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Mamiferos da Letra E

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In Memoriam
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Elefante

elefante.jpg

Elephantidae
é uma família de mamíferos proboscídeos elefantídeos, de grande porte, do qual há três espécies no mundo atual, duas africanas (Loxodonta sp.) e uma asiática (Elephas sp.). Há ainda os mamutes (Mammuthus sp.), hoje extintos.
Até recentemente, acreditava-se que havia apenas duas espécies vivas de elefantes, o elefante africano e o elefante asiático, uma espécie menor. Entretanto, estudos recentes de DNA sugerem que havia, na verdade, duas espécies de elefante africano: Loxodonta africana, da savana, e Loxodonta cyclotis, que vive nas florestas. Os elefantes são os maiores animais terrestres da actualidade pesando até 12 toneladas e medindo em média quatro metros de altura. As suas características mais distintivas são as presas de marfim.

Espécies Características gerais

Os elefantes são animais herbívoros, alimentando-se de ervas, gramíneas, frutas e folhas de árvores. Dado o seu tamanho, um elefante adulto pode ingerir entre 70 a 150 kg de alimentos por dia. As fémeas vivem em manadas de 10 a 15 animais, lideradas por uma matriarca, compostas por várias reprodutoras e crias de variadas idades. O período de gestação é longo (20 a 22 meses), assim como o desenvolvimento do animal que leva anos a atingir a idade adulta. Os filhotes podem nascer com 90 kg. Os machos adolescentes tendem a viver em pequenos bandos e os machos adultos isolados, encontrando-se com as fémeas apenas no período reprodutivo.
Devido ao seu porte, os elefantes têm poucos predadores. Os elefantes exercem uma forte influência sobre as savanas, pois mantêm árvores e arbustos sob controle, permitindo que pastagens dominem o ambiente. Eles vivem cerca de 60 anos e morrem quando seus molares caem, impedindo que se alimentem de plantas.
Os elefantes africanos são maiores que as variedades asiáticas e têm orelhas mais desenvolvidas, uma adaptação que permite libertar calor em condições de altas temperaturas. Outra diferença importante é a ausência de presas de marfim nos elefantes asiáticos.




A caça de elefantes, causada principalmente pelo seu marfim, é geralmente ilegal em todos os países africanos. No entanto, dadas as enormes quantidades de comida que estes animais requerem, alguns parques naturais africanos recorrem à emissão de licenças de caça em número reduzido para controlar as populações e angariar fundos. A caça dos elefantes teve também consequências a nível evolutivo. Visto que o objectivo primordial dos caçadores eram as presas, os animais que não as tinham graças a uma mutação genética, foram favorecidos. O processo involuntário resultou numa selecção artificial das populações de elefantes (análogo ao que resultou nas raças de cães), onde os animais sem presas passaram de 1% do total a representar, em certos locais, cerca de 30% dos indivíduos.
Ao longo da história, os elefantes foram utilizados pelo Homem para várias funções, como transporte, entretenimento e guerra. Os elefantes de guerra foram uma peça táctica importante antes da generalização da artilharia, principalmente nos exércitos de Cartago e do Império Persa. Apesar destes usos, o elefante não é um animal doméstico, na medida em que não é criado em cativeiro. Quase todos os elefantes ao serviço do Homem foram ou são animais domados, isto é, nascidos em liberdade e adaptados às várias funções. Os motivos da falta de sucesso da domesticação dos elefantes incluem as despesas elevadas de manutenção, o longo período de gestação e crescimento e o temperamento por vezes violento destes animais. É por causa da sua personalidade que a grande maioria dos animais domados são fémeas; pelo contrário os elefantes de guerra eram exclusivamente machos. Actualmente a população de elefantes africanos é uma espécie em perigo de extinção, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (UICN). Também está registrado no Apêndice I da Convenção sobre o Comércio de Espécies ameaçadas da Fauna e da Flora (CITES), excepto para as populações naqueles países (como Zimbábue e Botsuana) que foram reclassificados no Apêndice II. Os elefantes africanos encontram-se ameaçados pela caça ilegal e perda de seu hábitat. O marfim de seus dentes é usado em jóias, teclas para piano, hanko (selos personalizados para assinatura de documentos oficiais, exigida no Japão) e para outros objetos. Sua pele e outras partes são um componente comercial de menor importância, enquanto a carne é utilizada pelas pessoas da localidade.
 

cyber_wordl

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esquilo da siberia

Também conhecido por esquilo listado, tem origem, como o próprio nome indica, nas terras frias da Sibéria.
Estes animais são extremamente activos, devendo os seus hábitos diurnos ser a explicação mais plausível para esta característica, já que na Sibéria os dias são pequenos e estes animais têm necessidade de fazer uma recolha de alimentos muito activa.

Por norma, mostram-se nervosos quando são adoptados, e necessitam de muito tempo até se habituarem ao dono. Para uma melhor adaptação, só deve ter um animal desta espécie. Assim, a sua relação com ele vai ser mais intensa, e mais rapidamente vai ter com ele uma relação de cumplicidade.

O esquilo é uma “boa boca”, come praticamente tudo o que apanhar, mas tem uma especial predilecção por frutos secos, nomeadamente por avelãs.
Gostará ainda de um suplemento de frutas frescas, mas devem ser evitadas as frutas muito ácidas.
Como alimentação regular, deve ser-lhe fornecida a ração que se encontra no mercado, com todos os nutrientes necessários à sua saúde.

A gaiola deve ser deve ser alta e ter um tronco de árvore colocado na vertical, para que o esquilo se possa exercitar.O fundo da gaiola poderá ter um recipiente com areão para gatos, onde o esquilo irá fazer as necessidades.
A superfície restante pode ter pequenas lascas de madeira, em quantidade suficiente para apenas cobrir o fundo.
A água deve ser fornecida em bebedouro próprio com esfera rotativa.
Os esquilos da Sibéria podem viver em cativeiro durante 8 anos.O seu tamanho em adulto pode atingir os 25 cm e pode pesar 300 g.
 

nita_vsc

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elefante africano

O elefante africano é um paquiderme de grande estatura, que vive em longos territórios da África Central e do Sul. É o maior mamífero terrestre.

As manadas de elefantes são matriarcais, é sempre uma fêmea que lidera o grupo. Tem como obrigações memorizar os locais onde existe água nos tempos de seca e garantir o bem estar do grupo. Sempre que um jovem macho atinge a maturidade sexual e deixa de respeitar a hierarquia, é expulso da manada pela fêmea dominante.

Os elefantes africanos distinguem-se dos seus primos asiáticos pela estatura - são bastante maiores - e pelo seu grande par de orelhas, já que os asiáticos tem esses apêndices bem mais pequenos.

A tromba é fundamental para a sua sobrevivência e desde muito cedo que os jovens aprendem a dominá-la para beber água, para levar a comida à boca e para tomarem os banhos de água ou lama. Serve ainda, naturalmente para reconhecer os cheiros e distinguir qual o alimento que lhes convém.

Outro facto curioso respeitante a estes animais é que procuram zonas previamente definidas quando sentem que os seus dias estão a acabar, e depois, sempre que a manada passa por esses locais, os indivíduos acariciam os ossos dos seus antepassados com a tromba, o que leva os cientistas a pensar que algum cheiro característico fica nos ossos.

Estes animais sobrevivem somente à custa de ervas, que comem em grande quantidade, podendo um animal adulto ingerir cerca de 250 a 300 kg de alimento por dia.

Os elefantes africanos têm sido caçados por caçadores furtivos ao longo de décadas, com o único propósito de retirar as suas presas, que atingem preços exorbitantes no mercado negro. Nos últimos anos, o comércio de presas de elefante foi, finalmente, proibido e grandes quantidades de presas foram queimadas, na esperança de mostrar aos caçadores que o seu negócio chegou ao fim.

As guerras permanentes em que quase todos os países africanos se viram envolvidos, levou a que esta espécie tenha desaparecido de vastos territórios, já que a venda das suas presas permitia às tropas garantir parte da quantidade de armamento necessário para as suas guerras, que na maior parte das vezes aconteciam por questões tribais.

Em alguns locais, foram criadas reservas para a sua protecção, o que levou a uma sobrepopulação em alguns desses parques. Como resultado deste aumento do número de animais, as reservas abrem periódicamente as suas portas a caçadores, que podem caçar, com autorização, alguns elefantes mais velhos ou os mais problemáticos. Este procedimento alivia a pressão sobre a caça clandestina nos locais onde existe menor número de exemplares e mantém as manadas controladas dentro das reservas.

As fêmeas, que têm o nome de álias, atingem a maturidade sexual por volta dos 12 anos. As crias nascem após uma gestação de cerca de 22 meses, apenas uma por parto, só raramente acontecendo casos de partos múltiplos. Uma ália pode procriar a cada quatro anos, já que amamentam as suas crias até aos dois anos e só depois voltam a engravidar, tendo pela frente mais cerca de dois anos de gestação. As crias são sempre protegidas pelos outros elementos do grupo, e vivem como se fosse numa creche, em conjunto e vigiadas em permanência pelos mais velhos. Os elefantes não têm predadores naturais, embora ocasionalmente uma cria muito jovem possa ser atacada por um leão faminto. Por esse motivo, os adultos colocam sempre as crias no centro da manada.

Na época do cio, os machos segregam uma substância odorífera que escorre, a partir das têmperas, pela cabeça abaixo. Nesta altura, os elefantes machos ficam muito agitados e tornam-se violentos.

Um elefante africano pode medir cerca de 6 m de comprimento, ter mais de 4 m de altura e pesar cerca de 6500 kg. A sua esperança de vida é de cerca de 50 anos.
 

Matapitosboss

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Equídeos (Cavalos)

cavalo.jpg


Classificação científica
Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classe: Mammalia

Ordem: Perissodactyla

Família: Equidae

Género: Equus

Espécie: E. caballus


Nome binomial
Equus caballus


O cavalo (do latim caballu) é um mamífero hipomorfo, da ordem dos ungulados, uma das sete espécies modernas do gênero Equus. Esse grande ungulado é membro da mesma família dos asnos e das zebras, a dos eqüídeos. Todos os sete membros da família dos eqüídeos são do mesmo gênero, Equus, e podem relacionar-se e produzir híbridos, não férteis, como as mulas. Os cavalos têm longas patas de um só dedo cada. Os cavalos (Equus caballus) são perfeitamente adaptados a diversos desportos e jogos, como corrida, pólo, provas de ensino ou equitação, ao trabalho e até à equoterapia (recuperação da coordenação motora de certos deficientes físicos).

Descendente de uma linha evolutiva com cerca de sessenta milhões de anos, numa linhagem que parece ter-se iniciado com o Hyracohteriun - um animal primitivo com cerca de 40 cm de altura. Os antecessores do cavalo, são originários do Norte da América mas extinguiram-se aí por volta do Pleistoceno há cerca de cento e vinte mil anos. Os cavalos selvagens originais eram de constituição mais robusta do que as raças de membros esguios que existem na actualidade.


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Grunge

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Esquilos

Esquilos

Alimentação

A alimentação é um dos factores de maior importância para manter os esquilos de boa saúde e com forças para toda aquela actividade enérgica bem característica destes pequenos roedores. Na natureza, os esquilos têm uma alimentação muito variada consumindo sementes, flores, cogumelos, etc. Em cativeiro, uma boa alimentação passa por uma ração a mais variada possível, acompanhada por pequenos complementos.

Nunca se deve de dar comida de papagaio aos esquilos, pois para além de ser muito calórica devido à quantidade de sementes de girassol, também é muito incompleta face ás suas necessidades.

Actualmente pode-se encontrar com facilidade rações próprias para esquilos. Estas rações são constituídas por uma mistura de sementes e frutos secos (amendoins, avelãs, alfarroba, sementes de girassol, fruta seca, etc.), sendo esta a alimentação base que deve estar sempre à disposição do animal. Como complemento da alimentação principal, deve-se colocar fruta (maçã, pêra, uvas, laranja, etc.) com alguma frequência e uma pequena guloseima. Essa guloseima pode ser amendoim, avelã, amêndoa, pinhão, castanha e noz, tudo com casca, pois ajuda ao desgaste dos dentes, factor esse que é vital nos roedores. As guloseimas, são também um dos factores essenciais na domesticação de um esquilo, ajudando a criar um laço de afecto entre dono e animal. Dando todos os dias, mais ou menos á mesma hora uma pequena guloseima, leva o esquilo a fazer a analogia: DONO = GOLOSEIMA, e assim percebe que a presença do dono não constitui uma ameaça, mas sim comida.

É lógico que nem em todos os casos este truque resulta, no entanto, o facto dos esquilos serem muito gulosos pode ajudar bastante à obtenção de resultados satisfatórios.

Outro factor que tem tanta importância como a alimentação é a água. Os esquilos deverão de ter sempre à disposição uma "garrafa" própria para roedores com água, devendo mudá-la de dois em dois dias especialmente no Verão, quando a água tem tendência para ficar mais choca. Não se deve de deixar a água acabar pois isso poderá indicar que o esquilo necessitou de beber e não teve.

Tudo isto é o mínimo necessário para a manutenção de um esquilo em cativeiro, de qualquer forma compete ao dono "investigar" o que o seu esquilo mais gosta de comer, devendo ter sempre em conta a alimentação da espécie quando está na natureza.

Alojamento

O bem-estar de qualquer animal em cativeiro passa sem dúvida alguma pelo alojamento, e os esquilos não são excepção. Como todos sabem, os esquilos são animais de grande actividade passando grande parte do dia a correr e a saltar, sendo para isso necessária uma gaiola espaçosa com ramos, cordas, etc. Essa actividade é vital nos esquilos pois faz parte do seu instinto natural, e como tal deve de ser simulado o mais possível o seu habitat. Para isso, a gaiola pode ser decorada com pinhas, feno no fundo da gaiola (que faz bons esconderijos), ramos, etc., tudo depende da criatividade do dono.

A gaiola poderá ser de interior ou de exterior, devendo de se ter sempre em conta que se deve cimentar o fundo da gaiola de exterior, pois os esquilos (principalmente os Siberianos) podem fugir facilmente escavando um buraco no chão. Quando a gaiola não tem as dimensões necessárias pode provocar stress nos esquilos, o que os leva facilmente à morte.

Para além dos “entreténs”, a gaiola deverá de ter também um ninho com um pouco de feno. O ninho tem várias funções, uma delas é proporcionar um local de abrigo para descansar, funcionará também como esconderijo em caso de “perigo” o que é muito importante para evitar o stress, e por ultimo serve-lhes como armazém, onde guardarão alimento no Outono como reserva para o Inverno. Em caso de ter mais de um esquilo, é aconselhável colocar mais de um ninho, evitando assim brigas por disputa de território.


Higiene

Os esquilos são animais muito asseados fazendo as suas necessidades sempre no mesmo local, normalmente no canto oposto ao do ninho e da comida. Isso facilita bastante a manutenção da gaiola sendo apenas necessário limpá-la, uma vez por semana. No entanto, convém ir limpando o local das necessidades com mais brevidade evitando maus cheiros principalmente no Verão. Como forro absorvente do fundo, pode ser colocado areia para gato sem perfume ou aparas de madeira.



Cuidados


Os esquilos não são de grandes interacções com o dono e muito menos de colo, provavelmente não fará o animal de estimação ideal para toda a gente. Na verdade, algumas pessoas discordam com isso, pois os seus esquilos são dóceis e têm comportamentos bastante invulgares, de qualquer forma, casos desses são muito raros, sendo o que se segue o comportamento normal de um esquilo.

Assim sendo, há cuidados que se deve de ter em conta tanto para a saúde do esquilo como para evitar serões desagradáveis.

Para começa deve-se de ter em mente que regra geral os esquilos não gostam de ser agarrados, recorrendo quase sempre a uma dentada para fazer o seu dono entender isso.

Se decidir soltar o seu esquilo em casa, certifique-se que as janelas e portas estão todas fechadas para não haver fugas, e também que há buracos (principalmente atrás de móveis) onde este se possa esconder, pois poderá passar uma tarde “muito agradável” a arrastar móveis em casa até conseguir apanhar o pequeno “diabrete”. Cuidado ao mexer na gaiola, num ápice os esquilos saem pela porta.

Os esquilos, tal como qualquer roedor, não devem de ser deixados à solta em casa sem acompanhamento do dono, pois irão roer muita coisa, inclusive coisas perigosas para a sua saúde (fios eléctricos, plantas, etc.).

Visto os esquilos serem muito assustadiços, deve-se manter sempre a sua gaiola longe de ruídos persistentes ou incómodos, principalmente televisão, rádio e computadores, pois isso causará o stress mortal que referi anteriormente.

Para quem tenha outros animais de estimação (especialmente predadores naturais de esquilos como cães, gatos, furões, etc.), deve de os manter longe dos esquilos ou até mesmo da sua gaiola pois é bem previsível o resultado final.

Outro caso que pode acabar mal é o facto dos esquilos serem territoriais (muito principalmente os Siberianos). Assim, caso já tenha um esquilo e queira comprar outro, não poderá juntá-los de imediato. Tem que colocá-los em gaiolas independentes lado a lado durante 15 dias, fazendo uma fase de habituação aos odores e á presença de outro esquilo. Caso não se cumpra esta fase, é muito possível que briguem pela disputa do território até à morte. Quando se fizer a junção deve-se acompanhar a reacção dos dois caso haja briga é separar de imediato.

O ideal é ter um esquilo por gaiola, eles não se sentem sós pois essa é a maneira de viverem na natureza. Quando estão em casal (ou mais) eles não se dão bem, pura e simplesmente suportam-se.

É provável que já tenha visto o seu esquilo deitado quase não respirando ou a cambalear em dias frios, não é para sustos, tudo isso se deve ao facto deste estar em fase de hibernação.

Os esquilos siberianos podem hibernar quando o clima é muito frio (a partir dos 10º) ou quando há falta de alimento, reduzindo a maioria das suas funções vitais. Assim, é bem natural que seja possível observá-los como se estivessem embriagados, pois há sempre horas de maior aperto, e o esquilo sentindo vontade de fazer necessidades, desloca-se até ao local apropriado, ainda que meio adormecido. Quando o esquilo está adormecido (parecendo morto), a sua respiração é muito lenta e o seu corpo fica frio, assim sendo, é aconselhável que se certifique bem de que o seu esquilo está a hibernar e não está morto. Caso o esquilo não hiberne não significa que algo correu mal, antes pelo contrário, significa sim que o esquilo não teve necessidade para tal. No entanto, se o fez também não é mal nenhum pois este é o seu comportamento na natureza.

Reprodução

A informação que se segue destina-se unicamente aos esquilos siberianos, diferindo bastante em relação ás outras espécies.

Os esquilos são muito exigentes no que diz respeito à reprodução. Regra geral, eles só se reproduzem caso tenham as condições ideais, isto é, as mais aproximadas possíveis do seu habitat natural.

Para tal, é necessário uma gaiola bastante espaçosa, ou viveiro, com tudo o que foi mencionado em "Alojamento", tendo como diferença a quantidade de ninhos, que deverá ser superior (seis ninhos, +/-). É também necessário que haja alimento em abundância. Neste caso, e visto que a gaiola tem de ser enorme, o ideal para se poder criar é ter três fêmeas para um macho, evitando brigas entre machos pela disputa das fêmeas. Os esquilos só se reproduzem a partir dos 8 meses (podendo ir até aos 2 anos), fase essa que é quando atingem a maturidade sexual. Nos machos isso evidencia-se através dos seus testículos que ficam bem mais desenvolvidos.

Os esquilos podem criar durante duas épocas do ano, entre Fevereiro e Abril, e entre Junho e Agosto, tendo como fim garantido de época de reprodução os finais de Setembro. Esse período pós hibernação é o ideal para criar pois é a época do ano em que o clima é mais ameno ajudando à sobrevivência das crias.

Saídas da hibernação, as fêmeas entram no cio, dando a conhecer ao macho o seu estado receptivo através de um "piar" contínuo. As fêmeas entram no cio durante três dias com espaços de quinze, não aceitando os machos fora desses três dias. O acto da cópula é bastante agitado ou até mesmo violento, pois mesmo a fêmea estando no cio é provável que rejeite o macho desencadeando algumas brigas. Assim, é possível que algumas fêmeas fiquem com peladas no dorso resultantes do abocanhar do macho durante a cópula.

Caso a fêmea engravide, terá de aguardar aproximadamente entre 28 e 35 dias até dar á luz de 3 a 5 crias cegas, surdas e sem pêlo. No dia do nascimento a fêmea sairá do ninho somente para se alimentar, passando o restante tempo a cuidar dos recém-nascidos. Nessa altura a fêmea fica com as glândulas mamárias bastante desenvolvidas sendo de fácil observação.

Após o nascimento, as crias levam mais ou menos 30 dias até saírem do ninho. Durante esses 30 dias vão-se desenvolver bastante, começando a crescer-lhes o pêlo, abrem os olhos, ganham audição e começam a alimentar-se de alimentos sólidos. Caso pretenda observar as crias, é aconselhável que o faça quando a mãe não estiver por perto e deverá de ter muito cuidado com a forte iluminação que poderá facilmente cegá-las.

Saídos do ninho, os jovens esquilos ainda vão necessitar da progenitora pois esta em quem os ensinará a procurar comida e abrigo. Em todo este processo de aprendizagem e de criação, não há qualquer tipo de acompanhamento por parte do macho sendo uma tarefa solitária para a fêmea o que é aconselhável separar o macho dos restantes. A partir dos 2 meses de vida, os jovens deverão de ser separados da mãe pois daqui para a frente não haverá quaisquer laços familiares entre mãe e filhos, e é provável que cruzem em cios próximos. Essa situação não é nada saudável, pois há o perigo de consanguinidade o que pode resultar em ninhadas com crias muito fracas ou até mesmo deficientes.

Mesmo com todas as condições necessárias é bem possível que os esquilos não se reproduzam, pois para além de tudo o que é imprescindível para que o façam, também existem alguns factores que possam ser inibidores.

O facto de haver outras gaiolas com animais por perto pode muito bem evitar que os esquilos procriem derivado aos odores que esses possam libertar. Deverá também ter presente que a luz artificial ligada durante a noite pode influenciar bastante os ciclos menstruais da fêmea e assim reduzir os cios, ou até mesmo evitar que os tenha. No entanto, o que se deverá de evitar a todo o custo é o stress necessitando de muito sossego, não só durante a gravidez mas também antes do cio e muito principalmente durante o acompanhamento que a fêmea dá ás crias após estas terem nascido. Caso a fêmea entre em stress é bem provável que esta não tome conta das crias deixando de as alimentar, ou até que cometa infanticídio e se alimente em seguida das crias.

Por todas estas condicionantes, os esquilos são provavelmente dos roedores mais difíceis de reproduzir em cativeiro.

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Abraço
 

Satpa

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Esquilo da Mongólia

Esquilo da Mongólia


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Originário do deserto e áreas semi-desertas da Mongólia e nordeste da China, o Gerbil (Meriones unguilatus), como é chamado nos EUA, é um dos poucos entre as outras suas 79 espécies que pode ser criado como bicho de estimação, devido ao temperamento sociável e pacífico.

Foi descoberto em 1811 e criado em cativeiro só em 1935 quando C. Kasugo, um zoologista japonês, levou ao seu país alguns exemplares da bacia de Amur na fronteira da Rússia com a China.

Inicialmente era usado em pesquisas laboratoriais e, posteriormente, a partir de 1982, para detectar drogas em bagagens nos aeroportos canadenses e em revistas a visitantes de prisioneiros em Toronto, por causa de seu excepcional faro.

Sua popularidade deve-se ao fato de ser limpo, não produzir cheiro ruim como outros roedores, à facilidade de amansar e ser mantido, ocupando pouco espaço e comendo pouco, (cerca de só 8gr de comida diária) e por não ter doenças transmissíveis ao homem.

Pequeno, com cerca de 9cm, excluídos os outros 9 da longa cauda peluda, tem patas dianteiras curtas com as quais apanha os alimentos e as trazeiras longas, que facilitam sua rápida movimentação, as quais também bate no chão para avisar os companheiros de perigo nas redondezas, como fazem os coelhos. Os olhos grandes, inseridos no alto da cabeça, dão-lhe um grande campo de visão e as orelhas redondas e pequenas são sensíveis ao menor som.

Os dentes incisivos da frente crescem durante toda a vida, necessitando, portanto, roer sementes, raízes etc. Sua cor original é marrom-dourado com as pontas do pêlo pretas, chamada de "agouti", mas há várias mutações obtidas por seleção em cativeiro e já fixadas: marrom-dourado com pintas brancas, pintado (várias e maiores manchas brancas), preto, prata e suas tonalidades, branco, albino (tem olhos vermelhos), cinamon (canela), cinza-amarronzado, ouro prateado, chinchila e azul.

Sociável, vive em tocas na areia do deserto, em colônias de 30 a 40 exemplares, e é tanto ativo de noite quanto de dia, alternando horas de cochilo. Quieto, emite um guincho baixo. Extremamente curioso e explorador adora fazer acrobacias e se divertir com brinquedos como túneis e rodas (use as fechadas para não ferir a cauda). Vive pouco - em média de 3 a 4 anos.

Alimentação

*
ração industrializada para roedores ou própria para a espécie, frutas, verduras e legumes;
*
mistura de 50% de trigo, aveia, cevada em iguais quantidades, adicionada com 15% de milho e o resto com ração para roedores ou para a espécie. Como petisco, larvas de tenébrio, um pouco de vagem seca, e verdura (alface, couve, chicória, espinafre) e legumes (cenoura, nabo) bem picados e lavados.

Instalações

Gaiola própria para a espécie ou de hamster (a maior possível e bem funda para caber forração para ele se entocar e não cair restos das mesmas pelas grades) ou aquário de vidro ou plástico de, no mínimo, 22,5cm de comprimento x 20cm de largura para até 1 casal. Bebedouro de garrafa com bico, potinho de cerâmica para comida. Forração: serragem grossa de pinho ou areia ou granulado sanitário de gato. Toca ou cama: feno macio ou caixa de madeira para periquito. Não usar jornal nem serragem de madeira perfumada ou tratada.

Reprodução

Juntar casal desde jovem para evitar brigas. Maturidade sexual a partir de 9 a 12 semanas. Cio de 4 dias a cada 6 dias. Dar descanso de 30 dias após 5 meses de reprodução. Gestação de cerca de 25 dias. Ninhada média de 6 filhotes. Separar filhotes com 3 a 4 semanas e por sexo com 1 mês (o macho é maior, com distância entre o ânus e o órgão genital mais longa, cerca de 1cm - o dobro da fêmea - e pele escura na bolsa escrotal).

Amansar

Preferível desde filhote. Introduza a mão com movimentos lentos na gaiola e procure pegá-lo diariamente. Coloque comida na palma da mão para atraí-lo. Leva cerca de 2 a 3 semanas para se acostumar com você. Evite, no início, pôr a mão na cabeça para não assustá-lo.


Escrito por
Dr. Alexandre Pessoa, Médico Veterinário de Animais Exóticos, BR
 

orban89

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Esquilolimpíadas de Quintal 3.0 - Jogos de Verão​


 
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