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Protocolo de Quioto

Satpa

GF Ouro
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Protocolo de Quioto

O Protocolo de Quioto é consequência de uma série de eventos iniciada com a Toronto Conference on the Changing Atmosphere, no Canadá (Outubro de 1988), seguida pelo IPCC's First Assessment Report em Sundsvall, Suécia (Agosto de 1990) e que culminou com a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (CQNUMC, ou UNFCCC em inglês) na ECO-92 no Rio de Janeiro, Brasil (Junho de 1992). Também reforça secções da CQNUMC.

Constitui-se no protocolo de um tratado internacional com compromissos mais rígidos para a redução da emissão dos gases que provocam o efeito estufa, considerados, de acordo com a maioria das investigações científicas, como causa do aquecimento global.

Discutido e negociado em Quioto no Japão em 1997, foi aberto para assinaturas em 16 de Março de 1998 e ratificado em 15 de Março de 1999. Sendo que para este entrar em vigor precisou que 55% dos países, que juntos, produzem 55% das emissões, o ratificassem, assim entrou em vigor em 16 de Fevereiro de 2005, depois que a Rússia o ratificou em Novembro de 2004.

Por ele se propõe um calendário pelo qual os países desenvolvidos têm a obrigação de reduzir a emissão de gases do efeito estufa em, pelo menos, 5,2% em relação aos níveis de 1990 no período entre 2008 e 2012, também chamado de primeiro período de compromisso (para muitos países, como os membros da UE, isso corresponde a 15% abaixo das emissões esperadas para 2008).

A redução das emissões deverá acontecer em várias actividades económicas. O protocolo estimula os países signatários a cooperarem entre si, através de algumas acções básicas:

* Reformar os sectores de energia e transportes;
* Promover o uso de fontes energéticas renováveis;
* Eliminar mecanismos financeiros e de mercado inapropriados aos fins da Convenção;
* Limitar as emissões de metano no tratamento de resíduos e dos sistemas energéticos;
* Proteger florestas e outros absorventes de carbono.


Se o Protocolo de Quioto for implementado com sucesso, estima-se que deva reduzir a temperatura global entre 1,4ºC e 5,8ºC até 2100, entretanto, isto dependerá muito das negociações pós período 2008/2012, pois há comunidades científicas que afirmam categoricamente que a meta de redução de 5% em relação aos níveis de 1990 é insuficiente para a mitigação do aquecimento global.


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Mapa do Protocolo de Quioto em 2005.

Legenda :


* Verde : Países que ratificaram o protocolo.
* Amarelo : Países que ratificaram, mas ainda não cumpriram o protocolo.
* Vermelho : Países que não ratificaram o protocolo.
* Cinzento : Países que não assumiram nenhuma posição no protocolo.


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 

aiam

GF Ouro
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UE antecipa metas de redução de CO2 do Protocolo de Quioto

Metas de redução das emissões de CO2 na União Europeia fixadas no Protocolo de Quioto vão ser atingidas antes do prazo.


A crise ajudou a cortar as emissões de CO2, devido ao abrandamento da atividade económica, mas com a retoma é previsível que a tendência de redução dessas emissões continue


As metas da União Europeia para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa até 2012 vão concretizar-se antes do prazo estabelecido pelo Protocolo de Quioto, revela o relatório anual da Comissão Europeia sobre as emissões nos 27 Estados-membros.

"Os factos provam que o mundo pode contar connosco: o que prometemos, fazemos. Neste caso, estamos até a caminho de superar os objetivos", afirmou em Bruxelas a comissária europeia para a Ação Climática, Connie Hedegaard.

Menos 6% de emissões na UE-15


As projeções do relatório da Comissão mostram que o total de emissões nos quinze países mais antigos da União Europeia (UE-15), onde se inclui Portugal, será em média 14,2% inferior aos níveis dos anos de referência no período de compromisso de 2008-2012, quando a meta prevista era de 8%.

Isso será possível "se os Estados-membros avançarem com os planos de aquisição de créditos de emissão internacionais e com as atividades previstas de florestação e reflorestação", sublinha o relatório.

Quanto à UE-27, a Comissão prevê que todos os Estados-membros que fixaram objetivos no âmbito do Protocolo de Quioto "cumpram ou superem os seus compromissos de 6% a 8%" em relação aos anos de referência".

Impacto 'positivo' da recessão económica


Connie Hedegaard, comissária europeia para a Ação Climática: «Os factos provam que o mundo pode contar com a União Europeia»

Esta antecipação das metas do Protocolo de Quioto deve-se aos esforços empreendidos pelos diversos países europeus, mas a Comissão reconhece que "as projeções apresentadas no relatório mostram o efeito cumulativo da recessão económica na diminuição das emissões".

A Agência Europeia do Ambiente divulgou também um relatório em que avalia o avanço da União Europeia nos compromissos de Quioto, onde reconhece que "o regresso do crescimento económico à Europa pode parar ou mesmo inverter a queda das emissões, mas as expectativas vão no sentido de que esta tendência continue".

Em todo o caso, a agência chama a atenção para o facto de três países da União Europeia - Áustria, Dinamarca e Itália - e três outros países europeus - Suíça, Croácia e Lichtenstein - "precisarem de esforços adicionais antes de 2012 para conseguirem alcançar as metas de Quioto".

Mas ao mesmo tempo reconhece que os 27 Estados-membros da União Europeia "estão no bom caminho para alcançarem uma meta de redução de 20% das emissões em 2020".

Portugal no bom caminho


Para Portugal, o Protocolo de Quioto fixa uma meta de 27% de aumento das emissões até 2012, e a Agência Europeia do Ambiente coloca o nosso país no grupo dos que estão em condições de cumprir essa meta.

Mas acrescenta que Portugal faz parte do grupo de países europeus que precisa de usar créditos de emissão de CO2 para esse efeito, tal como a Espanha, Irlanda, Luxemburgo, Eslovénia e Islândia.

O nosso país é o sétimo europeu com as emissões per capita mais baixas - 7,4 toneladas em 2008 -, estando abaixo da média da EU-27, que atinge as 9,9 toneladas por habitante.

Negociações climáticas: confronto entre EUA e China


Entretanto, a última ronda de negociações climáticas promovida pela ONU antes da Cimeira de Cancún (México) marcada para 28 de novembro, terminou no sábado em Tianjin (China), com trocas de acusações entre os EUA e a China, potências que promoveram o frágil acordo saído da Cimeira de Copenhaga em dezembro de 2009.

A China criticou os EUA por não assumirem as suas responsabilidades no corte de emissões e por tentarem subverter os princípios da ONU, enquanto os americanos acusaram a China de não permitir a verificação internacional dos resultados das suas medidas de poupança voluntária de energia.

Em todo o caso, registaram-se alguns progressos em Tianjin quanto ao fundo de 80 mil milhões de euros a transferir anualmente dos países ricos para os países em desenvolvimento, de modo a que estes possam enfrentar as consequências das alterações climáticas.

Bruxelas preocupada com imagem das energias renováveis
O departamento de energia da Comissão Europeia lançou um estudo para encontrar mecanismos que permitam diminuir a hostilidade de comunidades locais à instalação de projetos de energias renováveis.
O problema tem surgido em várias regiões de certos países da UE, como o Reino Unido, onde a instalação de parques eólicos tem encontrado a oposição de comunidades locais, devido ao barulho das turbinas eólicas e ao seu impacto visual na paisagem.

Os resultados preliminares deste estudo demonstram que há mecanismos que podem reduzir este problema, como a partilha dos benefícios destes projetos de energias renováveis com as comunidades locais.

Essa partilha pode ser feita de forma direta ou indireta através da criação de fundos comunitários e novos empregos ou da promoção do local como destino na área do eco-turismo.

Estudos científicos estão, entretanto, a revelar novos impactos dos parques eólicos a nível local. Um deles, realizado pela Universidade de Illinois (EUA), concluiu que os grandes parques eólicos geram níveis de turbulência que podem alterar as temperaturas locais do ar junto ao solo, numa escala que varia entre -0,4 e 1,5 graus centígrados.

Esta turbulência provoca o aquecimento da superfície do solo à noite e o arrefecimento de dia, havendo duas soluções para minorar este impacto: concebendo novos rotores para as turbinas eólicas que tenham menos turbulência, ou transferir os parques eólicos para locais com elevados níveis naturais de turbulência.



Expresso
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