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Automedicação Animal

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Automedicação Animal

Tal como nos seres humanos a automedicação é um grave problema no caso dos animais.Perguntarão porquê, visto que estes não são capazes de os tomar per si.
Não é invulgar utilizarmos nos animais os mesmos medicamentos que usamos quando temos problemas de saúde. Não existirá problema quando os animais tenham sido observados e o seu estado sido objecto de um diagnóstico por um profissional. No entanto por razões várias, que se prendem desde as dificuldades financeiras, falta de tempo, desejo de evitar gastos com um "animal", ou muitas vezes...preguiça de pegar em um telefone e colocar uma simples questão ao veterinário.

Com o aumento de informação disponível nos veterinários, nas farmácias e na internet pensar-se-ia que os portugueses estão cada vez mais informados sobre a forma de usar os medicamentos.No entanto tal é um engano e uma das grandes causas de urgencias no que se refere a animais de companhia com tendência para aumentar na mesma proporção em que aumenta o número de animais de companhia nas nossas casas.

O alveitar, ou curioso, que no passado ia de aldeia em aldeia com uma sovela, arrancando nervos sublinguais a que chamava "bichos da esgana" e que tratava as doenças dos cães com um ferro em brasa na cabeça dos pobres animais encontra-se finalmente em extinção mas está a ser gradualmente substituído por uma espécie mais perigosa. O licenciado em Internet, que, na maior parte das vezes sem conhecimentos técnicos que lhe permitam destrinçar o verdadeiro do falso, dedica-se a recolher tratamentos e informações em fóruns, difundindo boatos no éter com a velocidade da luz. Os nossos vizinhos, amigos e conhecimentos virtuais são potenciais inimigos dos nossos animais de estimação ao difundir conhecimentos e terapias que são aproveitadas para tratar os nossos animais.

Por razões óbvias não serão mencionadas marcas mas somente os princípios activos que podem procurar no folheto informativo e/ou embalagem do medicamento.
O ácido acetilsalicílico, por exemplo, ao ser administrado a cães e gatos, deverá ser utilizado com discrição e com recurso a aconselhamento médico-veterinário.. pense que 500 m de um medicamento estudado para um ser humano de 60 0u 70 kg, não será o mais indicado para um gato de 5 kg ou um cão de 15kg. O mesmo com o Ibuprofeno que é uma excelente forma de conseguir arranjar uma úlcera ao seu animal.

Mais grave e mais comum nas situações de auto-medicação será o caso do acetaminofeno ou paracetamol nos gatos, que é extremamente tóxico e deve ser evitado o seu recurso. No entanto, grande número das intoxicações por gatos são devido a recurso a medicamentos que têm esse principio activo, extremamente vulgares nas casas dos portugueses. Desenganem-se, mesmo as apresentações pediátricas são excessivas para um gato e dividir um comprimido ao meio não significa que cada metade do dito, tenha metade da dosagem de um comprimido inteiro.

O recurso a anti-histamínicos é indicado pelos profissionais nos casos de reacções alérgicas e aconselha-se que animais que reajam sempre favorávelmente a picadas de insectos tenham um anti-histamínico para SOS em sua casa. No entanto, estes demoram a fazer efeito e nos casos em que um edema ameace a capacidade de respiração do animal, ou animais de raças com especificidades respiratóriias como sejam o Bulldog, deverá ser de imediato observado. Vemos no entanto que o recurso a indicações do vizinho continuam a ser a situação mais corrente, assistindo-se a animais que sufocam pelo facto de tomarem acertadamente um anti-histamínico, mas este não agir no tempo necessário a evitar o bloqueio das vias respiratóriorias e consequente morte por asfixia.

Os antibióticos são outra situação gravosa. Com efeito o seu recurso de forma desavisada tem várias consequências.Além de contribuir para o fortalecimento das estirpes que é suposto eliminar ao serem mal utilizados, contribuem para camuflar elementos de uma sintomatologia impedindo o diagnóstico correcto do animal. E mais uma vez, os animais, como algumas das pessoas têm reacções adversas a antibióticos.

Finalmente o alerta contra os antiparasitários externos que se encontram à venda fora de farmácias, sejam em lojas, ou mesmo em floristas, aproveitando-se de um hiato legal. Os mesmos deverão ser utilizados somente após se estar bem elucidado sobre os riscos e a forma de adminstração, informe-se com os profissionais, sendo eles, o seu médico. veterinário e o seu farmacêutico.
Uma boa forma de evitar fazer mais mal que bem passa por várias situações:

1- Telefonar ao seu veterinário pode evitar uma visita desnecessária ao mesmo.
2- Não ouvir conselhos de amigos sobre situações que à partida lhe poem parecer semelhantes mas que não o serão necessáriamente.
3- Saber que medicamentos podem fzer mal ao animais e mantê-los afastados destes ( como as crianças)
4- Não usar a internet ou outros meios de informação como fonte a menos que tenha capacidade técnica para os filtrar.
 

Maria Teresa Santos

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Tenho uma caturra macho que está a mexer muito a cabeça rodopiando-a e não consegue ficar no poleiro, continua comendo. Qual será a causa? Terá cura?
Obrigada
 
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