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Expo 2008: Portugal «em peso» na Tribuna da Água

Satpa

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Expo 2008: Portugal «em peso» na Tribuna da Água

O professor universitário Luís Veiga da Cunha, o ministro do Ambiente e o presidente do INAG são algumas das personalidades que a partir de terça-feira vão passar pela Tribuna da Água, o espaço de debate e reflexão da Expo2008.

Na terça-feira, Veiga da Cunha, professor da Universidade Nova de Lisboa e membro do Conselho Cientifico da participação portuguesa no certame, integra a semana temática 4, «Água, Recurso Único», onde vai falar sobre «Os desafios da gestão global da água».

No dia seguinte, a Tribuna da Água organiza uma sessão especial dedicada à gestão das bacias hidrográficas transfronteiriças, com a presença do presidente do Instituto Nacional da Água, Orlando Borges, e dos presidentes das bacias do Tejo, Douro e Guadiana.

A 11 de Julho, dia oficial de Portugal na Exposição Internacional de Saragoça, será a vez do ministro do Ambiente, Nunes Correia, participar na sessão «O Novo Sistema de Gestão da Água em Portugal», com a intervenção «A Lei da Água de 2005: Uma Oportunidade para o Futuro».

No próximo sábado serão debatidos «os avanços da convenção de Albufeira», enquanto a 22 de Julho o tema será «Alterações Climáticas e Água em Portugal», com a presença de três professores universitários de Lisboa.

A 06 de Agosto, integrada na semana temática «Água e Sociedade», será debatida a «Qualidade dos Serviços de Água e a Percepção Pública».

Nesta sessão vão participar, entre outros, representantes do Laboratório Nacional de Engenharia Civil, do Instituto Regulador de Águas e Resíduos e da Deco - Associação para a Defesa do Consumidor.

Por último, a 18 de Agosto, a Tribuna da Água recebe o «Evento Lusófono», subordinado ao tema «Acesso à Água - da origem e distribuição ao saneamento».

O debate será aberto pelo presidente da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, e conta com os países lusófonos que não participam na exposição: Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

A Exposição Internacional de Saragoça decorre até 14 de Setembro sob o tema «Água e Desenvolvimento Sustentável», contando com a presença de 105 países, entre os quais Portugal, Brasil, Cabo Verde, Moçambique e Angola.

Diário Digital / Lusa
 

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Expo 2008: Gestão da água precisa de novos quadros legais

Expo 2008: Gestão da água precisa de novos quadros legais

O especialista em recursos hídricos Luís Veiga da Cunha alertou hoje para a necessidade de novos quadros legais e institucionais à escala mundial, tendo em conta a crescente gestão global da água e os diferentes agentes envolvidos neste processo.

Veiga da Cunha, professor da Universidade Nova de Lisboa e membro da Academia de Ciências de Lisboa, falava à agência Lusa à margem da sua participação na Tribuna da Água da Exposição Internacional de Saragoça, Espanha, onde hoje se debruçou sobre «os desafios da gestão global da água».

«As legislações e instituições são criadas a nível nacional e depois podem, em alguns casos, surgir a nível transnacional, sobretudo nos países do Norte. Não existe certamente a nível global. Devem ser criadas instituições globais preparadas para aplicar essa legislação, mas também para ter perante a água uma perspectiva transectorial e transdisciplinar», afirmou.

Durante a sua intervenção, o especialista, que é igualmente membro do conselho cientifico da participação de Portugal na Expo2008, sublinhou que as alterações climáticas, mas não só, estão a suceder a um ritmo mais rápido do que a capacidade do homem para se adaptar.

«Isso está a suceder em toda a relação do homem com o ambiente. Estamos a utilizar mais do que aquilo que o ambiente tem para dar e do que é a nossa capacidade de nos adaptarmos às reacções que o ambiente tem. Não nos sabemos defender delas e perdemos controle de determinadas situações», defendeu.

Exemplificou com o caso do furacão Katrina, que em 2005 fustigou a cidade norte-americana de Nova Orleães.

No seu entender, no país mais desenvolvido do Mundo «falhou por completo» a previsão e controlo deste acontecimento, bem como a recuperação.

«No século XXI, num mundo desenvolvido, as pessoas deveriam estar melhor preparadas, por isso julgo que se afiguram a nível global enormes dificuldades que vão surgir sobretudo nos locais mais desprotegidos», considerou.

Luís Veiga da Cunha defendeu ainda que a água tem tendência para se assumir como um recurso geopolítico, num quadro de gestão global, à semelhança do petróleo e dos recursos minerais.

«É uma tendência que se tem vindo a acentuar. Mas já não pode ser só o penso globalmente, actuo localmente, também é preciso pensar localmente e actuar globalmente», afirmou.

A Exposição Internacional de Saragoça decorre até 14 de Setembro num recinto de 25 hectares na margem do Rio Ebro, sob o tema «Água e Desenvolvimento Sustentável».


Diário Digital / Lusa
 
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