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"Caixa da música" estreia no "São João"
Estreia esta quarta-feira, às 22 horas, no Teatro Nacional São João, no Porto, "Caixa da música", espectáculo músico-cénico, com encenação de Ricardo Pais, em co-produção com o Drumming. A música é de Arrigo Barnabé.
Além de amanhã, as sonoridades da "Caixa da música" do músico brasileiro Arrigo Barnabé invadem o palco do TNSJ, durante as noites de sexta-feira e de sábado. A interpretação musical é do grupo de percussão Drumming, com António Sérgio, João Tiago, Nuno Simões, Rui Silva e Miquel Bernat.
"A obra é construída por pequenas peças. Em alguns casos, é quase serialismo; noutros, domina a música popular brasileira. Às vezes, roça o minimalismo. Há um bocado de tudo, o que é, aliás, característico do eclectismo de Arrigo Barnabé", explica Miquel Bernat, director musical de "Caixa da música".
O também fundador e director artístico do Drumming acrescenta que a ideia é "encaixotar, fechar os músicos, retirá-los da vista, criar um contraste entre o exibicionismo do virtuoso, aquele que concentra todas as atenções, e a música propriamente dita. No fundo, é saber o que pode acontecer quando ele não é visto."
Cada caixa esconde um percussionista, um carácter: o exibicionista, o telúrico, o místico, o lírico e o peregrino. Arrigo Barnabé diz que "a música vai mudando de acordo com essas personalidades e, no final, eles terminam encaixotados. Mas sobra um músico, que é o percussionista-peregrino. Um sujeito que peregrina entre as caixas e que escuta as caixas como se fossem cérebros".
Na segunda parte do espectáculo, chamada "Out of Cage", os percussionistas engaiolados são libertados. Arrigo inspirou-se na música de John Cage, que traba-lhava muito com o I-Ching.
Ricardo Pais é o encenador de mais um espectáculo músico-cénico: "Teria preferido que o tapa/destapa, agora chamado 'Caixa da música', tivesse evoluído com outra pessoa, porque achava melhor que alguém da música o tivesse feito. Mas o Miquel disse que sempre imaginara que este era o projecto que eu dirigiria e, de resto, sempre fui mais ou menos condenado a fazer as coisas da música, precisamente porque não sou da música."
As récitas da "Caixa da música" de sexta-feira e de sábado, começam pelas 21.30 horas.
JN
Estreia esta quarta-feira, às 22 horas, no Teatro Nacional São João, no Porto, "Caixa da música", espectáculo músico-cénico, com encenação de Ricardo Pais, em co-produção com o Drumming. A música é de Arrigo Barnabé.
Além de amanhã, as sonoridades da "Caixa da música" do músico brasileiro Arrigo Barnabé invadem o palco do TNSJ, durante as noites de sexta-feira e de sábado. A interpretação musical é do grupo de percussão Drumming, com António Sérgio, João Tiago, Nuno Simões, Rui Silva e Miquel Bernat.
"A obra é construída por pequenas peças. Em alguns casos, é quase serialismo; noutros, domina a música popular brasileira. Às vezes, roça o minimalismo. Há um bocado de tudo, o que é, aliás, característico do eclectismo de Arrigo Barnabé", explica Miquel Bernat, director musical de "Caixa da música".
O também fundador e director artístico do Drumming acrescenta que a ideia é "encaixotar, fechar os músicos, retirá-los da vista, criar um contraste entre o exibicionismo do virtuoso, aquele que concentra todas as atenções, e a música propriamente dita. No fundo, é saber o que pode acontecer quando ele não é visto."
Cada caixa esconde um percussionista, um carácter: o exibicionista, o telúrico, o místico, o lírico e o peregrino. Arrigo Barnabé diz que "a música vai mudando de acordo com essas personalidades e, no final, eles terminam encaixotados. Mas sobra um músico, que é o percussionista-peregrino. Um sujeito que peregrina entre as caixas e que escuta as caixas como se fossem cérebros".
Na segunda parte do espectáculo, chamada "Out of Cage", os percussionistas engaiolados são libertados. Arrigo inspirou-se na música de John Cage, que traba-lhava muito com o I-Ching.
Ricardo Pais é o encenador de mais um espectáculo músico-cénico: "Teria preferido que o tapa/destapa, agora chamado 'Caixa da música', tivesse evoluído com outra pessoa, porque achava melhor que alguém da música o tivesse feito. Mas o Miquel disse que sempre imaginara que este era o projecto que eu dirigiria e, de resto, sempre fui mais ou menos condenado a fazer as coisas da música, precisamente porque não sou da música."
As récitas da "Caixa da música" de sexta-feira e de sábado, começam pelas 21.30 horas.
JN