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Répteis da Letra R

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Répteis da Letra R
 
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Grunge

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Rã-verde

Rã-verde

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A Rã-verde ou Rã-comum, Rana perezi, é o anfíbio mais abundante e fácil de observar em Portugal. Geralmente não ultrapassa os 7 cm de comprimento. Possui olhos proeminentes, próximos entre si, com pupila horizontal. Os tímpanos, situados atrás dos olhos, são bem visíveis, o que a distingue da Rã-ibérica (R. ibérica). Os membros posteriores são compridos e com membrana interdigital bem desenvolvida. Distingue-se facilmente da Rã-de-focinho-ponteagudo (Discoglossos galganoi) porque os membros posteriores, quando esticados na direcção do focinho o ultrapassam. A coloração dorsal é esverdeada ou acastanhada (por vezes surgem exemplares muito escuros) com manchas escuras de disposição irregular. Tem duas pregas glandulares muito marcadas dorso-lateralmente e com frequência possui uma linha vertebral verde clara. Ventralmente é esbranquiçada com manchas cinzentas de tamanho variável.

Os machos apresentam um saco vocal externo de cor cinzenta. Quando o saco vocal não está insuflado, é fácil observar as pregas cutâneas de cada lado da boca. Os machos têm os membros anteriores proporcionalmente maiores, com ante-braços mais robustos. Na época de reprodução têm calosidades nupciais escuras na parte interna do 1º dedo. As fêmeas são em geral maiores que os machos. Os girinos desta espécie podem atingir 7 cm de comprimento mas ao eclodirem medem entre 4 a 6 mm. Têm espiráculo lateral. Superiormente são esverdeados com manchas ou pontos escuros. A cauda apresenta manchas ou linhas escuras bem visíveis e é afilada na extremidade.

DISTRIBUIÇÃO E ABUNDÂNCIA


É a rã mais abundante e distribui-se por toda a Península Ibérica, excepto em altitudes superiores a 2000m, e no Sul de França.


ESTATUTO DE CONSERVAÇÃO

Esta espécie faz parte do anexo III da Convenção de Berna. Em Portugal é considerada não ameaçada (NT).


FACTORES DE AMEAÇA

Actualmente não é considerada uma espécie ameaçada, porém a introdução de espécies exóticas predadoras ou competidoras poderá vir a afectar as suas populações.

HABITAT

As rãs estão sempre ligadas à presença de água que constitui o seu principal refúgio, podendo aparecer em qualquer tipo de corpo de água, desde áreas naturais a zonas fortemente humanizadas. Suportam bem a contaminação orgânica e baixa salinidade. Vivem tanto ao nível do mar como em zonas de montanha (até 2000 m).


ALIMENTAÇÃO

A sua dieta inclui diversos tipos de invertebrados tais como insectos, aracnídeos, moluscos e miriápodes. Também podem comer vertebrados como pequenos peixes e outros anfíbios. Conhecem-se alguns casos de canibalismo. Os girinos alimentam-se de algas e detritos.

INIMIGOS NATURAIS

Os adultos são predados por cobras (ex: cobras-de-escada, cobras-de-colar), mamíferos carnívoros (ex: lontra, toirão) e por várias aves como as garças, as cegonhas e as corujas. Para fugirem é usual saltarem para a água e esconderem-se no fundo. As larvas são predadas sobretudo por insectos aquáticos carnívoros, cobras-de-água e aves aquáticas.


REPRODUÇÃO


Em Portugal a época de reprodução ocorre, em geral, entre Março e Julho. Os machos atraem as fêmeas através do coachar (que se ouve a grandes distâncias) e abraçam-nas pelas costas (amplexo axilar). A fêmea deposita entre 800 e 10000 ovos em cachos soltos ou prende-os à vegetação. As larvas eclodem poucos dias após a postura e o seu desenvolvimento é lento. A maior parte das metamorfoses dão-se em Julho ou Agosto, mas são conhecidos casos em que os indivíduos passam o Inverno no estado larvar. A maturidade sexual é atingida aos 4 anos e podem atingir os 10 anos de vida.

ACTIVIDADE

No Inverno hibernam por um período de tempo variável, dependendo da região (nas zonas mais quentes da Península Ibérica, não chegam a hibernar). Estão activas tanto de dia como de noite. Em épocas de temperatura elevada podem enterrar-se na lama.


LOCAIS FAVORÁVEIS DE OBSERVAÇÃO


São facilmente observáveis em margens de rios, ribeiras, albufeiras e charcos, sobretudo em locais com grande exposição solar.
 

Grunge

GF Ouro
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Rãs Arboricolas de White

Rãs Arboricolas de White

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Nome cientifico : Litoria caerulea

Outros nomes: White's tree frog, Dumpy tree frog

Esperança de vida: 15 anos (já foram reportados alguns exemplares com mais de 20 anos)

Tamanho:
10 a 13 cm

Naturalidade:
As Rãs Arboricolas de White são naturais da Austrália, Indonésia e Nova Guiné

Aparência:
As cores variam desde verde, azul esverdiado, verde água ou azul marinho. Elas têm uma camada ou cobertura de cera na pele que as ajuda a reter a humidade, por isso, estas rãs toleram melhor as condições áridas que outras râs arboricolas.

Temperamento:
As Rãs Arboricolas de White são bastante sedentárias e docéis, e tornam-se facilmente tolerantes ao toque humano. Ainda ssim não esquecer que estes anfíbios têm uma pele muito sensível e absorvem químicos pela pele, por isso, há que ter muito cuidado ao mexer-lhes (deve lavar-se muito/muito bem as mãos com água morna e seca-las igualmente bem - óleos naturais e sais existentes na pele humana podem ser nocivos, assim como resíduos de sabão).

Hábitos:

São animais notívagos, assim sendo, são mais activas ao fim da tarde e á noite.

Nota: boa escolha para donos principiantes em rãs

Alimentação:
Uma dieta primária consiste essencialmente em grilos. Outros alimentos podem ser adicionados à alimentação: traças, carochas, baratas, gafanhotos e minhocas. Em adultos podem inclusivé comer pinkie’s (ratos bébés) ocasionalmente. Os insectos podem ser simplesmente colocados no aquário, ou pode-se ainda recorrer ao uso de uma agulha grossa (tipo croché).

A quantidade de comida certa para cada rã pode variar muito, mas tenha em conta que as White's tree frogs têm tendência para engordar, não as alimente demais. Servindo como guia muito generalizado, alimente as rãs adultas (maiores que 7cm) com uns grilos grandes de 2 em 2 dias, ou 3 em 3 dias, ajustando conforme o comportamento (preste atenção se ela actua zangada ou desinteresada com a comida), às rãs um pouco mais pequenas podem ser oferecidos grilos (grilos com 3 semanas) de 2 em 2 dias, ou 3 em 3 dias. Os juvenis devem ser alimentados diariamente. A melhor maneira de avaliar se a alimentação que estamos a dar é a mais correcta e se é suficiente, é controlar-mos o corpo das rãs.
Para complementar, deve juntar suplementos vitamínicos e cálcio à comida (diariamente em rãs muito jovens, uma a duas vezes por semana em rãs médias, e uma vez por mês em rãs adultas).

Aquário
As Rãs Arboricolas de White no habitat natural passam a maior parte do tempo em árvores, e precisam de um sitio com bastantes ornamentos para trepar. O aquário deve estar bem tapado pois as patas destas rãs permitem que subam as paredes dos aquários.

Pode ter mais que uma no aquário, desde que tenham um tamanho similar (para não correr o risco das maiores comerem as mais pequenas).

Decoração
Muitos ramos, um bocado de cortiça, e folhagem para elas escalarem - não se esqueça que tem de ser resistente o suficiente para aguentar o peso destas rãs. Podem ser usadas plantas naturais, mas certifique-se que não contêm residuos de fertilizantes ou pesticidas (nas plantas e no solo). Plantas naturais podem ser mantidas em pequenos vazos nos aquários para facilitar a limpeza dos mesmos.
Tente criar sombras (dentro do aquário) que permitam que as rãs se escondam durante o dia. Cobrir a parte traseira do aquário com um papel escuro, ajuda a que as rãs encontrem mais lugares em que não se sintam ofuscadas pela luz durante o dia.

Temperatura e Luz
Porque estas rãs são notívagas, não é requerido nenhum tratamento especial quanto à luz (exposição a UVB não é necesário, se bem que, alguma luz não faz mal). No entanto, deve existir uma luz de aquecimento, fora do aquário, que permite fornecer a temperatura de 27-30ºC durante o dia, e baixando para 22-25ºC à noite. Como sempre, use um termómetro para confirmar as temperaturas. A iluminação pode variar (e se necesario à noite, use uma lampada nocturna), um ciclo luz-escuro regular deve ser usado (12 horas de luz e 12 horas de escuro devem ser aceitáveis).

Humidade
A humidade deve ser mantida entre 50-60% . Deverá ter um vaporizador ( atenção que a água deverá ser tratada para não conter cloro). Uma parte deve ter água pois as rãs gostam de estar dentro de água para se hidratarem. Este “lago” (que pode ser um pequeno prato/pires) deve ser bastante largo para que as rãs se possam sentar confortavelmente, mas não muito profundo, porque há o risco de se afogarem (tree frogs não são grandes nadadoras). Não deve usar água da torneira para as rãs, nem para nenhum anfíbio, e certifique-se que elimina primeiro o cloro. Também não deve usar água destilada.

Limpeza e manutenção

O aquário deve ser limpo diariamente para retirar os dejetos e restos de alimentos. A água do “lago” também deve ser mudada diariamente. Deve lavar todo o aquário sempre que necessário. Este deve ser lavado somente com água quente (se usar sabão ou desinfectante existe o risco de deixar resíduos que podem ser absorvidos pela pele das rãs, prejudicando-as). Se a disinfecção for necessária, deve enxaguar tudo muito bem e secar completamente. Substitua toda a água com água tratada, sem cloro.
 
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