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FAO: São precisos 15/20 milhões de dólares anuais p/resolver a crise alimentar
Ban Ki-Moon
04 de Junho de 2008, 11:21
Roma, 04 Jun (Lusa) - o secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-Moon, estimou hoje que sejam necessários entre 15 a 20 milhões de dólares anuais para resolver a crise alimentar mundial, considerando que a Humanidade não pode fracassar na luta contra a fome.
"Não nos podemos permitir fracassar. É uma luta que não nos podemos permitir perder, a fome cria instabilidade, e devemos reagir todos juntos e agora", disse Ban Ki-Moon numa conferência de imprensa em Roma no segundo dia da cimeira da organização das Nações Unidas para a alimentação e agricultura (FAO).
Para o secretário-geral da ONU "é urgente" um plano de acção porque há milhões de pessoas à espera.
"Necessitaremos de 15 a 20 milhões de dólares [entre 10 e 12 milhões de euros] por ano", estimou, aludindo à aplicação do referido plano.
Acrescentou que a crise alimentar atinge toda a gente e desafiou os dirigentes mundiais a deixarem Roma "com um compromisso preciso" de luta contra a fome em parceria com as organizações e a sociedade civil.
Ban Ki-Moon defendeu, por outro lado, que é preciso atacar as causas do problema da fome no mundo, considerando que é necessário que o sistema de comércio internacional funcione de forma eficaz, colocando mais alimentos a preços razoáveis no mercado.
A crise alimentar que afecta dezenas de países mais pobres é o tema da reunião extraordinária da organização das Nações Unidas da FAO que decorre em Roma até quinta-feira.
Durante o encontro, o Programa Alimentar Mundial (PAM) anunciou que vai desbloquear 1,2 milhões de dólares adicionais para ajudar na luta contra a crise alimentar.
"Vemos os mercados cheios de produtos e gente que não tem dinheiro para os comprar", sublinhou a directora do PAM Josette Sheeran, explicando que os objectivos da organização passam cada vez mais por dar as populações dinheiro em vez de alimentos.
Também presente na cimeira, o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, apelou ao levantamento das restrições comerciais às exportações, sustentando que encorajam a subida dos preços e atingem os mais pobres.
Durante o encontro, Robert Zoellick apresentou ainda um plano com dez pontos com o objectivo de, por um lado lutar contra a fome e por outro "fazer com que os preços altos dos alimentos sejam uma oportunidade para desenvolver a agricultura mundial".
O director-geral da FAO, Jacques Diouf, anunciou ainda que o Banco Islâmico de Desenvolvimento (BID) irá atribuir 1,5 milhões de dólares aos programas de desenvolvimento e de ajuda alimentar aos países mais pobres./Fim
CFF
Lusa
Ban Ki-Moon
04 de Junho de 2008, 11:21
Roma, 04 Jun (Lusa) - o secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-Moon, estimou hoje que sejam necessários entre 15 a 20 milhões de dólares anuais para resolver a crise alimentar mundial, considerando que a Humanidade não pode fracassar na luta contra a fome.
"Não nos podemos permitir fracassar. É uma luta que não nos podemos permitir perder, a fome cria instabilidade, e devemos reagir todos juntos e agora", disse Ban Ki-Moon numa conferência de imprensa em Roma no segundo dia da cimeira da organização das Nações Unidas para a alimentação e agricultura (FAO).
Para o secretário-geral da ONU "é urgente" um plano de acção porque há milhões de pessoas à espera.
"Necessitaremos de 15 a 20 milhões de dólares [entre 10 e 12 milhões de euros] por ano", estimou, aludindo à aplicação do referido plano.
Acrescentou que a crise alimentar atinge toda a gente e desafiou os dirigentes mundiais a deixarem Roma "com um compromisso preciso" de luta contra a fome em parceria com as organizações e a sociedade civil.
Ban Ki-Moon defendeu, por outro lado, que é preciso atacar as causas do problema da fome no mundo, considerando que é necessário que o sistema de comércio internacional funcione de forma eficaz, colocando mais alimentos a preços razoáveis no mercado.
A crise alimentar que afecta dezenas de países mais pobres é o tema da reunião extraordinária da organização das Nações Unidas da FAO que decorre em Roma até quinta-feira.
Durante o encontro, o Programa Alimentar Mundial (PAM) anunciou que vai desbloquear 1,2 milhões de dólares adicionais para ajudar na luta contra a crise alimentar.
"Vemos os mercados cheios de produtos e gente que não tem dinheiro para os comprar", sublinhou a directora do PAM Josette Sheeran, explicando que os objectivos da organização passam cada vez mais por dar as populações dinheiro em vez de alimentos.
Também presente na cimeira, o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, apelou ao levantamento das restrições comerciais às exportações, sustentando que encorajam a subida dos preços e atingem os mais pobres.
Durante o encontro, Robert Zoellick apresentou ainda um plano com dez pontos com o objectivo de, por um lado lutar contra a fome e por outro "fazer com que os preços altos dos alimentos sejam uma oportunidade para desenvolver a agricultura mundial".
O director-geral da FAO, Jacques Diouf, anunciou ainda que o Banco Islâmico de Desenvolvimento (BID) irá atribuir 1,5 milhões de dólares aos programas de desenvolvimento e de ajuda alimentar aos países mais pobres./Fim
CFF
Lusa