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Casca de arroz vai gerar energia

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Casca de arroz vai gerar energia
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Produzir energia elétrica a partir da queima de casca de arroz deve ser uma realidade na região nos próximos 30 dias. No começo dessa semana, a Kiarroz Fumacense, em Morro da Fumaça, deu início a montagem da Pequena Central Termoelétrica (PCT), que terá capacidade produtiva de 1,2 mil quilovolt-ampère, KVA (um KVA equivale a 1 mil watts). O projeto é inédito na região e o segundo do Estado - uma empresa de beneficiamento de arroz em Jaraguá do Sul já produz energia a partir da casca do grão. Segundo José Ricardo Albuquerque Vaz, superintendente da Kiarroz Fumacense, assim a PCT garantirá a independência de energia elétrica da empresa.

Até então, 60% da casca de arroz proveniente do processo de beneficiamento do cereal eram queimados e utilizados no próprio processo industrial. Com a instalação da usina termoelétrica, 100% da casca será queimada e passará a ser utilizada na produção de energia elétrica, além de continuar colaborando no processo industrial. Vaz explica que a queima da casca gera vapor, que será utilizado para movimentar a turbina que acionará os geradores de energia. Por dia, a PCT consumirá 35 toneladas de casca de arroz.

A idéia de a empresa produzir a própria energia é antiga e partiu de José Mezzari, um dos sócios. "Era uma fixação dele, que antevia o aumento nas tarifas e a instabilidade na garantia de fornecimento", afirma Vaz. Segundo o superintendente, o projeto alia o fator economia à utilização das cascas de arroz que não eram aproveitadas e a conseqüente redução de rejeitos. Pela tecnologia utilizada na PCT, o número de partículas emitidas no ar em decorrência da queima da casca, assim como os rejeitos sólidos, será reduzido em 100%, segundo Vaz.


Projeto vinha sendo pensado há tempo


A Kiarroz Fumacense vinha trabalhando há um bom tempo em cima do projeto, mas até então não tinha obtido êxito devido à falta de equipamentos que se adequassem à realidade da empresa. A empresa não produzia o número de cascas suficientes para abastecer os equipamentos existentes, e por isso, teria que comprar as cascas, o que estrategicamente seria perigoso, já que a geração de energia elétrica passaria a depender do fornecimento de casca de terceiros. A usina termoelétrica será composta pela caldeira fabricada em Rio do Sul, turbina fabricada em São Paulo e gerador vindo de Jaraguá do Sul. Vaz não divulga o investimento que a beneficiadora de arroz fez na PCT, mas garante que a economia feita com a produção da própria energia cobrirá os gastos e será vantajosa. A usina funcionará 24 horas, e cerca de duas a três pessoas devem trabalhar nela.


Usina contribuirá com preservação ambiental

Segundo Vaz, além da economia, a usina contribuirá com o meio ambiente. A queima da casca do arroz gera cinza, que até então não era aproveitada. Com o processo de produção de energia elétrica, a queima da casca resultará em uma cinza um pouco mais nobre, por assim dizer, que poderá ser utilizada em indústrias como a de produtos de borracha, de tapetes para carro e cosméticos. "Depois da usina pronta, a nossa relação com o meio ambiente será melhor", afirma. A empresa planeja, após realizar testes na cinza produzida pela usina, comercializá-la.

Rodrigo Medeiros/ A Tribuna
Milena Nandi | De Morro da Fumaça
 
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