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Exame de Matemática 9º ano

xicca

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Fonte: Jornal Público

Algumas questões podiam ser resolvidas por alunos do 2º ciclo
Professores de Matemática consideram prova do 9.º ano a mais fácil de sempre

A Associação de Professores de Matemática (APM) considerou hoje que o exame nacional de 9.º ano da disciplina foi o "mais fácil" desde que a prova se realiza, sublinhando que algumas questões poderiam ser respondidas por alunos do 2º ciclo. Também a Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) criticou o reduzido grau de dificuldade do exame, sublinhando que "a nivelação por baixo" poderá ter custos futuros "muito graves".

"Na generalidade, a prova é mais acessível e mais fácil do que nos anos anteriores. Algumas questões poderiam ser resolvidas por alunos do 2º ciclo", defendeu Sónia Figueirinhas, vice-presidente da APM.

Perto de 100 mil alunos realizaram hoje o exame nacional de Matemática, que se realiza desde 2005. O ano passado, 72,8 por cento dos estudantes tiveram nota negativa, quando em 2006 a percentagem de chumbos no teste situava-se nos 63 por cento.

"Em algumas questões ficou aquém das competências e conhecimentos que os alunos no final do 9.º ano deveriam ter. Se em exames anteriores as questões eram mais elaboradas e difíceis, não há razão para que este ano também não fossem", acrescentou.

Sublinhando que o exame "não tem erros" e que os 90 minutos, mais 30 de tolerância, estão adequados para a realização da prova, a responsável salientou que em relação à geometria, por exemplo, o exame aponta "mais para nomes do que para competências".

"Há questões que outros ciclos de ensino saberiam resolver de certeza, mas a prova é sobre os conteúdos leccionados no 7.º, 8.º e 9.º ano", lamentou.

Assim, a Associação de Professores de Matemática espera que haja "uma grande melhoria" nos resultados em relação a 2007, mas sublinha que as provas "não são comparáveis".

Já na quarta-feira, a APM lamentou que o exame nacional de 9.º ano da disciplina, realizado nesse dia, incluísse matéria do 2º ciclo (5.º e 6.º ano), considerando que esta opção pode ser "excessivamente fácil para os alunos".

SPM diz que prova foi das mais elementares dos últimos anos

À semelhança da APM, também a Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) considerou que o exame nacional do 9.º ano da disciplina foi um dos mais fáceis. "No seu conjunto, o nível desta prova é certamente dos mais elementares - se não o mais elementar - produzidos nos últimos anos nas provas nacionais de Matemática. Se é verdade que muitos alunos e alguns pais podem ficar satisfeitos com o facto, e se é verdade que seja positivo que os jovens vejam as questões matemáticas como alcançáveis, os custos futuros podem ser muito graves", defende a sociedade em comunicado.

Sublinhando que a prova não tem "erros científicos nem formulações duvidosas", a SPM critica, porém, que aos alunos do final do terceiro ciclo deveria "exigir-se" outro tipo de dificuldade, exemplificando com a questão 1, "que se resolve contando pelos dedos", a 3, que "pode ser facilmente resolvida por alunos do 1º ciclo", ou a 6, que "envolve percentagens tão simples que qualquer aluno do 2º ciclo deveria ser capaz de resolver".

"Os conhecimentos testados não estão ao nível do que se deveria esperar de um aluno no final do Ensino Básico. Não são avaliados importantes tópicos que devem ser dominados no 9º ano, como sistemas de equações, proporcionalidade inversa, polígonos e áreas de polígonos", entre outros.

Segundo a sociedade, não há em geral nenhum problema em introduzir num teste problemas de matérias de anos anteriores. No entanto, acrescenta, isso não deve ser feito sistematicamente e quando feito deve recorrer-se a conceitos, técnicas e algoritmos correspondentes ao nível mais avançado. "Alguns jovens vão terminar aqui os seus estudos. Outros vão prossegui-los no ensino secundário. Nem uns nem outros podem concluir estar bem preparados para os anos que os esperam pelo facto de conseguirem resolver satisfatoriamente este enunciado", acrescenta.
 

xicca

GF Ouro
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Exame Matemática A 12º ano

Fonte: Jornal Público
23.06.2008

Para a Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM), o Exame Nacional de matemática A, aquele a que mais alunos concorrem, foi mais fácil do que o do ano passado, mas elogia o esforço feito para contemplar na prova os conteúdos programáticos essenciais.

“É de salientar o esforço desenvolvido pelo G.A.V.E. em contemplar neste exame, num maior número de questões, temas importantes do programa do décimo segundo ano, tais como a continuidade, o cálculo diferencial e o estudo de limites. São tópicos em que professores e alunos investem bastante ao longo do ano lectivo e que não têm sido suficientemente avaliados, facto para o qual já tínhamos chamado a atenção”, refere a SPM.

Os especialistas frisam ainda o esforço feito no sentido de melhorar a clareza de linguagem nas questões colocadas em relação a anos anteriores: “A linguagem é adequada e clara, o que denota um progresso relativamente às questões demasiado palavrosas e de interpretação dúbia, habituais em anos transactos”, frisam. Mas criticam a “excessiva” duração da prova, de três horas.

No entanto a maior crítica da SPM vai para a falta de ambição do GAVE, o Gabinete de Avaliação Educacional do Ministério da Educação, de onde saem os enunciados das provas, que, segundo a sociedade, não desenvolve a excelência entre os alunos: “O padrão utilizado pelo G.A.V.E. para avaliar o desempenho dos alunos não permite distinguir aqueles que efectivamente trabalham dos que pouco trabalham, e não ajuda os professores a incentivarem os alunos a aprofundar os seus conhecimentos.”
 
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