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Saab 9-3 1.9 TTiD 180 CV: Lugar na garagem da empresa
Ter um Saab é sempre um gesto de afirmação. É o direito à diferença, mesmo que isso signifique abdicar das prestações e eficácia que os seus rivais alemães oferecem. Para contrariar este preconceito o novo 9-3 oferece um potente biturbo Diesel a um preço de combate.
Saab 9-3 1.9 TTiD 180 CV: Lugar na garagem da empresa -
Quando nas empresas chega aquela altura dos gestores fazerem contas ao seu "plafond" para ver se chegam ao BMWSérie 3 (carrinha, claro), ou ao Audi A4 para novo carro de serviço, há sempre um "rebelde" que gosta de se destacar na cinzenta unanimidade da garagem.
É precisamente esse direito à diferença que a Saab quer cultivar com a actualização do seu 9-3. Representada agora pela General Motors no nosso país, a sóbria e elegante marca sueca pretende reconquistar um estatuto perdido pela pouca competitividade do seu motor Diesel e pela escassa margem de manobra no posicionamento comercial. Adoptando um novo motor biturbo de 180 cv, uma imagem refrescada e um nível de equipamento completo, a Saab regressa em força com uma política de preços que fará as delícias dos directores de frota das empresas. Afinal, quando comparado com os rivais alemães, sempre se poupam uns valentes milhares de euros ao orçamento, que podem ir direitinhos para prémios de gestão.
A imagem de executivo, personalizada como os vincos de umas boas calças está lá e um rápido olhar pelo curriculum técnico antecipa um automóvel credível, capaz de saber interpretar a relação custo/benefício na condução e com qualidades para se tornar um bom "gestor" na estrada. Resta saber se um bom curriculum basta, para roubar lugares na garagem da direcção aoBMWSérie 3 ou ao Audi A4.
Gestor racional
Iniciando a "entrevista" em cidade, começamos por perguntar ao motor 1.9 TTid de 180 cv, que tal se dá na cidade. E com um binário de 400Nmdisponíveis às 1.850 rpm, a resposta é pronta e generosa. O correcto escalonamento da caixa de velocidades ajuda numa boa capacidade de aceleração, que se exprime com mais fluência a partir de médios regimes.
A suspensão suave e elegante poupa-nos as costas, e os comandos não recebem vibrações "melgas" oriundas do compartimento do motor. Em cidade, estamos conversados, mas vamos ali à Arruda dos Vinhos, ver as suas credenciais em auto-estrada. Recuperações muito convincentes, mas em regimes mais altos perde-se algum fulgor. O conforto de rolamento merece destaque e mantém-se assim que viramos para uma estradinha secundária.
Mas é aqui que o Saab mostra que afinal não é um"gestor" tão polivalente como gostaria. A direcção é demasiado hesitante e a "massa" de uma tonelada e meia não prima pela agilidade e precisão. O motor ajuda a disfarçar estas insuficiências, mas isso reflecte-se nos consumos que podem passar a barreira dos 7 litros aos 100.
Mesmo assim, e atendendo à qualidade global, às competências, e sobretudo ao "ordenado" que aufere, este Saab merece um lugar na garagem das empresas, pelo menos enquanto elas considerarem os carros de serviço como uma forma de regalia aos seus executivos, o que nos dias que correm não é assim tão certo.
Rui Pelejão
Ter um Saab é sempre um gesto de afirmação. É o direito à diferença, mesmo que isso signifique abdicar das prestações e eficácia que os seus rivais alemães oferecem. Para contrariar este preconceito o novo 9-3 oferece um potente biturbo Diesel a um preço de combate.
Saab 9-3 1.9 TTiD 180 CV: Lugar na garagem da empresa -
Quando nas empresas chega aquela altura dos gestores fazerem contas ao seu "plafond" para ver se chegam ao BMWSérie 3 (carrinha, claro), ou ao Audi A4 para novo carro de serviço, há sempre um "rebelde" que gosta de se destacar na cinzenta unanimidade da garagem.
É precisamente esse direito à diferença que a Saab quer cultivar com a actualização do seu 9-3. Representada agora pela General Motors no nosso país, a sóbria e elegante marca sueca pretende reconquistar um estatuto perdido pela pouca competitividade do seu motor Diesel e pela escassa margem de manobra no posicionamento comercial. Adoptando um novo motor biturbo de 180 cv, uma imagem refrescada e um nível de equipamento completo, a Saab regressa em força com uma política de preços que fará as delícias dos directores de frota das empresas. Afinal, quando comparado com os rivais alemães, sempre se poupam uns valentes milhares de euros ao orçamento, que podem ir direitinhos para prémios de gestão.
A imagem de executivo, personalizada como os vincos de umas boas calças está lá e um rápido olhar pelo curriculum técnico antecipa um automóvel credível, capaz de saber interpretar a relação custo/benefício na condução e com qualidades para se tornar um bom "gestor" na estrada. Resta saber se um bom curriculum basta, para roubar lugares na garagem da direcção aoBMWSérie 3 ou ao Audi A4.
Gestor racional
Iniciando a "entrevista" em cidade, começamos por perguntar ao motor 1.9 TTid de 180 cv, que tal se dá na cidade. E com um binário de 400Nmdisponíveis às 1.850 rpm, a resposta é pronta e generosa. O correcto escalonamento da caixa de velocidades ajuda numa boa capacidade de aceleração, que se exprime com mais fluência a partir de médios regimes.
A suspensão suave e elegante poupa-nos as costas, e os comandos não recebem vibrações "melgas" oriundas do compartimento do motor. Em cidade, estamos conversados, mas vamos ali à Arruda dos Vinhos, ver as suas credenciais em auto-estrada. Recuperações muito convincentes, mas em regimes mais altos perde-se algum fulgor. O conforto de rolamento merece destaque e mantém-se assim que viramos para uma estradinha secundária.
Mas é aqui que o Saab mostra que afinal não é um"gestor" tão polivalente como gostaria. A direcção é demasiado hesitante e a "massa" de uma tonelada e meia não prima pela agilidade e precisão. O motor ajuda a disfarçar estas insuficiências, mas isso reflecte-se nos consumos que podem passar a barreira dos 7 litros aos 100.
Mesmo assim, e atendendo à qualidade global, às competências, e sobretudo ao "ordenado" que aufere, este Saab merece um lugar na garagem das empresas, pelo menos enquanto elas considerarem os carros de serviço como uma forma de regalia aos seus executivos, o que nos dias que correm não é assim tão certo.
Rui Pelejão