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Exames Nacionais Piores resultados a Português devem-se a prova «duvidosa e confu

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Fev 4, 2008
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A quebra de resultados nos exames de Português do 12.º ano deveu-se «exclusivamente» a uma prova «duvidosa e mal formulada« e não à falta de preparação dos alunos, considerou hoje a Associação de Professores de Português
«Os maus resultados não surpreenderam porque a prova apresentava toda uma série de questões mal formuladas que levaram os alunos à confusão. Esta quebra não se deve a falta do bom ensino de Português ou falta de preparação, mas sim exclusivamente à prova que os alunos tiveram à frente» , afirmou hoje à Agência Lusa a vice-presidente da Associação de Professores de Português (APP), Edviges Antunes Ferreira.

A responsável lembrou que tanto o primeiro como o segundo grupo do exame de Português do 12.º ano «suscitaram várias dúvidas» à APP e a inúmeros professores, salientando que «nem os alunos nem os docentes podem ser responsabilizados pelos fracos resultados».

«Os professores leccionaram e preparam os alunos este ano como sempre o fizeram nos anos anteriores. Há uma coisa que está mal nisto tudo e de certeza que não é a forma como os professores leccionam o Português», reiterou.

A média de notas no exame de Português do 12.º deste ano ficou abaixo dos 10 valores (numa escala até 20) pela primeira vez em três anos, situando-se nos 9,7 valores face aos 10,8 de 2007.

Dos 60.281 alunos que este ano fizeram a prova de Português «chumbaram» 8 %(um acréscimo face aos 5 % verificados em 2007 e 2006).

A média de notas tem vindo a decrescer: dos 11,6 valores de 2006 passou-se para 10,8 valores no ano passado e para os 9,7 valores deste ano.

Edviges Antunes Ferreira afirmou ver «com bons olhos» o reforço das medidas de apoio da disciplina no Secundário anunciado pelo Ministério da Educação na sexta-feira passada.

«Qualquer reforço a nível da carga horária em Português é fundamental para melhorar o desempenho dos alunos. Mas não tenho dúvidas de que se os alunos no próximo ano forem confrontados outra vez com uma prova deste calibre os resultados não vão melhorar, vão ser os mesmos», considerou.

O secretário de Estado Valter Lemos disse na sexta-feira à Lusa que «esta pequena quebra» nos resultados dos exames nacionais de Português do 12.º ano «não é muito significativa», mas é suficiente para «preocupar» o Governo, pelo que serão adoptadas «algumas medidas de apoio e de reforço no ensino de português no secundário».

Ainda que o resultado final não seja «um resultado muito mau», uma vez que «está no limiar da positiva», o secretário de Estado da Educação reconheceu que a baixa dos resultados a Português causa preocupação.

«Isto deixa-nos alguma preocupação para eventualmente ter que implementar algumas medidas de apoio e de reforço» da disciplina no Secundário, reiterou, lembrando que os indicadores que o Ministério da Educação tinha apontavam para existência de «mais problemas» no ensino básico.

«Provavelmente o facto de os resultados no secundário ser historicamente nos últimos anos um resultado razoável não nos deixava tanta preocupação», afirmou Valter Lemos.

«Teremos agora que fazer alguma revisão em alta desta nossa preocupação. Vamos trabalhar para que no próximo ano possamos ter algumas medidas de apoio e reforço ao ensino português no ensino secundário para evitar que isto não seja uma tendência, mas sim meramente uma oscilação natural, e para manter um resultado em Português, que historicamente é positivo», acrescentou.

Lusa / SOL
 
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