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CCDR Norte lança campanha para remover uma centena de sucatas ilegais no norte do paí

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Ambiente: CCDR Norte lança campanha para remover uma centena de sucatas ilegais no norte do país

Amarante, 06 Mai (Lusa) - O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN) anunciou hoje, em Amarante, que vai ser lançada uma vasta campanha no norte do país para remoção de uma centena de sucatas ilegais.

"Temos registo de 121 postos de sucata dos mais diversos níveis e dimensões, que são ilegais, 23 dos quais estão em processo de legalização e 13 já foram legalizados", afirmou Carlos Lage.

O presidente da CCDR Norte falava em Amarante durante uma visita a um antigo depósito de sucata, localizado na margem da EN 101, entre Amarante e a Régua, considerado há mais de 20 anos "uma chaga paisagística" numa das portas de entrada da região do Douro.

Carlos Lage adiantou que vai ser lançada em breve "uma operação vasta para eliminar alguns desses depósitos de sucata" e classificou duas dessas acções - em Sebolido, Penafiel, na margem direita do rio Douro, e às portas de Braga - como "simbólicas".

"Temos uma grande sucata às portas de Braga, que parece quase uma sucata pornográfica, tão chocante é a presença daquele imenso depósito de lixo, de automóveis e de peças mais variadas numa zona urbana", enfatizou.

O presidente da CCDR-N mostrou-se confiante em conseguir, a curto prazo, "bons resultados no combate aos passivos ambientais na região Norte".

"Além das sucatas, vamos intervir também nas pedreiras, nas zonas mineiras desactivadas e nas zonas industriais também desactivadas mas que têm ainda resíduos perigosos", referiu.

Carlos Lage lembrou que os custos da eliminação da sucata de Amarante para o erário público "foram praticamente nulos" porque o proprietário da sucata acatou uma notificação da CCDR-N, num processo que teve o apoio do SEPNA (grupo de operações ambientais da GNR), enviando todos os resíduos para um empresa de reciclagem.

"Desde há 30 anos que esta sucata em Amarante era uma espécie de "sucata mediática", apresentada pela comunicação social como uma ferida na paisagem, que também parecia um "bidonville" no cume destas belíssimas montanhas", afirmou.

"Quem conhecia esta chaga paisagística não vai reconhecer este local", concluiu Carlos Lage, que considerou que estas operações são hoje possíveis devido à existência de empresas credenciadas para a reciclagem de veículos em fim de vida.

Armindo Abreu, presidente da Câmara de Amarante, afirmou que foi fundamental a actuação da CCDR Norte, lembrando que todas as acções anteriores executadas quer pela Câmara quer pela antiga Junta Autónoma de Estradas (que deu lugar à actual Estradas de Portugal) "não surtiram quaisquer efeitos".

"Com o tempo vamos regenerar estes solos, o que é positivo, mas quero felicitar esta direcção da CCDR Norte por, finalmente, ter assumido as suas responsabilidades", assinalou o autarca.

Fonte da CCDR Norte disse à Lusa que a sucata de Cerdeiras, na freguesia de Carneiro, violava não só a Reserva Ecológica Nacional (REN) mas também o Plano Director Municipal (PDM) de Amarante.

Segundo a mesma fonte, foram removidos da sucata, que ocupava uma área de quatro hectares, cerca de 80 mil metros cúbicos de resíduos.

JDS
Lusa/fim
 
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