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Nordeste Transmontano tem dos maiores potenciais energéticos

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Nordeste Transmontano tem dos maiores potenciais energéticos

O Nordeste Transmontano, uma das regiões portuguesas com maior potencial de energias renováveis, regista um baixo grau de aproveitamento apesar da região registar um aumento dos consumos energéticos acima da média nacional.

Esta conclusão deriva de um estudo, hoje divulgado, feito a partir de um trabalho realizado pela Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, onde é feito o diagnóstico do desempenho energético desta região.

Este estudo foi realizado no âmbito da iniciativa «Nordeste 21», em colaboração com a empresa intermunicipal «Resíduos do Nordeste», que congrega 13 municípios.

Os resultados foram divulgados hoje, em Bragança, e revelam uma «contradição», de acordo com a coordenadora do trabalho, Helena Ferreira.

O Nordeste Transmontano aparece nas estatísticas como «o maior produtor de energias renováveis», contribuindo com mais de 16 por cento da produção nacional.

Para estes números contribuem, segundo disse, a energia limpa, mas produzida nas barragens, nomeadamente do rio Douro.


Segundo a técnica, «se se excluir a grande hídrica, a região é a pior na fotografia nacional, com apenas três por cento da produção de energias renováveis, nomeadamente a biomassa, a solar e a eólica».

«É um grande nicho desta região, mas não está explorado», disse a coordenadora, realçando que «o Nordeste Transmontano é a zona que tem maior potencial de produção de energia renovável dentro da região Norte».

Segundo disse, «falta iniciativa, também por falta de informação, numa região onde as mesmas condições naturais que criam este potencial constituem entrave ambiental ao desenvolvimento de alguns projectos, nomeadamente de parques eólicos».

A lenha utilizada nas tradicionais lareiras é dos recursos mais aproveitados, sobretudo nos meios rurais, mas de forma ineficiente, segundo a técnica, que recomenda a adopção de recuperadores de calor para substituir as típicas lareiras abertas que aquecem apenas em volta do fogo e não a casa toda.

Os edifícios são responsáveis por mais de metade do consumo de energia na região, que tem duplicado o gasto de electricidade, muito acima da média nacional que ronda os 70 por cento.

A região continua a ser a que menos contribui para o efeito de estufa em Portugal, segundo o estudo, com apenas um por cento da emissão de gases.

Alterar o paradigma energético da região é o propósito deste trabalho, que faz o diagnóstico e aponta algumas estratégias para planos futuros, que competirá aos municípios desenvolverem.

O concelho anfitrião da divulgação do estudo, o de Bragança, está já a tomar algumas medidas, segundo disse o autarca, Jorge Nunes.

A factura energética anual do município é de 1,5 milhões de euros, disse o autarca, que deu como exemplo da tentativa de redução a instalação de 200 metros quadrados de painéis solares para aquecimento de água nos serviços municipais.


Diário Digital / Lusa
 
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