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Aves da Letra G

migel

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Aves da Letra G
 
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Guarda-rios

Guarda-rios, martim-pescador ou pica-peixe são os nomes comuns dados às aves coraciformes pertencentes às famílias Alcedinidae, Halcyonidae e Cerylidae. No total, o grupo inclui 91 espécies, classificadas em 18 géneros. O grupo está presente em todos os continentes, excepto nas regiões polares e na maioria das ilhas oceânicas. A maior diversidade encontra-se nas zonas de clima tropical, em particular na Oceania, enquanto que nas Américas ocorrem apenas seis espécies da família Cerylidae. O grupo habita zonas florestadas, preferencialmente junto de rios ou lagos.

Os guarda-rios são aves de pequeno a médio porte (10 a 46 cm de comprimento), de plumagem colorida e pescoço curto, com cabeça relativamente grande em relação ao corpo e um bico longo e robusto. As asas são arredondadas e a cauda é curta na maioria das espécies. As patas são pequenas e sindáctilas com os dedos frontais fundidos. No adulto, o bico e as patas são bastante coloridos, normalmente em tons de encarnado, laranja ou amarelo. A plumagem é exuberante com frequência de cores azuis ou verdes. A forma do bico varia consoante o tipo de alimentação, sendo achatada lateralmente nas espécies piscícolas ou dorso-ventralmente nas insectívoras. Os guarda-rios que se alimentam no solo à base de frutos têm o bico bastante mais curto. A maioria das espécies não apresenta dimorfismo sexual. Os juvenis são semelhantes aos adultos e distinguem-se pela plumagem menos colorida.

Os guarda-rios são aves monogâmicas que formam casais permanentes na maioria das espécies. Há no entanto exemplos onde o casal reprodutor é auxiliado nos cuidados parentais por membros subordinados do grupo, frequentemente crias da postura anterior. Poligamia ocorre apenas no guarda-rios comum, natido da Rússia. A frequência de postura, feita sobretudo em cavidades no solo construidas por outros animais, varia de acordo com as espécies e condições ambientais entre 1 a 4 vezes por ano. Cada postura tem em média 3 a 6 ovos, que são incubados por ambos os membros do casal durante duas a quatro semanas. Os juvenis são totalmente dependentes dos pais durante as três a oito semanas seguintes. Quando as crias começam a voar, o casal diminui drasticamente a quantidade de comida que trás aos filhos para os incentivar a procurar alimentos sozinhos. Esta fase dura em média um mês, após o que o casal expulsa as crias do território.

O tipo de dieta dos guarda-rios varia de acordo com a espécie e com as condições ambientais. A maioria é bastante adaptável e consome peixes, insectos ou pequenos vertebrados, existindo também exemplos de guarda-rios frutícolas. As espécies piscícolas contam com o apurado sentido de visão para localizar a presa dentro de água, que caçam através de mergulhos picados. Os guarda-rios adultos não fazem parte da dieta fundamental de nenhum outro animal graças à sua rapidez, mas os ninhos e os juvenis estão mais expostos e podem ser atacados por cobras, doninhas ou primatas. Os predadores conhecidos do grupo são sobretudo aves de rapina.

Os guarda-rios são aves diurnas e sedentárias, havendo no entanto exemplos de espécies parcialmente migratórias. São bastante territoriais que podem ter um comportamento extremamente agressivo para com intrusos, mesmo de outras espécies de aves ou até mamíferos. Os guarda-rios são aves barulhentas com vários tipos de vocalização usadas em diferentes ocasiões, o que sugere alguma forma de comunicação entre membros da espécie.

O IUCN lista 24 espécies de guarda-rios como vulneráveis ou em perigo e não ocorreu nenhuma extinção recente dentro do grupo. Estas aves são no entanto ameaçadas pela redução de habitat, poluição dos rios e envenenamentos por pesticidas.
 

Matapitosboss

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Grande kiskadi ( bem-te-vi )

220px-


Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Tyrannidae
Género: Pitangus
Espécie: P. sulphuratus

O grande kiskadi (Portugal) ou bem-te-vi (Brasil) é uma ave passeriforme da família dos tiranídeos de nome científico Pitangus sulphuratus, que provêm de pitanga guassu, ou seja, pitanga grande, forma pela qual os índios brasileiros tupi-guarani o chamavam; e do latim sulphuratus, pela cor amarela como enxofre no ventre da ave. A espécie é ainda conhecida pelos índios como pituã, pitaguá ou puintaguá. Outras acepções existentes são triste-vida, bentevi, bem-te-vi-verdadeiro, bem-te-vi-de-coria, tiuí, teuí, tic-tiui e siririca (somente para fêmeas). A versão portuguesa da palavra se assemelha com a aglófona: great kiskadee.

Medindo cerca de 23.5 cm, caracteriza-se principalmente pela coloração amarela viva no ventre e uma listra branca no alto da cabeça, além do canto que nomeia o animal.

É uma ave típica da América Latina, com uma distribuição geográfica que se estende predominantemente do sul do México à Argentina.

O seu canto trissilábico característico enuncia as sílabas BEM-te-VI, que dão o nome à espécie.

Reprodução:
Constrói o ninho com capim e pequenas ramas de vegetais em galhos de árvores geralmente bem cerradas. Pode inclusive utilizar para construir o seu ninho, sobretudo em zonas urbanas, material de origem humana: papel, plástico e fios.
Põe cerca de quatro ovos brancos e alongados. Eles são brancos logo após a postura, mas após um tempo passam a ficar amarelados. Os ovos medem 31 x 21 milímetros e são incubados pelo casal. Não há dimorfismo sexual entre a espécie.

Alimentação:
Possui uma variada alimentação. É insetívoro, podendo devorar centenas de insetos diariamente. Mas também come frutas (como bananas, mamões, maçãs, laranjas, pitangas e muitas outras), ovos de outros passarinhos, flores de jardins, minhocas, cobras, pequenas cobras, lagartos, crustáceos, além de peixes e girinos de rios e lagos de pouca profundidade. Costuma comer parasitas (carrapatos) de bovinos e eqüinos.



Cumps
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Matapitosboss

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Grou-canadiano

220px-
NOME COMUM: Grou
NOME CIENTÍFICO: grus grus
NOME EM INGLÊS:Crane
FILO: Chordata
CLASSE: Aves
ORDEM: Gruiformes
FAMÍLIA: Gruidae
CARACTERÍSTICAS:
Prefere viver em bandos
Peso: cerca de 5 kg
Ovos: 2 ovos oblongos de cada vez
Período de incubação:
28 a 36 dias
Maturidade sexual: aos 5 ou 6 anos

É cinzento, bordas das asas pretas, manchas vermelhas na cabeça. Mede até 1,20 m e suas asas chegam a ter 1,80 m. Seu grito soa como um "gar-oo-ooo" vibrante, que ecoa a uma grande distância. Põe dois ovos que levam de 28 a 36 dias para chocar.

O grou-canadiano é uma ave grande, de pescoço e pernas compridos, muito semelhante à garça. Mas, ao contrário desta, o grou do Canadá voa com o pescoço esticado. Corno não pode viver em regiões muito elevadas, essa espécie se espalhou muito pouco. Atualmente ela habita o centro e o oeste do Canadá e também o centro e o noroeste dos Estados Unidos, migrando no inverno para o México e sul da Califórnia.

Os grous-canadianos vivem em pântanos e às margens de lagos rasos em carnpinas. Utilizam o bico comprido para pegar rãs, cobras, camundongos e insetos grandes. Eles fazem os ninhos em água rasa, usando plantas aquáticas e capim. Tanto o macho quanto a fêmea chocam os ovos.


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pintas

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Gaio-comum

O gaio-comum (Garrulus glandarius) é uma ave da família Corvidae (corvos)

Características
Comprimento: 34 cm
Envergadura:
Peso: 140 a 190 g
Longevidade: 18 anos

Distribuição
O gaio-comum pode ser encontrado numa vasta área que vai desde a Europa Ocidental até ao noroeste africano, passando por toda a Ásia continental e sudoeste asiático. Nas zonas mais frias (Suécia, Noruega e Polónia), as populações de gaios-comuns, no Outono migram para regiões mais a sul onde os Invernos são menos rigorosos.


[editar] Habitat
Os gaios-comuns não se sentem à vontade em terrenos abertos. Vivem geralmente em matas de folha caduca, de coníferas e mistas ou bosques pouco desenvolvidos, mas podem inclusive viver em parques e jardins de pequenas e grandes cidades.


Reprodução
Os gaios-comuns são geralmente sedentários e solitários, à excepção do período de acasalamento, em que vivem temporariamente em grupo. O ninho é construído pelo casal, em fins de Abril ou princípios de Maio, geralmente em árvores, arbustos, árvores ocas ou caixotes-ninho que, em princípio, estariam destinados à coruja-do-mato. O ninho encontra-se em geral a uma altura inferior a 5 metros e é constituído por palhas, pequenos ramos e raízes. A postura é de 3 a 6 ovos e o casal reveza-se no choco que dura 16-19 dias. As crias são alimentadas por ambos os pais e geralmente estão completamente cobertas de penas entre os 21 e os 23 dias de idade.


Alimentação
O seu regime alimentar é omnívoro, comendo praticamente de tudo, variando consoante a estação do ano e a disponibilidade de alimento. Quando há bolotas em abundância, fazem uma reserva para o Inverno, escolhendo-as rigorosamente en função da sua maturidade, do seu tamanho, e da sua qualidade, evitando em particular as que estejam bichadas. As bolotas são enterradas no chão com o bico, e posteriormente tapadas. Também pode fazer reservas em fendas de rochas, buracos de árvores e outras cavidades, reservas essas que podem conter vários quilogramas de bolotas. Aquelas que eles não conseguem voltar a encontrar, germinam muitas vezes no ano seguinte, ajudando assim à disseminação das árvores das quais provêm. Estima-se que cada gaio possa dispersar um milhar de bolotas por ano. Para além das bolotas, alimentam-se também de frutos de faias e de bagas de diferentes especiés. Na Primavera e Verão alimentam-se principalmente de insectos, atacando também ninhos de onde retiram os ovos ou os filhotes. Fazem ainda parte ainda da sua alimentação lagartos, rãs, ratos e musaranhos.




cumpts

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Matapitosboss

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Espectacular!!!....

Esta ave, o Gaio, a par do Pintassilgo, é das aves Selvagens que mais aprecio!!!...



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pintas

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Goraz

O Goraz é uma ave crepuscular, embora possa ser observada de dia junto a cursos de água a alimentar-se, pode ser observado em locais com muita vegetação mas raramente em campo aberto. Os adultos têm coroa e dorso preto em repouso, com asas cinzentas e parte inferior branca, o bico grosso é preto, tarsos e pés robustos de cor amarela. Os juvenis são castanhos sarapintados de branco dorso e listrados na parte inferior.
Esta ave adopta sempre uma postura atarracada com a cabeça e o pescoço muito tempo junto ao corpo, tanto em repouso como em voo

Características :

Aspecto geral - tipo garça

Comprimento - 58-65 cm

Habitat - paus, salgueiros cerrados






cumpts


pintas

Comportamento - anda a vau, levanta voo e pousa na vegetação

Gregarismo - colonial, 1-50

Voo - laborioso, directo.

Vocalização - gazeia

Ninho - plataforma em árvore, mata densa ou caniçal

Ovos - 3 a 4; azul claro

Alimentação - peixe e anfíbios.
 

Grunge

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Gaivota

Gaivota
Family - Laridae

gull.jpg

Aspecto

* Das várias espécies de gaivotas existentes, só uma pequena parte é reconhecida como praga – gaivota-grande, gaivota-de-asa-escura e gaivota-argêntea.
* A identificação das gaivotas pode ser difícil devido às variações sazonais da sua plumagem..

Ciclo de vida

* 1 ninhada por ano, com 3 ovos de cada vez.
* Período de 25 dias de incubação.
* As crias ficam 35 – 42 dias no ninho.

Hábitos

* Alimentam-se fora dos locais de descanso ou de pernoita; omnívoras.
* Nidificam em rochedos e edifícios.
 

Grunge

GF Ouro
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Gralha-de-bico-vermelho

Gralha-de-bico-vermelho (Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros)

gralha3.jpg


A Gralha-de-Bico-Vermelho (Pyrrhocorax pyrrhocorax) é um passeriforme da família dos corvídeos. Tem uma distribuição mundial irregular que se estende desde o norte de África até á Ásia Central. Trata-se de uma ave de dimensões médias e plumagem completamente negra que contrasta com as patas e o bico curvo vermelho vivo e, ao contrário da dos seus parentes generalistas (Corvos, Gaios, Pegas, etc.), é uma espécie especialista que se alimenta durante a maior parte do ano de insectos, os quais procura no solo em regiões de campo aberto. Quem já teve o privilégio de observar um bando de gralhas-de-bico-vermelho a voar, não esquecerá o seu voo ondulante e acrobático, onde vários indivíduos se envolvem em piruetas, acompanhadas de estridentes e numerosos sons metálicos que constituem as características vocalizações desta espécie.

Estatuto legal
A Gralha-de-bico-vermelho está protegida pela Directiva Aves (Anexo I) e pelas Convenções de Berna e de Bona (Anexos II), regulamentadas em Portugal pelos Decretos-Lei 140/99 e 316/89 respectivamente. Encontra-se sob o estatuto de VULNERÁVEL, segundo o livro vermelho dos vertebrados de Portugal.

Ocorrência em Portugal
Em Portugal, esta espécie tem uma distribuição muito fragmentada, encontrando-se núcleos populacionais mais ou menos isolados nas Serras da Peneda-Gerês, Serras do Alvão-Marão, Barroso e Douro internacional, a norte, Serra da Estrela e Serras de Aire e Candeeiros, no centro, e Ponta de Sagres a sul.

Uma espécie em regressão acentuada em Portugal

Esta espécie tem vindo a regredir de modo acentuado no território nacional, coincidindo com a sua tendência regressiva a nível mundial, conhecendo-se actualmente pouco mais de uma dezena de casais nidificantes em toda a zona montanhosa do norte do país (local onde era mais abundante há menos de 2 décadas), na Serra da Estrela não há indícios de nidificação hoje em dia e na Ponta de Sagres restam 3 a 4 casais. A população que apresenta menor regressão, embora igualmente preocupante, é a das Serras de Aire e Candeeiros, mesmo assim com menos de 2 dezenas de casais.

Esta regressão, está ligada, no meu ponto de vista, com factores vários dos quais destaco:

- Alteração de habitat devido ao abandono e às modificações nos sistemas tradicionais de agricultura e pastoreio extensivo, como consequência da tecnologia moderna ou da desertificação de várias zonas do país por parte dos habitantes locais. Com efeito, por ser insectívora, esta espécie torna-se bastante sensível a pesticidas e insecticidas, e à estabulação dos animais domésticos, pois estes deixam de pastorear nos campos, deixando igualmente de estar disponível uma grande quantidade de insectos (de que as gralhas se alimentam) associados aos seus dejectos. Igualmente a evolução da vegetação nas serras devido á ausência de gado em extensivo deixa esta espécie condicionada, uma vez que está adaptada á busca de alimento no solo. A gralha-de-bico-vermelho tem, assim, uma grande relevância como espécie-indicadora da qualidade ecológica do habitat onde ocorre, nomeadamente de agrossistemas tradicionais.

- A perturbação de locais de nidificação tal como escarpas, falésias e algares por parte de adeptos de desportos ditos "radicais" (escalada, rappel, espeleísmo, etc.), teve um crescimento desregrado e com quota parte da responsabilidade na regressão da espécie.

- Perseguição directa. Esta espécie tem sido por vezes vítima de abates clandestinos por parte de caçadores ou agricultores menos informados que a confundem com a Gralha-preta, alegada responsável por prejuízos na agricultura. Igualmente se tem verificado destruição e pilhagem de ninhos, bem como a detenção de exemplares em cativeiro.


A Gralha-de-bico-vermelho no PNSAC(Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros)

No PNSAC esta espécie ocorre nas zonas de pastagens e matos rasteiros e esparsos compostos de Alecrim e Tomilho nos planaltos da Serra dos Candeeiros e Planalto de St º António, frequentando geralmente os locais onde o gado está presente. O período de reprodução estende-se entre Março e Junho, com uma postura de 1 a 5 ovos. Ao contrário do que acontece na restante área de distribuição, a Gralha-de-Bico-Vermelho nidifica exclusivamente em algares nesta região do país. Se por um lado este comportamento lhe proporciona defesa contra a maioria dos predadores, por outro fica mais vulnerável a um predador: o Homem.
Com uma população estimada em mais de 100 indivíduos e quase 2 dezenas de casais reprodutores nesta Área Protegida, é tida como a maior população desta espécie em termos nacionais, tornando-a uma das espécies animais emblemáticas do PNSAC.

Principais problemas para a espécie
Desde 1994, o PNSAC tem vindo a monitorizar esta espécie, nos efectivos reprodutores (primavera/verão), nos bandos de alimentação (outono/inverno) e nos dormitórios comunitários.

- Durante estes anos constatou-se que a espécie foi abandonando gradualmente algumas zonas de alimentação (principalmente durante o Outono/inverno) refugiando-se noutras quase a tempo inteiro e mesmo alargando a sua distribuição para Leste. O abandono gradual destas zonas de alimentação parece dever-se entre outros factores, á alteração do habitat, consequência directa do abandono progressivo do pastoreio. A pressão e perturbação causada por algumas actividades económicas também não será alheio.

- Comparando os dados de 1995 e 2002, o nº de casais nidificantes inventariado passa de 25 para 17, ou seja, uma aparente regressão. O abandono de alguns algares como locais de nidificação, prende-se com factores de vária ordem: Despejo de animais mortos e outros lixos em algares, vandalismo e pilhagem de ninhos, perturbações várias junto ao local de cria, espeleísmo desregrado, etc..

- O nº de indivíduos não reprodutores presentes nos dormitórios comunitários durante a Primavera/Verão, decresceu de cerca de 50 (1995) para cerca de 30 (2002), bem como o nº de dormitórios que passou de 3 para 1. Este decréscimo parece ser consequência directa do atrás referido. No entanto o abandono de alguns algares como dormitório comunitário parece estar directamente ligado com perturbações causadas por industrias extractivas de inertes.

Medidas de conservação
Perante os dados disponíveis tudo aponta para uma regressão na população desta espécie no PNSAC.
A conservação da Gralha-de-bico-vermelho será sempre complicada numa Área Protegida densamente povoada onde as actividades económicas presentes nem sempre são compatíveis com a ocorrência da espécie. No entanto medidas como o incentivo ao pastoreio serrano e protecção ás cavidades com potencial para a nidificação da espécie (já previsto no novo Plano de Ordenamento em fase de execução), decerto poderão minimizar as pressões negativas a que esta espécie está actualmente sujeita.
A sensibilização das populações que com esta espécie convivem no seu dia a dia, decerto será também fundamental na manutenção da Gralha-de-bico-vermelho para o futuro, neste belíssimo local do país.

Curiosidades
A zona central da Peninsula ibérica é provávelmente a região da europa onde esta espécie é mais comum, tornando-se mesmo urbana nalgumas cidades espanholas onde nidifica em edifícios.

As Gralhas-de-bico-vermelho normalmente apenas se começam a reproduzir a partir dos 3 anos de idade. Entretanto vivem em bandos comunitários de indivíduos não reprodutores com hierarquia definida.
 

AAJ

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Gralha-preta

A gralha é uma ave de grandes dimensões - pode atingir meio metro - totalmente preta, inclusive o bico e as patas, e de hábitos agressivos. Alimenta-se de carne morta, aves, ovos, insectos e cereais. Nidifica entre Março e Maio, 4 a 6 ovos azul esverdeados com manchas castanhas, que são incubados pela fêmea durante 18/20 dias. O ninho é em forma de taça, no topo de uma árvore.

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