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Espécies piscícolas existentes em Portugal

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Lúcio

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Nome científico - Esox lucius
Nomes comums - Lúcio
Morfologia - O lúcio pode atingir grandes dimensões, apresenta um corpo alongado, com focinho comprido e achatado. A boca é grande. A barbatana dorsal é oposta à anal e muito posterior. Cor verde ou esverdeada com manchas amarelas.
Tamanho máximo (cm) - 107
Época de reprodução - Douro (Espanha): Janeiro a Abril; Fevereiro a Abril.
Habitat geral - O lúcio vive em zonas remansas com correntes baixas e vegetação abundante. Ocorre nas zonas litorais das barragens e em zonas muito profundas dos rios.
Alimentação - O lúcio é uma espécie carnivora predadora que muda progressivamente de invertebrados para vertebrados de acordo com o seu tamanho. Os indivíduos menores que 20cm ingerem principalmente efemerópteros, gambusias, larvas de dipteros, odonatas, isópodes, anfipodes, cladóceros, coleópteros, plecópteros e verdemãs. Os peixes maiores que 20cm comem sobretudo peixes, nomeadamente gambusias, bogas, achigã, escalos, barbos e carpas, ocasionalmente também se alimentam de lagostim-se-água-doce e anfibios.
Tamanho mínimo de captura - 0
Período de pesca - Todo o ano.
Localizações em Portugal - Encontra-se nos Açores, no rio Cávado, Douro, Guadiana e Tejo e também nas barragens de Azibo, Bemposta, Caia e Lamas de Olo.
 

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Lúcioperca


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Nome científico - Sander lucioperca
Nomes comums - Lucioperca
Morfologia - Peixe de tamanho médio, com corpo alongado com a cabeça grande, boca com dentes proeminentes, fortes e maxilar largo. O lucioperca apresenta duas barbatanas dorsais espinhosas, com escamas pequenas. Dorso esverdeado com oito a doze bandas transversais.
Tamanho máximo (cm) - 83
Época de reprodução - Primavera.
Habitat geral - A lucioperca surge em zonas profundas e tranquilas com fundos rochosos e águas turvas. Ocorre também na coluna de água.
Alimentação - Os adultos alimentam-se exclusivamente de peixes (escalos), enquanto os jovens alimentam-se de crustáceos (dafnias).
Tamanho mínimo de captura - 0
Período de pesca - Todo o ano.
Localizações em Portugal - Encontra-se nos Açores, na barragem do Ermal e de Lamas de Olo.
 

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Muge


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Nome científico - Liza ramada
Nomes comums - Muge
Morfologia - Peixe de média dimensões com duas barbatanas dorsais bem separadas, tendo primeira barbatana dorsal 4 raios. A cabeça é mais pontiaguda e achatada, o contorna da cabeça forma um ângulo obtuso. O lábio superior é estreito e o olho não apresenta membrana ocular adiposa. 6 a 10 listas longitudinais mais escuras nos flancos.
Tamanho máximo (cm) - 49
Época de reprodução - Novembro a Fevereiro (Mira); migram entre Agosto e Novembro; Setembro até Novembro.
Habitat geral - A muge ocorre em águas salobras tendo hábitos mais bentónicos enquanto em águas doces vive junto à superfície da água (nectónica). Exploram as zonas mais profundas dos estuários nas últimas horas da enchente e primeiras da vazante. Esta espécie sobrevive em meios de salinidade bastante baixa ou mesmo nula.
Alimentação - A muge apresenta uma grande plasticidade alimentar sendo considerada detritívora com uma faceta herbívora, alimentando-se de algas (cianofícias, bacilariofícias, euglenófitas, clorófitas e feofícias). Prefere poliquetas, nemátodas, oligoquetas, crustáceos, fibras de papel, sedimento e detritos orgânicos. Em água doce alimenta-se de microalgas planctónicas. Tem uma maior taxa de alimentação ao pôr do sol e nascer do sol. Em água salobra, microalgas bentónicas sendo a sua actividade alimentar maior na preia-mar.
Tamanho mínimo de captura - 20
Período de pesca - Todo o ano.
Localizações em Portugal - Encontra-se no rio Cávado, Douro, Guadiana, Leça, Lima, Lis, Minho, Mira, Mondego, Sado, Sorraia, Tejo eVouga e também nas barragens de Belver e Crestuma Lever; ribeiras costeiras de Mira ao Algarve e rias de Aveiro e Formosa.
 

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Panjorca


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Nome científico - Chondrostoma arcasii
Nomes comums - Panjorca
Morfologia - Espécie de pequeno tamanho, com corpo levemente comprimido, perfil da cabeça curvo sobretudo anteriormente, com o focinho nitidamente arredondado. A boca é inferior e subterminal, sem barbilhos, a comissura bucal ultrapassa a linha vertical da abertura nasal. As escamas são de pequenas dimensões, com linha lateral muito marcada geralmente com 40 a 46 escamas. A barbatana dorsal é maior do que a barbatana anal, apresentando um perfil convexo com a sua origem na mesma vertical da inserção posterior das barbatana pélvicas ou anterior a esta linha vertical. Escura no dorso e vermelha na base das barbatanas pares.
Tamanho máximo (cm) - 20
Época de reprodução - Abril-Junho.
Habitat geral - A panjorca ocorre em lagos e rios de montanha, preferindo a coluna de água próxima da zona de corrente. O juvenis surgem em zonas de pouca corrente e profundidade, mudando para zonas com mais corrente e de maior profundidade. Os juvenis ocupam em zonas pouco profundas com vasa, próximas da margem.
Alimentação - Alimenta-se principalmente de detritos, invertebrados (simulídeos, tricópteros, coleópteros, odonatas) e raramente algumas plantas e orthocladinae.
Tamanho mínimo de captura - 0
Período de pesca - Todo o ano.
Localizações em Portugal - Rio Alva, Âncora, Cávado, Côa, Coura, Douro, Estorãos, Leça, Lena, Lima, Lis, Maçâs, Minho, Mondego, Paiva, Paivó, Sabor, Tâmega,Tejo, Vade, Vez e Vouga. Barragem de Alto Lindoso, Balsemão, Crestuma Lever, Miranda do Douro, Régua e Touvedo.
 

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Pardelha


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Nome científico - Chondrostoma lemmingii
Nomes comums - Boga-de-boca-arqueada, Pardelha
Morfologia - Espécie de pequeno tamanho, com corpo alongado moderadamente achatado apresentando um perfil ligeiramente convexo na região anterior. A boga é arqueada, inferior sem barbilhos. A linha lateral completa com 51 a 61 escamas, existem entre 11 a 14 fiadas transversais de escamas acima da linha lateral. A barbatana anal é ligeiramente mais pequena do que a barbatana dorsal, a barbatana caudal ligeiramente forqueada. Os perfis das barbatanas anal e dorsal são convexos. Escura, podendo aparecer pequenas manchas negras espalhadas pelo corpo.
Tamanho máximo (cm) - 14,5
Época de reprodução - Guadalquivir: Março-Maio; Douro: Abril-Maio.
Habitat geral - Esta espécie ocorre nos troços superiores dos tributários, havendo uma forte associação com a presença de lençois freáticos e abundante vegetação aquática, preferindo os habitats com maiores profundidades e larguras. A boga-de-boca-arqueada ocupa rios em locais com declives acentuados, baixa insolação, com estrato arbóreo e afastado do rio principal e com corrente fraca. Prefere substrato de granulometria fina, ocorrendo preferencialmente em pêgos.
Alimentação - A boga-de-boca-arqueada é detritivora alimentando-se ocasionalmente de algas, fanerogâmicas, zooplâncton e macroinvertebrados aquáticos.
Tamanho mínimo de captura - 10
Período de pesca - 1 de Junho a 14 de Março.
Localizações em Portugal - Rio Ardila, Caia, Degebe, Douro, Guadiana, Sorraia, Tejo e Xévora. Também nas ribeiras do Algarve e afluentes do Guadiana.
 

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Peixe-Espinho


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Nome científico - Gasterosteus aculeatus
Nomes comums - Esgana-gata, Peixe-espinho
Morfologia - Peixe de pequenas dimensões, com corpo alongado, fusiforme e sem escamas. O pedúnculo caudal é muito estreito apresenta a boca superior. O peixe-espinho tem três a dez espinhos dorsais livres situados à frente da barbatana dorsal. Os ossos pélvicos estão completamente soldados na linha média formando um escudo. Na época da reprodução os machos paresentam uma coloração avermelhada no ventre e no dorso apresentam reflexos azuis, esverdeados e prateados.
Tamanho máximo (cm) - 6,5
Época de reprodução - Abril-Maio.
Habitat geral - Esta espécie vive em águas doces dos lagos e troços baixos dos rios, sempre que as águas sejam tranquilas e ricas em vegetação. Pode ocorrer em águas salobras e no litoral marinho. O peixe-espinho pode surge em zonas de corrente fraca. É frequente em arrozais. A pluviosidade parece estar associada positivamente com a abundância desta espécie.
Alimentação - O peixe-espinho alimenta-se de pequenos invertebrados, consumindo ocasionalmente vegetais.
Tamanho mínimo de captura - 0
Período de pesca - Todo o ano.
Localizações em Portugal - Rios Cávado, Coura, Douro, Estorãos, Guadiana, Lima, Minho, Mira, Mondego, Sado, Tejo e Vouga. Ribeiras costeiras do Mira ao Algarve. Barragem do Alto Lindoso. Paúl de Arxila e do Boquilobo.
 

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Peixe-Gato


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Nome científico - Ameiurus melas
Nomes comums - Peixe-gato
Morfologia - Peixe de tamanho médio, sem escamas ou tão pequenas que só se podem distinguir à lupa. Com quatro pares de barbilhos sendo um dos pares mais comprido que as barbatanas peitorais. Com duas barbatanas dorsais, sendo a segunda barbatana dorsal adiposa. Corpo coberto com muco. Apresenta nas barbatanas peitorais e dorsal raios bem ossificados, formando espinhos. Preto excepto na zona ventral que é amarelada.
Tamanho máximo (cm) - 29
Época de reprodução - Fim da Primavera ao inicio do Verão.
Habitat geral - O peixe-gato vive nos fundos dos rios e barragens, i.e. bentónico. Esta espécie prefere zonas de corrente lenta e fundos arenosos ou vasosos. O peixe gato é extremamente resistente à poluição, escassez de oxigénio e altas temperaturas (exemplo 30ºC). Está mais activa durante a noite.
Alimentação - O peixe-gato tem uma alimentação generalista (i.e. espécie omnívora) ingerindo plantas, invertebrados e peixes.
Tamanho mínimo de captura - 0
Período de pesca - Todo o ano.
Localizações em Portugal - Rios Guadiana, Sado, Tejo e ribeiras desde o Sado até Sines.
 

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Peixe-Rei


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Nome científico -Atherina boyeri
Nomes comums - Peixe-rei
Morfologia - Espécie de pequeno tamanho, com duas barbatanas dorsais bem separadas. O olho é muito grande ocupa a maior parte da cabeça. A boca superior, pendunculo caudal longo e estreito. Primeira barbatana dorsal com 5 a 9 raios. Com menos de 50 escamas na linha lateral. Corpo esbranquiçado, transparente quase translúcido. Faixa longitudinal prateada em cada flanco.
Tamanho máximo (cm) - 10
Época de reprodução - Abril-Junho (Guadalquivir); Maio-Junho (Lagoa de Santo André).
Habitat geral - Espécie que vive principalmente nos estuários e em mar aberto, no entanto ocorrem populações totalmente dulciaquícolas que preferem águas tranquilas.
Alimentação - É uma espécie omnívora (que se alimenta de muitas presas diferentes) mas preferencialmente zooplâncton (isópodes, ostrácodes, anfípodes e copépodes). Em estuários come preferencialmente decápodes, misidáceos, poliquetas, isópodes, anfípodes e larvas de peixe. Em barragens alimenta-se de zooplâncton e larvas de quironomídeos.
Tamanho mínimo de captura - 0
Período de pesca - Todo o ano.
Localizações em Portugal - Rios Douro, Lima, Mondego, Tejo e Vouga, ribeiras costeiras de Mira até ao Algarve e nas barragens de Belver, Crestuma Lever, Fratel, Régua e Torrão. Também se encontra naa lagoas de Óbidos e de Santo André.
 

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Perca-Sol


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Nome científico - Lepomis gibbosus
Nomes comums - Perca-Sol, Peixe-sol
Morfologia - Peixe de pequeno tamanho que não ultrapassa os 15 cm, corpo alto com cor muito vistosa. A barbatana dorsal tem uma ligeira depressão, sem constituída por uma primeira parte de raios ossificados e uma segunda com raios ramificados. O maxilar não alcança o bordo posterior do olho. Bandas azuladas que irradiam da cabeça até aos flancos. Mancha negra e vermelha na parte posterior do opérculo. Ventre amarelado.
Tamanho máximo (cm) - 15
Época de reprodução - Abril a Julho/Agosto; Guadiana: Maio até Agosto; Março a Agosto.
Habitat geral - A perca-sol ocorre nas zonas lênticas nomeadamente lagoas e troços de rios com escassa profundidade de corrente lenta e densa vegetação. Esta espécie suporta a falta de oxigénio e altas temperaturas.
Alimentação - A perca-sol alimenta-se de insectos (espécie insectívora). Consome preferencialmente larvas de quironomídeos, hemípteros, tricópteros, efemerópteros, odonatos, corixídeos, copépodes, ostrácodes, ovos de peixe e material vegetal. Os indivíduos de maiores dimensões alimentam-se de Atyaephyra desmaresti e caracóis, enquanto os indivíduos de menores tamanhos consomem microcrustáceos, especialmente cladóceros.
Tamanho mínimo de captura - 0
Período de pesca - Todo o ano.
Localizações em Portugal - Rios Ardila, Ave, Caia, Castelo de Bode, Chança, Degebe, Douro, Gerês, Guadiana, Leça, Lima, Lis, Mira, Mondego, Paiva, Sabor, Sado, Sorraia, Tâmega, Tejo, Vouga, Xarrama, Xévora e Zêzere. Barragens: Alvito, Andorinhas, Arade, Barrocal, Belver, Carrapatelo, Crestuma Lever, Fagilde, Fratel, Funcho, Idanha-a-nova, Lamas de Olo, Maranhão, Marateca, Montargil, Monte da Barca, Mourão, Pêgo do Altar, Rôxo, Santa Clara, Torrão e Vale do Gaio. Ribeiras costeiras entre Mira e Algarve.
 

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Pimpão


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Nome científico - Carassius auratus
Nomes comums - Pimpão, Peixe-vermelho, Peixe-dourado
Morfologia - Espécie de tamanho médio, com uma barbatana dorsal comprida com pelo menos o dobro do comprimento da anal. Cabeça grande relativamente ao tamanho do corpo, apresentando uma boca pequena, terminal e sem barbilhos. Coloração variável entre castanho esverdeado e dourado, existindo formas com cores e aspectos chamativos usadas como peixes ornamentais.
Tamanho máximo (cm) - 45
Época de reprodução - Maio-Junho. Fevereio-Maio e Julho-Agosto (Lagoa de Santo André).
Habitat geral - O pimpão vive em águas pouco profundas de lagoas e rios de corrente lenta, com vegetação abundante e fundos vasosos ou arenosos.
Alimentação - Esta espécie é principalmente detritívora mas também alimenta-se de invertebrados aquáticos, nomeadamente larvas de dipteros (quironomídeos e simulídeos), copépodes, ostrácodes, e efemerópteros (caenídeo). Ocasionalmente come material vegetal, algas e fanerogâmicas.
Tamanho mínimo de captura - 10
Período de pesca - Todo o ano.
Localizações em Portugal -Açores, rios Águeda, Ave, Caia, Cávado, Degebe, Douro, Guadiana, Leça, Lima, Lis, Minho, Mondego, Nabão, Sabor, Sado, Sorraia, Tâmega, Tua, Vouga, Xarrama e Zêzere e barragens de Aguieira, Belver, Bemposta, Caia, Carrapetelo, Crestuma-Lever, Maranhão, Montargil, Odivelas, Pêgo do Altar, Régua e Torrão, e nas ribeiras do Oeste, Sado e sul até Sines e no Paúl de Magos.
 

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Rutilo


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Nome científico - Rutilus rutilus
Nomes comums - Rutilo
Morfologia - Espécie de tamanho médio com corpo altp e comprimido lateralmente, cabeça pequena que representa 25% do corpo.
Tamanho máximo (cm) - 50
Época de reprodução - Abril-Junho; Açores: Fevereiro a Abril.
Habitat geral - Vive em rios, lagos e barragens preferindo águas tranquilas. Esta espécie tolera águas poluídas e salobras.
Alimentação - Esta espécie tem uma alimentação generalista (omnívora) ingerindo insectos, crustáceos e plantas. Os adultos preferem plantas, algas verdes e dáfnias.
Tamanho mínimo de captura - 0
Período de pesca - Todo o ano.
Localizações em Portugal -Açores, nas lagoas do Fogo, Furnas e Sete Cidades
 

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Saboga


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Nome científico - Alosa fallax
Nomes comums - Savelha, Saboga
Morfologia - Peixe de tamanho médio, com corpo alto, escamas grandes, delgadas e pouco aderentes. Maxila superior com um recorte nítido que corresponde a uma protuberância na maxila inferior. Exibe uma coloração azul brilhante no dorso e prateada nos flancos e ventre. Na porção anterior dos flancos com 9 a 10 manchas escuras que diminuem de tamanho ao longo do corpo.
Tamanho máximo (cm) - 55
Época de reprodução - Tejo entre Maio e Junho; Migração reprodutora entre Março a Junho e desova em Julho; Guadiana e Mira: Maio; inicia a migração anádroma com 2 a 8 anos.
Habitat geral - Peixe que ocupa a coluna de àgua, pelágico. Ocorre principalmente na parte mais a jusante dos rios (próxima dos estuários). A savelha reproduz-se nos rios.
Alimentação - A savelha alimenta-se na coluna de água, alimentação planctónica (misidáceos, caranguejos, camarões, isópodes, insectos, detritos e ocasionalmente anelídeos, gastrópodes, cefalópodes, ovos de peixes, decápodes e anfípodes) mas também come peixes (sardinha, anchova, alcabrozes, peixe-rei). As savelhas com apenas 3 cm ingerem copépodes, depois com 5 a 10 cm comem zooplâncon, insectos e plantas. Nos estuários consomem crustáceos e no mar peixes e crustáceos. Durante a migração reprodutora os peixes adultos não se alimentam.
Tamanho mínimo de captura - 20
Período de pesca - 1 de Fevereiro a 14 de Junho.
Localizações em Portugal - Rios Cávado, Douro, Guadiana, Lima, Minho, Mira, Mondego, Sado, Tejo e Vouga e ribeiras desde Mira até ao Algarve.
 

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Saramugo


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Nome científico - Anaecypris hispanica
Nomes comums - Saramugo, Pardelha
Morfologia - Espécie de pequeno tamanho com cabeça pontiaguda e boca súpera sem barbilhos. Os olhos são grandes e próximos do perfil doral da cabeça. As escamas são muito pequenas e numerosas a linha lateral é incompleta. Barbatana dorsal pequena atrás da inserção das barbatanas pélvicas. Barbatana dorsal com 7 raios ramificados e barbatana anal com 9 raios ramificados. Corpo prateado com os flancos com pequenas pontos negros.
Tamanho máximo (cm) - 7,5
Época de reprodução - Abril (Primavera) Maturação sexual no primeiro ano de vida.
Habitat geral - O saramugo habita em pequenos cursos de água com zonas de correnteza (espécie reofílica). Esta espécie ocorre em habitats com plantas aquáticas submersas e está associado a habitats com pouca profundidade, com velocidade de corrente fraca a moderada e com substrato de granulometria fina. Existe uma associação positiva entre a abundância do saramugo com os rios que apresentam declives acentuados, locais distantes do rio principal e com baixa cobertura arbustiva.
Alimentação - A sua alimentação baseia-se principalmente em invertebrados (larvas de dípteros e hemípteros), detritos, algas e fanerogâmicas. Outros autores apontam para que o saramugo se alimente de quironomídeos, tricópteros, copépodes assim como algas filamentosas e detritos.
Tamanho mínimo de captura - 0
Período de pesca - Todo o ano.(*)
Localizações em Portugal - Rios Caia, Guadiana e Xévora e Ribeira do Vascão.

(*)Especie em vias de extincao(pesca proibida)
 

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Sável

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Nome científico - Alosa alosa
Nomes comums - Sável
Morfologia - Peixe de tamanho médio com corpo esbelto, fusiforme e alto, escamas grandes, delgadas e pouco aderentes. Maxila superior com um recorte nítido que corresponde a uma protuberância na maxila inferior. Linha lateral ausente. Na porção anterior dos flancos apresenta geralmente uma mancha escura.
Tamanho máximo (cm) - 83
Época de reprodução - Junho-Julho; Fevereiro a Maio (Tejo); inicia a migração anádroma com 2 a 7 anos.
Habitat geral - Peixe que ocupa principalmente a coluna de água, i.e. peixe pelágico.
Alimentação - O sável ingere principalmente animais de pequenas dimensões, zooplâncton (nomeadamente crustáceos cladóceros, copépodes e ostrácodes) e algas filamentosas. No mar, os adultos desta espécie alimentam-se de zooplâncton (larvas de crustáceos e de peixes), enquanto que nas águas salobras comem sobretudo crustáceos. Nas águas doces ingerem larvas de insectos e pequenos crustáceos planctónicos. Durante a migração reprodutora os peixes adultos não se alimentam.
Tamanho mínimo de captura - 35
Período de pesca - 1 de Fevereiro a 14 de Junho.
Localizações em Portugal - Rios Cávado, Douro, Guadiana, Lima, Minho, Mondego, Sado, Tejo e Vouga e ribeiras costeiras do Sado até Sines.
 

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Tainha

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Nome científico - Liza aurata
Nomes comums - Tainha-garrento, Tainha amarela
Morfologia - Peixe de médias dimensões com duas barbatanas dorsais bem separadas, sendo primeira barbatana dorsal com 4 raios. O lábio superior estreito. Não apresenta membrana ocular adiposa. 6 a 10 listas longitudinais mais escuras nos flancos.
Tamanho máximo (cm) - 27
Época de reprodução - Agosto a Outubro (Mira).
Alimentação - A taínha parece ter uma grande plascidade alimentar, sendo uma espécie detritívora com faceta marcadamente herbívora. Acentuada apetência por poliquetas.
Tamanho mínimo de captura - 20
Período de pesca - Todo o ano.
Localizações em Portugal - Rios Coura, Douro, Guadiana, Mira, Mondego, Sado, Tejo e Vouga, e nas ribeiras do Oeste até ao Algarve.
 

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Tenca


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Nome científico - Tinca tinca
Nomes comums - Tenca
Morfologia - Espécie de tamanho médio com corpo alongado com peduncúlo caudal curto e alto, um par de barbilhos nos lábios. A barbatana dorsal com menos do dobro do comprimento da dorsal. A tenca tem escamas muito pequenas e a barbatana caudal é pouco fendida. Esverdeada mas pode variar consoante o meio em que vive.
Tamanho máximo (cm) - 85
Época de reprodução - Maio-Agosto.
Habitat geral - A tenca ocorre sobretudo em lagos e rios com pouca velocidade de corrente. Suporta baixos niveis de oxigénio dissolvido na água.
Alimentação - Esta espécie é considerada omnívora, ingerindo principalmente de insectos aquáticos e zooplâncton. Outros autores consideram a tenca como detritívora.
Tamanho mínimo de captura - 15
Período de pesca - 1 de Junho a 14 de Março.
Localizações em Portugal - Rios Douro, Guadiana, Mondego, Nabão, Sado, Tejo, Xarrama e Zêzere. Barragens: Barrocal, Belver, Bemposta, Carrapatelo, Facho, Fonte Serne, Odivelas, Vale do Gaio e Vigia.
 

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Truta Arco Iris


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Nome científico - Oncorhynchus mykiss
Nomes comums - Truta-arco-iris
Morfologia - Espécie de tamanho médio, com a cabeça mais pequena do que a truta comum. Apresenta duas barbatanas dorsais sendo a primeira espinhosa e a segunda adiposa. As escamas são relativamente pequenas. Barbatana caudal pode estar completamente coberta de manchas negras. Geralmente apresentam uma lista de côr purpura no flanco. As manchas nos flancos são sempre negras não são rodeadas por um circulo colorido.
Tamanho máximo (cm) - 50
Época de reprodução - Informação escassa para Portugal; De Janeiro a Abril em local indeterminado.
Habitat geral - A truta-arco-íris habita em rios com águas limpídas com temperaturas estivais na ordem dos 12ºC apesar de tolerar temperaturas até aos 25ºC. Prefere rios com corrente moderada e rápida e com pouca profundidade. Ocorre também em lagos e barragens.
Alimentação - Esta espécie consome larvas de invertebrados e peixes de pequeno tamanho. Os juvenis ingerem zooplâncton.
Tamanho mínimo de captura - 19
Período de pesca - 1 de Março a 31 de Julho.
Localizações em Portugal - Barragem de Alto Rabagão, Azibo, Caniçada, Paradela ePoio. Rio Coura, Minho, Mondego, Vouga e Zêzere. Também ocorre nos Açores e na Madeira.
 

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Truta Marisca


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Nome científico - Salmo trutta
Nomes comums - Truta-marisca, Truta-fário, Truta-de-rio
Morfologia - Espécie de tamanho médio com duas barbatanas dorsais sendo a primeira espinhosa e a segunda adiposa. As escamas relativamente pequenas. Boca maior do que a do Salmão estendendo-se para lá do bordo posterior da orbita. Dorso em geral pardo-esverdeado, flancos esverdeados ou amarelados e ventre amarelado ou branco. A barbatana caudal nunca é completamente pintalgada de manchas negras. As manchas dos flancos podem ser avermelhadas ou negras, estando as primeiras rodeadas de um circulo colorido.
Tamanho máximo (cm) - 100
Época de reprodução - Novembro a Janeiro (Espanha); Primavera a Outono. Lima: Novembro a Fevereiro, postura em Janeiro.
Habitat geral - A truta surge em rios com águas frias e oxigenadas, preferindo locais com elevadas velocidades de corrente, normalmente evita locais pouco profundos. Ocorre em locais com substrato com granulometria superior a 7,5 cm para abrigo e seleciona zonas com vegetação ripícola saliente e raízes. As trutas com menos de 10 cm ocupam águas menos profundas com correntes fortes (riffles). A truta vive em rios geralmente com boa qualidade da água.
Alimentação - A truta apresenta uma alimentação generalista, ingerindo as presas que descem o rio (deriva). Esta espécie ingere larvas de dípteros e de plecópteros sendo um predador selectivo que aumenta a sua selectividade com o tamanho-idade. Os juvenis de truta (0+ e 1+ de idade) consomem tricópteros, efémerópteros, dípteros, coleópteros e raramente alguns invertebrados terrestres e peixes, enquanto as trutas adultas comem peixes (Barbos, Bogas, outras trutas) e anfíbios.
Tamanho mínimo de captura - 19
Período de pesca - 1 de Março a 31 de Julho.
Localizações em Portugal - Rio Alva, Âncora, Adrão, Ave, Ázere, Bazágueda, Castro Laboreiro, Cávado, Côa, Corgo, Coura, Estorãos, Gerês, Homem, Leça, Lima, Minho, Mondego, Olo, Paiva, Paivó, Sabor, Tâmega, Tamente, Troufe, Tuela, Vade, Vez, Vouga, Zêzere. Barragem de Alto Lindoso, Alto Rabagão, Andorinhas, Azibo, Bemposta, Cabril, Caniçada, Crestuma Lever, Ermal, Ermelo, Paradela, Poio, Ribafeita, Ribeiradio, Sabugal, Santa Luzia, Torrão, Touvedo, Venda Nova, Vilar. Em ribeiras na Madeira.
 

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Verdemã

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Nome científico - Cobitis paludica
Nomes comums - Verdemã, Peixe-rei, Serpentina
Morfologia - A verdemã é um peixe de pequenas dimensões sem escamas ou tão pequenas que só se podem distinguir à lupa. Apresenta um corpo alongado com boca inferior de pequena dimensão e com três pares de barbilhos na região da boca. A barbatana dorsal é pequena, geralmente os machos são menores que as fêmeas, apresentando na base do segundo raio das barbatanas peitorais uma lamina circular a escama de canastrini. Esta espécie normalmente tem manchas escuras nos flancos e dorso. A cabeça tem pequenas manchas escuras. Os machos apresentam manchas laterais que formam linhas bem definidas.
Tamanho máximo (cm) - 8,5
Época de reprodução - Maio-Junho; Guadalquivir: Abril-Junho; Tejo: entre meados de Maio a Julho.
Habitat geral - A verdemã ocorre nas partes médias e baixas dos rios. Esta espécie associa-se a habitats com pouca corrente, pouca profundidade, fundos de areia, gravilha, lodo e pedras e vegetação. Ocorrendo em rios com coberto arbóreo pouco desenvolvido, solos ácidos e com sedimentos (areia). A pluviosidade parece estar associada negativamente com a abundância desta espécie no rio Mira. É uma espécie que vive enterrada na areia movendo-se pouco.
Alimentação - A verdemã é considerada como detritívora bentónica, mas alguns autores constataram que se alimenta de larvas de dípteros (quironomídeos, simulídeos e ceratopogonídeos), efemerópteros, ostrácodes, algas unicelulares, cladóceros, moluscos e crustáceos.
Tamanho mínimo de captura - 1
Período de pesca - Todo o ano.
Localizações em Portugal - Rios Ardila, Caia, Cávado, Chança, Degebe, Douro, Guadiana, Lena, Lis, Minho, Mira, Mondego, Nabão, Sado, Sever, Sorraia, Sôr, Tejo, Vouga, Xévora e Zêzere. Ribeiras de Mira ao Algarve e Guadiana e barragem do Cabril.
 

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Verdemã-do-norte


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Nome científico - Cobitis calderoni
Nomes comums - Verdemã-do-Norte, Peixe-rei
Morfologia - Espécie de pequenas dimensões, corpo lateralmente comprimido, cilindrico, alongado. Apresenta um pedunculo caudal longo e estreito, a barbatana dorsal é pequena. O corpo com escamas redondas indistintas a olho nú. A boca é inferior com 3 pares de barbilhos apresentando espinhos sub-orbitais e olhos pequenos. Flancos cobertos com pequenas manchas escuras ventralmente alongadas, não têm manchas escuras na base da caudal.
Tamanho máximo (cm) - 8
Época de reprodução - Março-Maio.
Habitat geral - A verdemã-do-Norte vive nos troços médios e superiores dos rios, em águas limpidas com gravilha e rocha de baixa profundidade.
Alimentação - Esta espécie ingere principalmente macroinvertebrados aquáticos, nomeadamente larvas de dipteros (quironomídeos) e de efemerópteros.
Tamanho mínimo de captura - 0
Período de pesca - Todo o ano.
Localizações em Portugal - No rio Ave, Cávado, Douro, Lima, Minho, Sabor e Tua. Na barragem das Andorinhas e do Ermal.
 
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