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Pavilhão de Portugal: Câmara prepara programação cultural e anunciará em breve uso a dar ao espaço
Lisboa, 30 Mai (Lusa) - A Câmara de Lisboa e o Ministério da Cultura estão a preparar uma programação cultural para o Pavilhão de Portugal, que deverá ser anunciada em breve pela autarquia, disse à Lusa o vereador Manuel Salgado.
"Queremos dar mais intensidade à utilização do Pavilhão de Portugal como área de eventos culturais. Há coisas já programadas e há conversações entre a Câmara e o Ministério da Cultura", afirmou o responsável pela pasta do Urbanismo na capital.
"A ideia é que a muito curto prazo o presidente [da autarquia] venha anunciar qual é o uso previsto", acrescentou.
O Pavilhão de Portugal, com a famosa pala de betão, foi projectado pelo arquitecto Siza Vieira, que hoje em declarações à imprensa se mostra insatisfeito com o "abandono" a que aquele espaço foi votado.
Siza Vieira diz-se ainda cansado de trabalhar em Portugal e aponta o vandalismo e a falta de cuidado com as suas obras, muitas "abandonadas e a arruinarem-se".
Como exemplo, Siza Vieira indica precisamente o caso do Pavilhão de Portugal, construído para abrigar a representação portuguesa na Expo'98 mas que, segundo o arquitecto, está abandonado e o investimento feito inutilizado.
"Percebo a preocupação do arquitecto Siza Vieira, mas a verdade é que o Pavilhão de Portugal não foi maltratado, a Igreja do Marco não foi maltratada e são obras notáveis do nosso património arquitectónico", afirmou o também arquitecto Manuel Salgado.
Para Manuel Salgado, a questão do vandalismo "é muito variável" e "depende muito da relação que as pessoas estabelecem com as obras".
"Quando fiz os espaços públicos das Expo uma das coisas importantes a ter em conta foi que a qualidade atrai o cuidado: o espaço público da Expo é muito menos vandalizado do que, por exemplo, muitas dos espaços públicos nas periferias da cidade. O CCB [Centro Cultural de Belém] nunca foi vandalizado", exemplificou.
Manuel Salgado disse ainda perceber "a angústia" de Siza Vieira, mas preferiu sublinhar o empenho mostrado pelo arquitecto no projecto que está a desenvolver com a Câmara de Lisboa para os acessos aos terraços do Carmo.
"Admiro o empenho que o arquitecto Siza vieira tem no projecto que está a desenvolver connosco (...) e isso para mim é um sinal muito importante. É sinal que ele acredita naquilo que estamos a fazer na cidade de Lisboa".
SO.
Lusa/fim
Lisboa, 30 Mai (Lusa) - A Câmara de Lisboa e o Ministério da Cultura estão a preparar uma programação cultural para o Pavilhão de Portugal, que deverá ser anunciada em breve pela autarquia, disse à Lusa o vereador Manuel Salgado.
"Queremos dar mais intensidade à utilização do Pavilhão de Portugal como área de eventos culturais. Há coisas já programadas e há conversações entre a Câmara e o Ministério da Cultura", afirmou o responsável pela pasta do Urbanismo na capital.
"A ideia é que a muito curto prazo o presidente [da autarquia] venha anunciar qual é o uso previsto", acrescentou.
O Pavilhão de Portugal, com a famosa pala de betão, foi projectado pelo arquitecto Siza Vieira, que hoje em declarações à imprensa se mostra insatisfeito com o "abandono" a que aquele espaço foi votado.
Siza Vieira diz-se ainda cansado de trabalhar em Portugal e aponta o vandalismo e a falta de cuidado com as suas obras, muitas "abandonadas e a arruinarem-se".
Como exemplo, Siza Vieira indica precisamente o caso do Pavilhão de Portugal, construído para abrigar a representação portuguesa na Expo'98 mas que, segundo o arquitecto, está abandonado e o investimento feito inutilizado.
"Percebo a preocupação do arquitecto Siza Vieira, mas a verdade é que o Pavilhão de Portugal não foi maltratado, a Igreja do Marco não foi maltratada e são obras notáveis do nosso património arquitectónico", afirmou o também arquitecto Manuel Salgado.
Para Manuel Salgado, a questão do vandalismo "é muito variável" e "depende muito da relação que as pessoas estabelecem com as obras".
"Quando fiz os espaços públicos das Expo uma das coisas importantes a ter em conta foi que a qualidade atrai o cuidado: o espaço público da Expo é muito menos vandalizado do que, por exemplo, muitas dos espaços públicos nas periferias da cidade. O CCB [Centro Cultural de Belém] nunca foi vandalizado", exemplificou.
Manuel Salgado disse ainda perceber "a angústia" de Siza Vieira, mas preferiu sublinhar o empenho mostrado pelo arquitecto no projecto que está a desenvolver com a Câmara de Lisboa para os acessos aos terraços do Carmo.
"Admiro o empenho que o arquitecto Siza vieira tem no projecto que está a desenvolver connosco (...) e isso para mim é um sinal muito importante. É sinal que ele acredita naquilo que estamos a fazer na cidade de Lisboa".
SO.
Lusa/fim