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Mamiferos da Letra R

Fonsec@

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Rinoceronte Branco

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[FONT=verdana, arial, helvetica]Nome científico[/FONT][FONT=verdana, arial, helvetica]Ceratotherium simum[/FONT]
Este espécie é, de entre todos os rinocerontes, a que menos ameaçada está, habitando ainda vastos territórios de savana, no Sul do continente africano, nomeadamente no Congo, Zâmbia, Zimbawe, Botswana, Namíbia, Quénia e África do Sul, aparecendo pontualmente em Angola e Moçambique.
O rinoceronte branco não é muito diferente do negro, é ligeiramente maior e a sua boca apresenta um formato distinto. Quanto à cor, e apesar do nome, é muito semelhante, não sendo por aí que se encontram diferenças significativas.

Apesar de ter sido caçado durante centenas de anos, por causa dos seus dois chifres, aos quais eram atribuídas propriedades medicinais, existem ainda hoje cerca de 13000 indivíduos a viver em liberdade. Monitorizados e protegidos desde meados dos anos 90 pelos governos de vários países da zona, e equipas internacionais, esta espécie conseguiu inverter a tendência de descida de elementos recenseados, podendo hoje ser considerada uma espécie que não corre riscos de extinção.

O tempo de gestação dos rinocerontes é de aproximadamente 480 dias. O facto de este ser elevado, tem sido um dos motivos que dificulta a sua reprodução e que não permite ainda uma maior garantia de sobrevivência desta espécie. Normalmente, nasce apenas uma cria, que é amamentada pela mãe até aos dois anos.

O rinoceronte é um herbívoro habituado a uma alimentação diversificada, que se adapta bem a diferentes tipos de plantas, já que ao longo do ano o tipo de vegetação disponível vai variando. Necessita muitas vezes de percorrer distâncias consideráveis, até encontrar pasto suficiente para a sua sobrevivência, e água para os seus banhos, necessários para hidratar a pele e para se livrar da nuvem de insectos que o acompanha.

O rinoceronte vê muito mal, mas tem um excelente olfacto e também uma aparelho auditivo prodigioso. Quanto se sente ameaçado, sobretudo o rinoceronte negro, investe de forma implacável sobre tudo o que mexe, apesar de nem sempre saber sobre o que está a investir. A procura de alimento é feita a partir dos cheiros que aprende a reconhecer, durante o tempo em que é apenas amamentado pela mãe. Quando adulto, sabe perfeitamente distinguir os cheiros característicos dos alimentos que mais lhe agradam.

Um rinoceronte branco pode ter em média 1,80 m de altura, 4,20 m de comprimento e pesar mais de 3500 kg. A esperança de vida ronda os 35 a 40 anos em liberdade, podendo em cativeiro durar alguns anos mais.
 

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Rinoceronte Negro

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[FONT=verdana, arial, helvetica]Nome científico[/FONT][FONT=verdana, arial, helvetica]Diceros bicornis[/FONT]
Esta espécie apenas se encontra já em pequenos territórios protegidos, muito dispersos, pelo Sul continente africano, nomeadamente na Zâmbia, Zimbawe, Botswana, Namíbia, Quénia e África do Sul.
O rinoceronte negro não é muito diferente do branco, é apenas ligeiramente mais pequeno e a sua boca apresenta um formato distinto. Quanto à cor, e apesar do nome, é muito semelhante, não sendo por aí que se encontram diferenças significativas.

Caçado durante centenas de anos, quase até à extinção, por causa dos seus dois chifres, aos quais eram atribuídas propriedades medicinais, existem hoje apenas cerca de 3000 indivíduos a viver em liberdade. No entanto, em meados dos anos 90 só estavam registados e monitorizados pouco mais de 2100, mas a partir dessa altura um projecto para protecção desta espécie, apoiado por várias instituições a nível mundial, inverteu felizmente essa tendência para os números mais confortáveis que hoje conhecemos, e pode ter sido, assim, evitado o desaparecimento definitivo desta espécie.

O tempo de gestação dos rinocerontes é de aproximadamente 480 dias. O facto de este ser elevado, tem sido um dos motivos que dificulta a sua reprodução e que não permite ainda uma maior garantia de sobrevivência desta espécie. Normalmente, nasce apenas uma cria, que é amamentada pela mãe até aos dois anos.

O rinoceronte é um herbívoro habituado a uma alimentação diversificada, que se adapta bem a diferentes tipos de plantas, já que ao longo do ano o tipo de vegetação disponível vai variando. Necessita muitas vezes de percorrer distâncias consideráveis, até encontrar pasto suficiente para a sua sobrevivência, e água para os seus banhos, necessários para hidratar a pele e para se livrar da nuvem de insectos que o acompanha.

O rinoceronte vê muito mal, mas tem um excelente olfacto e também uma aparelho auditivo prodigioso. Quanto se sente ameaçado, sobretudo o rinoceronte negro, investe de forma implacável sobre tudo o que mexe, apesar de nem sempre saber sobre o que está a investir. A procura de alimento é feita a partir dos cheiros que aprende a reconhecer, durante o tempo em que é apenas amamentado pela mãe. Quando adulto, sabe perfeitamente distinguir os cheiros característicos dos alimentos que mais lhe agradam.

Um rinoceronte negro pode ter em média 1,60 m de altura, 3,80 m de comprimento e pesar mais de 3000 kg. A sua esperança de vida ronda os 30 a 35 anos em liberdade, podendo em cativeiro durar alguns, mas poucos, anos mais.
 

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Rinoceronte Indiano

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[FONT=verdana, arial, helvetica]Nome científico[/FONT][FONT=verdana, arial, helvetica]Rhinoceros unicornis[/FONT]
Dos rinocerontes asiáticos, é aquele em que o perigo de extinção é menor, embora esse risco não esteja excluído. No entanto, no passado, essa questão já se pôs, e no final do século XIX, não existiam mais de 250 animais a viver em liberdade. Só um bem sucedido programa de reprodução e protecção desta espécie, patrocinado pelo governo indiano, conseguiu inverter esta tendência e colocar esta espécie mais longe da extinção, existindo hoje registados e monitorizados mais de 3000 animais, que se apresentam em boas condições fisícas e com níveis de reprodução bastante altos, para os padrões apresentados pelos outros rinocerontes asiaticos.

Ao contrário dos rinocerontes africanos, que procuram os grandes espaços abertos, os asiáticos procuram viver protegidos pela vegetação da floresta e os pântanos, onde se sentem mais resguardados, evitando os grandes espaços abertos, onde podem ser alvos fáceis para os caçadores furtivos.

O rinoceronte indiano só tem um chifre e a sua pele não é lisa, mas forma uma espécie de carapaças sobrepostas e rugas duras e espessas.

Este gigante asiático pode ter 1,90 m de altura, medir quase 4 m, pesar mais de 3000 kg, e viver cerca de 35 anos
 

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Rinoceronte de Sumatra

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[FONT=verdana, arial, helvetica]Nome científico[/FONT][FONT=verdana, arial, helvetica]Dicerorhinus sumatrensis[/FONT]
Os rinocerontes asiáticos estão todos em avançado estado de extinção. O de Sumatra
(na Indónesia) é um dos que correm maior perigo, já que, em liberdade, não devem existem muito mais que 330 animais. Estes vivem todos em territórios muito distantes uns dos outros, espalhados por vários países, o que não facilita a conservação da espécie.

Ao contrário dos rinocerontes africanos, que procuram os grandes espaços abertos, os asiáticos procuram viver protegidos pela vegetação da floresta e os pântanos, onde se sentem mais resguardados, evitando os grandes espaços abertos, onde podem ser alvos fáceis para os caçadores furtivos.

O rinoceronte de Sumatra é o mais pequeno de entre todas as espécies de rinocerontes que existem. Tem, como os seus primos africanos, dois chifres e a sua pele não é lisa, mas forma uma espécie de carapaças sobrepostas e rugas duras e espessas.

Um rinoceronte desta espécie pode ter 1,20 m de altura, medir quase 2 m, pesar 1500 kg e viver cerca de 35 anos.
 

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Rinoceronte de Java

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[FONT=verdana, arial, helvetica]Nome científico[/FONT][FONT=verdana, arial, helvetica]Rhinoceros sondaicus[/FONT]
Os rinocerontes asiáticos estão todos em avançado estado de extinção. O de Java (na Indónesia) é, no entanto, aquele que maior perigo apresenta, já que, em liberdade, não deverão existir muito mais que 50 animais. Este número pode já ser insuficiente para garantir a continuidade da espécie, contudo, está neste momento a ser desenvolvido um esforço a nível mundial para inverter esta tendência, como em tempos foi necessário ao rinoceronte indiano.

Ao contrário dos rinocerontes africanos, que procuram os grandes espaços abertos, os asiáticos procuram viver protegidos pela vegetação da floresta e os pântanos, onde se sentem mais resguardados, evitando os grandes espaços abertos, onde podem ser alvos fáceis para os caçadores furtivos.

O rinoceronte de Java só tem um chifre e a sua pele não é lisa, formando uma espécie de carapaças sobrepostas e rugas duras e espessas.

Este gigante asiático pode ter 1,70 m de altura, medir quase 4 m e pesar 3000 kg. Pode viver cerca de 35 anos.
 

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Raposa

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[FONT=verdana, arial, helvetica]Nome científico[/FONT][FONT=verdana, arial, helvetica]Vulpes vulpes[/FONT]
A raposa pode ser encontrada por todo o território de Portugal continental, apesar de ser um pouco difícil observar estes animais nas imediações das vilas e cidades.

A raposa é um mamífero carnívoro. Pontualmente, e se a oportunidade surgir, torna-se necrófago. Os ovos também fazem as delícias das raposas, que procuram ninhos de aves silvestres no solo para comê-los.

A raposa é espécie que pode ser caçada entre Outubro e Fevereiro. Como a sua carne não tem qualquer aproveitamento, esta caça serve apenas como troféu para o caçador. Dado o elevado número de animais ainda existentes, esta espécie não é favorecida com nenhuma protecção legal, apenas a proibição da sua caça durante parte do ano.

As raposas são animais muito resistentes e com grande capacidade de adaptação. Como não são territorialistas, podem percorrer e adaptar-se a novos territórios, desde que estes tenham comida em abundância. O facto de ser um predador muito astuto, torna também fácil a sua adaptação a qualquer tipo de floresta.

As raposas comem fundamentalmente pequenos roedores, coelhos e aves, como a perdiz.Nas zonas onde existe criação de capoeira, podem muitas vezes introduzir-se dentro das mesmas para aí caçarem as suas presas, criando dificuldades de vizinhança com os humanos por esse motivo.

A raposa é fundamentalmente um animal de hábitos nocturnos, pelo que é relativamente fácil encontrá-la na beira das estradas no crepúsculo, embora, por ser muito fugidia, só se veja normalmente a sua característica cauda desaparecendo por entre a vegetação.
As raposas podem atingir cerca de 1 m de comprimento e pesar até 10 kg.
 

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Rato-dos-lameiros

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Descrição geral


MORFOLOGIA EXTERNA: mais pequeno que Arvicola sapidus. Coloração castanho escuro dorsalmente, mais claro no ventre e nos flancos. Peso médio 100 gr.

Habitat


Prados de vegetação rasteira, preferencialmente húmidos.

Actividades/Hábitos


ACTIVIDADE CIRCADIANA: activo de dia e de noite. Espécie fossadora que constrói sistemas de túneis de grande extensão com galerias superficiais (até cerca de 20 cm) e outras mais profundas até 1 m. Os ninhos (um ou dois) são arredondados, com cerca de 20-25 cm de diâmetro.

Alimentação

A dieta é constituída por plantas aquáticas e raízes e grãos. Também pode alimentar-se de moluscos.

Reprodução


O período de maior actividade reprodutora verifica-se entre Março e Setembro-Outubro. As fêmeas podem produzir cinco ninhadas por ano, constituídas por 2-8 crias.

Predadores/Competidores


Os principais predadores são carnívoros, sobretudos os ligados a meios húmidos.
 

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Rato-de-água

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Descrição geral

MORFOLOGIA EXTERNA: Rato de tamanho grande, com orelhas redondas e pequenas. Cauda pouco longa, cilíndrica. Pelagem espessa. PESO E DIMENSÕES: peso médio: 300 gr; comp. cabeça-corpo: 162-220 mm; comp. cauda: cerca de 2/3 do comprimento do corpo; Comp. pata posterior: >30 mm.

Habitat

Margens de cursos de água lentos, canais de irrigação e lagos. Constrói galerias em que uma das saídas é sempre submersa. No geral, o ninho é subterrâneo, mas excepcionalmente pode ser construído à superfície num buraco de uma árvore ou sobre plantas aquàticas.

Actividades/Hábitos

ACTIVIDADE CIRCADIANA: É essencialmente diurno, com dois picos de actividade mas não deixando de sair também à noite. Os picos diurnos verificam-se no fim da manhã e na primeira metade da tarde.

Alimentação

A dieta é constituída por vegetação aquática e das margens, podendo também ingerir anfíbios.

Reprodução

A maior actividade sexual verifica-se entre Março e Setembro-Outubro. São produzidas até cinco ninhadas por ano, as quais podem ser constituídas por 2-8 indivíduos cada.

Predadores/Competidores

Os predadores são sobretudo pequenos carnívoros mas também rapinas nocturnas como Tyto alba.
 

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Rato-cego

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Descrição geral


MORFOLOGIA EXTERNA: rato de pequenas dimensões, com cabeça e focinho arredondados, cauda curta, olhos e orelhas pequenos. Pelagem curta e densa, de coloração geral acastanhada com tonalidade acinzentada no ventre; cauda bicolor, mais clara na face inferior. PESO E DIMENSÕES: peso: 20 gr; comp. cabeça-corpo: 100 mm; comp. cauda: 20-30 mm; comp. pata posterior: 15 mm.

Habitat

Zonas cultivadas em locais de solo húmido mas não alagado (preferencialmente hortas e pomares), vegetação herbácea, em prados e lameiros.

Indícios de Presença

A sua presença é facilmente detectada pelos numerosos montículos de terra que assinalam as aberturas dos seus túneis.

Actividades/Hábitos

É um animal de hábitos fossadores, que escava sistemas de galerias cuja complexidade se relaciona com o número de indivíduos qua as utiliza. A profundidade a que se situam varia entre 10 e 40 cm, e a abertura dos túneis à superfície é denotada pelos pequenos montículos de terra removida.

Alimentação

Alimenta-se de frutos, raízes e tubérculos.

Reprodução

A actividade reprodutora pode ser contínua ao longo do ano se as condições de alimento forem favoráveis. Verifica-se, no entanto, um máximo na Primavera e no Outono. Anualmente cada fêmea produz 5-6 ninhadas compostas por 2-5 crias cada.

Predadores/Competidores


A coruja-das-torres é um dos seus predadores, mas o rato-cego é também muito perseguido pelo Homem ao proteger as suas culturas.
 

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Rato-do-campo-de-rabo-curto

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Descrição geral

MORFOLOGIA EXTERNA: espécie de aspecto robusto mas de tamanho pequeno a médio. Cabeça larga, olhos e orelhas pequenos. Pelagem comprida e áspera. Dorso cinzento-acastanhado claro; cauda bicolor, mais clara ventralmente. PESO E DIMENSÕES: peso: 30 gr; comp. cabeça-corpo: 95-113 mm; comp. pata posterior: 18 mm.

Habitat

Prados e lameiros com densa vegetação rasteira; também juncais. Constrói ninhos sob o solo, a pouca profundidade ou à superfície, ao abrigo de pedras, assim como túneis subterrâneos pouco profundos e pouco extensos. Delimita também caminhos escondidos na vegetação.

Actividades/Hábitos

ACTIVIDADE CIRCADIANA: possui dois picos de actividade, um ao anoitecer e outro ao amanhecer, embora possa ser visto durante o dia.
ACTIVIDADE SAZONAL: o período de maior actividade decorre entre Fevereiro e Julho que parece estar associado à reprodução.

Alimentação

A dieta é quase exclusivamente herbívora, sendo consumidos rebentos e partes verdes da vegetação.

Reprodução

Entre Fevereiro e Dezembro. Quando a disponibilidade alimentar é boa e as condições climáticas adequadas, actividade reprodutora decorre todo o ano. As fêmeas, que podem emprenhar logo após cada parição, produzem ninhadas de 3-8 crias.

Predadores/Competidores


Os predadores usuais são as rapinas e os carnívoros.
 

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Rato de Cabrera

Rato de Cabrera

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Descrição geral

MORFOLOGIA EXTERNA: pelagem comprida e áspera, de tonalidade castanho-amarelada no dorso, ventralmente mais pálida. Cauda escura, mais no dorso que ventralmente. Peso: 25 gr.

Habitat

Montados de sobro e azinho com abundantes coberturas herbáceas e arbustivas, policulturas e sapais. Evita solos de natureza calcária, amplitudes térmicas acentuadas, humidade reduzida e altitudes elevadas.

Actividades/Hábitos

ACTIVIDADE CIRCADIANA: principalmente activo de noite, mas podendo também ter actividade diurna. Parece verificar-se competição interespecífica com Microtus lusitanicus.

Alimentação

A dieta é composta por folhas ou caules de gramíneas.

Reprodução

A maior actividade reprodutora aparenta decorrer na Pimavera, parecendo que cada fêmea pare 5-6 crias por ano.

Predadores/Competidores

Os principais predadores são rapinas nocturnas, nomeadamente Tyto alba
 

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Rato-cego-mediterrânico

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Descrição geral

MORFOLOGIA EXTERNA: forma robusta, em média maior que Microtus lusitanicus. Orelhas muito pequenas e cauda curta. Pelagem de tom castanho amarelado ou avermelhado no dorso e no ventre e na cauda cinzento claro a escuro.
PESO E DIMENSÕES: peso: 20 gr; comp. cabeça-corpo: 89-122 mm; comp. cauda: 19-32,5 mm; comp. pata posterior: 16-19 mm.

Habitat

Hortas e lameiros, locais com solo húmido facilmente movível. Pomares de citrinos e sobreirais.

Actividades/Hábitos

ACTIVIDADE CIRCADIANA: aparentemente diurna, repartida por três períodos: de manhã, ao princípio da tarde e ao anoitecer. Desconhece-se se há actividade nocturna significativa.

Alimentação

É essencialmente herbívoro, ingerindo raízes, tubérculos e frutos.

Reprodução

É sexualmente activo durante todo o ano, em condições favoráveis. Apresenta, no entanto, um máximo na Primavera e outro no Outono. Anualmente cada fêmea pode produzir 5-6 ninhadas, cada uma com 2-5 crias.
 

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Ratinho-do-campo

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Descrição geral

MORFOLOGIA GERAL: São muito semelhantes aos ratos caseiros, embora com patas, olhos e orelhas de maiores dimensões. A cauda é comprida, castanha-escura na parte superior e esbranquiçada inferiormente, com numerosas anelações bem visíveis, e coberta por um número reduzido de pêlos. As orelhas, quando rebatidas para a frente, ultrapassam um pouco os olhos. As fêmeas apresentam três pares de mamas, um par peitoral e dois situados na região inguinal. Pelagem: A parte ventral do corpo é branco-acinzentado e frequentemente bem delimitada da pelagem dorsal, que se apresenta castanha-amarelada, assumindo nos flancos uma tonalidade mais clara, em que o amarelo é predominante. É frequente a existência de uma marca peitoral, amarela-alaranjada, estreita, ocasionalmente alongada transversal ou longitudinalmente e que nunca forma um colar. Esta mancha pode ser imperceptível nos jovens, devido à sua coloração mais escura, e eventualmente estar ausente em alguns adultos. Os indivíduos juvenis podem confundir-se com os ratos caseiros adultos, devido à sua coloração de um tom castanho-acinzentado e às dimensões. A determinação do comprimento da pata posterior permite uma identificação das duas espécies, pois no rato-do-campo nunca é inferior a 1,6 cm.
PESO E DIMENSÕES (valores médios para indivíduos adultos): Comp. total: 150-225 mm Comp. cabeça-corpo: 80-130 mm Comp. da cauda: 70-110 mm Comp. da pata posterior: 20-24 mm Comp. da pata anterior: 8-18 mm Comp. da orelha: 11-18 mm Largura da orelha: 3-6 mm Peso: 16-43 gr
DIMORFISMO SEXUAL: Inexistente.
VOCALIZAÇÕES: Quando assustados, estes animais emitem uma espécie de guincho agudo. É também conhecida a emissão de ultrasons pelos jovens quando são desmamados, ou quando a temperatura ambiente baixa rapidamente estando eles sozinhos no ninho, e pelos adultos durante o acasalamento. LONGEVIDADE: A duração de vida desta espécie na natureza não deve ultrapassar os 18 meses, podendo alguns indivíduos sobreviver, excepcionalmente, dois Invernos.
ASPECTOS DA MORFOLOGIA INTERNA: Possuem caixa craniana com contorno oval ou sub-circular. A altura do crânio aumenta gradualmente desde a extremidade dos nasais até ao meio dos frontais. A partir daí, a superfície dorsal do crânio torna-se moderadamente convexa até à porção posterior do interparietal. As cristas supraorbitais estão ausentes ou pouco desenvolvidas. Foramen incisivii com bordos sensivelmente paralelos. O comprimento condilobasal do crânio nunca é inferior a 23 mm. A largura zigomática mede aproximadamente 13 mm e o comprimento da série dentária superior é de cerca de 4 mm. A secção transversal dos pêlos de revestimento apresenta três concavidades e medula com três a quatro fiadas de células. A impressão cuticular é imbraincada lanceolada. O número de cromossomas é 2N=48, todos acrocêntricos. O cromossoma X é maior nos machos e forma o maior par nas fêmeas.
OUTRAS CARACTERÍSTICAS: Quando são capturados pela extremidade da cauda, facilmente a epiderme desta se separa, expondo as vértebras caudais.

Habitat

Não parecem ter preferência por nenhum tipo de habitat em particular. Habitam todos os biótopos onde encontram alimento e abrigo (terrenos com cobertura de árvores, arbustos, rochas, dunas, muros, sebes, pastagens, áreas agrícolas) desde as margens dos cursos de água até zonas de grande altitude. Vivem frequentemente em associação com o Homem, que lhes proporciona abrigo e alimento. Constroem ninhos com erva e musgo, em covas ou galerias mais ou menos extensas, a uma profundidade que, dependendo do substrato, pode atingir os 180 cm. As galerias, com várias entradas, são ligadas entre si por trilhos localizados entre a vegetação, raízes de árvores, troncos caídos ou pedras. Por vezes incorporam nas suas galerias túneis construídos por outros micromamíferos.

Indícios de Presença

Devido às pequenas dimensões, hábitos nocturnos e/ou crepusculares e às inúmeras possibilidades de esconderijo proporcionadas pelo ambiente, é pouco viável a aplicação de métodos de observação directa. Recorre-se, pois, à observação de pegadas, rastos, trilhos, dejectos, tocas e restos de alimento roídos, que embora identifiquem a presença de micromamíferos raramente permitem diagnosticar a espécie em questão. Pegadas - O modo de locomoção mais frequente do rato-do-campo é o salto alternado com corrida. Em corrida, mantém a cauda mais ou menos erecta, não sendo, por isso, nítido o seu rasto. No andamento aos saltos, as pegadas repetem-se em grupos de quatro, distinguindo-se as patas anteriores das posteriores pelo tamanho. A impressão da pata posterior é muito longa (2,0 cm x 1,5 cm) em relação à anterior (1,3 cm x 1,5 cm). Dejectos - Os excrementos são pequenos, de forma cilíndrica, coloração castanha-clara e com cerca de 0,4 cm de comprimento. A análise de dejectos e regurgitações dos predadores possibilitam muitas vezes a identificação dos indivíduos ao nível específico.

Utilização do Espaço

TERRITÓRIOS: A dimensão da área vital apresenta grandes variações individuais, tendo sido encontrados valores entre 0,02 e 2,4 ha. A área utilizada pelos jovens é inferior à dos adultos e, nestes últimos, a dos machos superior à das fêmeas. É também variável ao longo do ano, aumentando consideravelmente durante a Primavera e Verão. Os trabalhos realizados em Portugal indiciam que as áreas vitais dos vários indivíduos presentes num dado local são sobreponíveis total ou parcialmente e que parece não existir agressão interespecífica. Durante a época de reprodução, as fêmeas defendem activamente o seu espaço vital.

Actividades/Hábitos

São bons trepadores, saltadores e nadadores. Possuem um modo de locomoção rápido, fugindo apressadamente e deslocando-se muitas vezes aos saltos. Embora cautelosos, tomam com frequência uma atitude de curiosidade, adquirindo temporariamente uma posição erecta. Quando perseguidos, localizam rapidamente as entradas dos túneis, utilizando os bem desenvolvidos sentidos do olfacto e da visão, a memória e, possivelmente, orientando-se também pelo campo magnético terrestre.
ACTIVIDADE CIRCADIANA: São animais de hábitos predominantemente nocturnos, demonstrando ser mais activos nas noites escuras que nas noites de luar. Em geral, não abandonam os seus refúgios antes do pôr-do-sol. Durante a noite, registam-se dois picos máximos de actividade, o primeiro após o crepúsculo e o segundo antes da aurora matinal.
ESTRUTURA POPULACIONAL: Na Primavera, a população é constituída por jovens nascidos no fim da última estação reprodutora e por alguns adultos do ano anterior que conseguiram sobreviver à elevada mortalidade que caracteriza o Outono e o Inverno. Alguns trabalhos indiciam um notável aumento do número de indivíduos de Julho a Outubro, como resultado da reprodução, registando-se um pico em Setembro-Outubro. A partir daí, o número de indivíduos diminui, atingindo o nível mais baixo em Março-Abril. As densidades variam de 0,25 a 100 indivíduos por hectare.
ORGANIZAÇÃO SOCIAL: Embora a informação disponível seja escassa, pensa-se que os indivíduos desta espécie estão organizados socialmente segundo uma hierarquia que varia ao longo do ano e de local para local. Assim, podem formar-se associações de um único sexo ou estabelecer-se um grupo de machos dominantes, que controlam uma área onde vivem os machos subordinados e as fêmeas. Os jovens são frequentemente forçados a dispersar. Sinais odoríferos, como a deposição de urina e a informação química contida na secreção das glândulas subcaudais parece ser utilizada na comunicação intra e interpopulacional.

Alimentação


A alimentação é composta fundamentalmente por grãos e sementes, mas podem também consumir plantas novas, rebentos e raízes, frutos frescos e secos, musgos, fungos, folhas mortas, cascas de árvores. Também os invertebrados parecem constituir uma parte importante da dieta destes roedores. O regime alimentar varia de acordo com o alimento disponível em cada estação. Deste modo, a dieta evolui ao longo do ano, paralelamente às flutuações da maturação das sementes, sendo os invertebrados consumidos sobretudo na Primavera e no Verão.

Reprodução


MATURAÇÃO: A disponibilidade em alimento, o fotoperíodo e a temperatura têm um efeito significativo na maturação sexual dos indivíduos. Os animais que nascem na Primavera podem reproduzir-se durante esse mesmo ano. Os indivíduos que nascem no fim do Verão e Outono, de uma forma geral, não crescem ou apresentam um crescimento muito lento durante o Inverno e permanecem imaturos até à próxima Primavera. Nas fêmeas, o orifício vaginal não é visível (não perfurado) até ao início da actividade sexual.
ÉPOCA DE REPRODUÇÃO: Reproduzem-se praticamente durante todo o ano, embora possuam períodos de maior actividade reprodutora, que variam de local para local, em função das condições climáticas e bióticas existentes. De um modo geral, a época reprodutora inicia-se na Primavera, atinge o seu máximo no final desta estação/princípio do Verão e declina no Outono. Pode, contudo, prolongar-se pelo Inverno, caso exista grande quantidade de alimento disponível. Nos machos activos, os testículos tornam-se muito proeminentes e a epiderme escrotal apresenta uma pigmentação negra.
GESTAÇÃO: Aproximadamente 26 dias.
Nº DE CRIAS/NINHADA: O número médio de embriões por ninhada é variável de local para local e ao longo do período de reprodução, atingindo o máximo no pico da estação reprodutora. Assim, enquanto que alguns autores referem 4,7 como o número médio de embriões por ninhada (mín. 2, máx. 9), correspondendo o valor máximo aos meses de Junho e Julho, outros indicam 5,5 como valor médio, podendo ocorrer 6 no pico da estação reprodutora e sendo as ninhadas de Inverno provavelmente mais pequenas. Os recém-nascidos pesam cerca de 1 a 2 gramas, apresentam pele nua e olhos fechados, que abrem no 16º dia. O revestimento cinzento-acastanhado aparece dorsalmente aos 6 dias de idade e a parte ventral branca um dia depois. Com cerca de 3 semanas, os juvenis deixam o ninho. As fêmeas podem iniciar uma nova gestação imediatamente após o nascimento de uma ninhada.

Predadores/Competidores

Os principais predadores naturais dos indivíduos desta espécie, assim como dos micromamíferos em geral, são as rapinas nocturnas, como a Coruja-das-torres e o Bufo-pequeno, alguns pequenos e médios carnívoros - por exemplo, a Doninha, a Marta , o Arminho, a Geneta, a Raposa e o Gato-bravo - e cobras. Alguns autores referem que Apodemus sylvaticus evita zonas onde a densidade de Microtus sp. é elevada e que são bem sucedidos na competição com Mus sp.
 

Grunge

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Ratinho-caseiro

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Descrição geral

MORFOLOGIA EXTERNA: animal de pequenas dimensões, com coloração de tonalidade nitidamente acinzentada.
PESO E DIMENSÕES: peso: 15 gr; comp. cabeça-corpo: menor ou igual a 100 mm; comp cauda: igual ou maior que a cabeça-corpo; comp. pata posterior: < 20 mm.

Habitat


Utiliza todos os biótopos com marcada influência humana. Nas Ilhas, coloniza biótopos naturais como a floresta indígena (nos Açores as florestas de Cryptomeria japonica Laurisilva e vegetação arbustiva como Rubus sp., Hydrangea macrophylla, Pteridium aquilinum e Erica azorica).

Actividades/Hábitos


ACTIVIDADE CIRCADIANA: a espécie tem actividade crepuscular e nocturna.

Alimentação

As formas comensais estão muito dependentes dos produtos do Homem e tem uma alimentação muito variada. Na natureza são granívoros e herbívoros.

Reprodução


Na proximidade das habitações, as populações comensais podem reproduzir-se todo o ano. Quanto às populações selvagens o seu potencial reprodutor pode sofrer uma redução no fim do Outono e no Inverno. São produzidas ninhadas de 5-6 crias, podendo haver 10 ninhadas por ano, consoante as disponibilidades alimentares.

Predadores/Competidores


São seus principais predadores pequenos carnívoros, rapinas, répteis e o Homem.
 

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Ratinho-ruivo

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rattus-rattus-3791.jpg



Descrição geral

MORFOLOGIA EXTERNA: ratinho de pequenas dimensões cuja pelagem apresenta dorsalmente uma tonalidade acastanhado-claro, enquanto ventralmente e nas patas é esbranquiçada, por vezes amarelada. Lateralmente, é visível uma demarcação creme.
PESO E DIMENSÕES: peso: 15 gr; comp. cabeça-corpo: 77 mm; comp. cauda menor que a cabeça-corpo; comp. pata posterior: <200 mm.

Habitat

Habita preferencialmente áreas agricultadas, escolhendo biótopos húmidos.

Actividades/Hábitos

ACTIVIDADE CIRCADIANA: essencialmente crepuscular e nocturna.

Alimentação

A dieta é granívora e herbívora.

Reprodução

Apresenta uma actividade máxima na Primavera e no Verão. Cada ninhada tem cerca de cinco crias.

Predadores/Competidores


Rapinas, répteis e pequenos carnívoros.
 

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Ratazana-preta

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RATAZANA.JPG


Descrição geral

MORFOLOGIA EXTERNA: Rato de dimensões grandes. Coloração do dorso variando de negro a acastanhado. A cor da pelagem é, no entanto, polimórfica em muitas populações, podendo ocorrer formas melânicas (tipo rattus), castanhas com ventre cinzento-claro (tipo alexandrinus) e castanhas com ventre branco-amarelado (tipo frugivorus). A percentagem de ocorrência destas três formas varia gerograficamente e com o habitat e, taxonomicamente, não devem ser consideradas como subespécies.
PESO E DIMENSÕES: peso médio: até 200 gr; comp. cabeça-corpo: 158-235 mm; cauda tão longa ou maior que o corpo; comp. pata posterior: < 40 mm. Na Berlenga apresenta um marcado gigantismo insular.

Habitat

Biótopos secos, áreas florestais ou agricultadas, sujeitas a temperaturas médias. Muito comum em portos e navios. Constrói o ninho frequentemente a algns metros acima do solo, em cavidades de paredes ou sobre ramos de árvores. Nos Açores, inicialmente era frequentador de pomares e outras áreas de influência humana, encontrando-se actualmente a maiores altitudes nomeadamente nas florestas de laurisilva.

Actividades/Hábitos


ACTIVIDADE CIRCADIANA: é essencialmente nocturno.

Alimentação

A dieta é muito variada, podendo ser comensal do Homem em condições naturais adversas.

Reprodução

A actividade reprodutora pode ser contínua ao longo do ano, se as disponibilidades alimentares forem propícias. As fêmeas produzem ninhadas de 5-10 crias. Na Berlenga, no entanto, o ciclo reprodutor é discontínuo, com nascimentos entre o fim do Inverno e o fim do Verão.

Predadores/Competidores

Os principais predadores são as rapinas nocturnas e os pequenos carnívoros, e ainda Rattus norvegicus em áreas de competição.
 

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Ratazana-castanha

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Descrição geral

MORFOLOGIA EXTERNA: maior e mais robusta que Rattus rattus. Coloração dorsal castanho-ocre acinzentado, mais clara lateralmente; ventre branco acinzentado, cauda bicolor, mais escura dorsalmente. PESO E DIMENSÕES: peso: >300 gr; comp. cabeça-corpo: 214-273 mm; cauda mais pequena que a cabeça e o corpo; orelhas pequenas; comp. pata posterior: >40 mm.

Habitat

Locais sempre húmidos, margens de cursos de água e, devido a uma acentuada antropofilia, zonas baixas das habitações (caves e esgotos) nos aglomerados populacionais. Os ninhos são subterrêneos, em galerias construídas sob raízes de árvores ou pedras.

Actividades/Hábitos

ACTIVIDADE CIRCADIANA: nocturno, com dois picos de actividade (ao anoitecer e cerca das 3 h da madrugada). Sedentário, não se afasta muito dos seus abrigos. Não sobe a árvores nem armazena alimentos. Muito agressivo quando adulto.

Alimentação

Dieta variada, omnívora, associada às condições proporcionadas pela sua proximidade ao Homem.

Reprodução

Em situações em que a disponibilidade de alimento é grande, a actividade reprodutora verifica-se durante todo o ano. Normalmente, são produzidas cinco ninhadas por ano, com 6-7 crias cada.

Predadores/Competidores

As rapinas e os carnívoros são os seus principais predadores.

 

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Roaz

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Descrição geral
MORFOLOGIA GERAL: É geralmente cinzento (quase negro dorsalmente), observando-se uma coloração mais clara nos flancos, que passa a cinzento prateado na face ventral. Os juvenis são normalmente mais claros e podem apresentar um tom levemente azulado. Nos adultos, podem distinguir-se duas linhas pálidas que ligam os olhos às barbatanas peitorais, e os indivíduos mais velhos podem exibir também pequenas manchas de pigmentação na região ventral.

PESO E DIMENSÕES
: Comp.máximo - fêmeas: 370 cm; machos: 390 cm (em geral, pois existem diferenças populacionais) Peso médio: 300 Kg; Peso máximo: 370 Kg

DIMORFISMO SEXUAL:
Inexistente

FÓRMULA DENTÁRIA:
Cada hemi-maxila apresenta 20-25 dentes de forma cónica e com um diâmetro médio de 7,5 mm ao nível da gengiva. Nos animais mais velhos, o número de dentes pode ser inferior a 20/hemi-maxila, e a superfície superior dos dentes pode ser quase plana.

LONGEVIDADE: 25 a 30 anos

Habitat

Espécie cosmopolita, bem adaptada à vida em águas costeiras, podendo igualmente ser encontrada a grande distância da costa. Podem ser consideradas duas categorias distintas de roazes: - costeiros: frequentam estuários, mangais e outras zonas de costa, mesmo com linhas muito abertas, podendo mesmo deslocar-se até locais situados a vários Km da costa; - oceânicos: vivem em mar aberto ou em águas insulares profundas.

Utilização do Espaço

MOVIMENTOS/MIGRAÇÕES: Deslocações sazonais observadas em populações costeiras são ainda mal conhecidas, mas podem estar relacionadas com a temperatura da água, migrações de espécies-presa e mesmo com o período dos nascimentos.

Actividades/Hábitos
ORGANIZAÇÃO SOCIAL: Bastante complexa e muito variável entre populações de zonas geográficas distintas.

Alimentação
Espécie oportunista, no que se refere aos hábitos alimentares. As populações costeiras alimentam-se de uma grande variedade de peixes e invertebrados e em muitas áreas adaptaram as suas estratégias alimentares de modo a tirarem vantagens das actividades humanas - aprenderam a capturar o peixe já emalhado e a aproveitar os desperdícios da pesca. Nas costas europeias, alimentam-se principalmente de taínhas, arenques, cavalas e várias espécies pertencentes à família Gadidae. No estuário do Sado alimentam-se preferencialmente de chocos e taínhas. As populações oceânicas mostram maior preferência por cefalópodes.

Reprodução
MATURAÇÃO: 5-12 anos nas fêmeas e >10 anos nos machos
GESTAÇÃO: Cerca de 12 meses
ÉPOCA DE NASCIMENTOS: No Verão (nas costas europeias)
Nº DE CRIAS/NINHADA: 1 só cria

Predadores/Competidores

Não são conhecidos predadores na costa portuguesa.
 
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