• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Pinto Ribeiro anuncia estudo sobre valor económico da língua portuguesa

Grunge

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Ago 29, 2007
Mensagens
5,124
Gostos Recebidos
0
Pinto Ribeiro anuncia estudo sobre valor económico da língua portuguesa

O ministro da Cultura de Portugal, José António Pinto Ribeiro, anunciou hoje, em São Paulo, a realização de um estudo mundial sobre o valor económico da língua portuguesa.

O estudo, em conjunto com o Brasil e os demais membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), terá como objectivo avaliar a relevância económica da língua portuguesa no mundo.

"Já há estudos preliminares e embrionários que estão a ser levados a cabo pelo Instituto Camões, mas (o estudo mundial) será uma proposta que vai ser avançada na próxima cimeira da CPLP", disse o ministro à agência Lusa.

A cimeira decorrerá entre os dias 24 e 25 de Julho, em Lisboa, com Portugal a assumir a presidência rotativa da CPLP, nos próximos dois anos, em substituição da Guiné-Bissau.

Jose António Pinto Ribeiro participou hoje em diversas actividades para assinalar o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, em São Paulo.

Pela manhã, o ministro da Cultura colocou flores junto ao busto de Camões, no Clube Português, fundado em 1920 e uma das mais antigas instituições portuguesas de São Paulo.

No início da tarde, participou numa recepção no Consulado-Geral de Portugal, com a presença de cerca de 150 portugueses e luso-brasileiros.

Pinto Ribeiro disse que o entendimento entre todos os falantes da língua portuguesa e a sua divulgação "constituem o instrumento indispensável" na resolução de problemas de coesão social, desenvolvimento, democracia e segurança.

"Só assim poderemos participar, e a nossa participação é essencial na criação de um estado mundial de ordem baseada no direito e de progresso", afirmou.

"Portugal fará tudo que estiver ao seu alcance neste sentido, em parceria fraterna com o Brasil e com todos os outros países da CPLP", sublinhou.

Por isso, segundo o ministro, Portugal ratificou o acordo ortográfico da língua portuguesa e criou um fundo para o aprofundamento da língua portuguesa nas diásporas e nos países da CPLP.

Pinto Ribeiro disse que o lançamento de um programa de ensino e de promoção da língua portuguesa no mundo ainda não tem data para ser lançado.

O ministro defendeu a abertura de escolas de língua portuguesa na diáspora e que os centros culturais de países da CPLP sejam "centros culturais da língua portuguesa e não apenas de nacionais deste ou daquele país".

"Por isso, queremos que as bases de dados científicos e técnicos de língua portuguesa estejam em rede, melhor, constituam uma rede única acessível a todos os que trabalham nessa língua", disse.

"Por isso queremos que seja acessível online ou, como agora se diz, em linha, todos os conteúdos literários e científicos e técnicos e culturais de língua portuguesa, de forma acessível a todos", salientou.

O ministro disse que a promoção da língua é uma tarefa dos estados, de seus governos e de todos os falantes do idioma português.

"É isso que vos peço, é a isso que vos incito e desafio neste dia de Camões e das Comunidades. Como dizia Pessoa, a minha pátria é a língua portuguesa", salientou.

"Façamos mais de duzentos milhões de grandes patriotas cultos e espalhemos pelo mundo esse modelo plural e heterónomo de ser e este modelo de xenofilia, de integração pela língua e pela cultura tolerantes e acolhedoras", disse.

Ao referir-se aos 200 anos da chegada da corte portuguesa em terras brasileiras, assinalados em 2008, Pinto Ribeiro disse que o Brasil tem "o que de melhor Portugal fez".

"Um país uno, grande, independente, um país de homens livres que se projecta igualitário. Um país de oportunidade e sonho, um país de pessoas que fazem obra", afirmou.

O ministro defendeu igualmente, "num tempo de tão dramáticas circunstâncias e de tanta incerteza e desorganização internacional", uma política comum aos países de língua portuguesa.

"Uma política que leve o Brasil a membro permanente do Conselho de Segurança e à reforma da ONU, faça do português língua de trabalho, interpretação e tradução em todas as organizações internacionais", salientou.





lusa10.png
 
Topo