perto
 

ASDias

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Boa... Fonseca - Quem sabe, sabe!:36_2_51:
E se fizesses uma referência às técnicas de pesca, utilizadas na Pista de Pesca de Chaves, um local preferido de muitos amantes deste desporto, cá no Norte? "carago".
Muitos "principiantes" ficariam gratos.:crazynew3:
Cpms
 

Fonsec@

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Boa... Fonseca - Quem sabe, sabe!:36_2_51:
E se fizesses uma referência às técnicas de pesca, utilizadas na Pista de Pesca de Chaves, um local preferido de muitos amantes deste desporto, cá no Norte? "carago".
Muitos "principiantes" ficariam gratos.:crazynew3:
Cpms

Amigo se reparares 5 postes mais acima esta la.:espi28:
 

panca72

GF Bronze
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Excelente tópico sem duvida e coisa que adoro mesmo é pescar mas não aguas interiores, só pesco no mar, praia :36_2_51:
 

Feraida

GF Ouro
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Faltou falar da barragem de Odivelas perto de Ferreira do Alentejo. Grandes carpas!!!
Parabéns pelo belo trabalho!
 
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