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Internet sem fios grátis atrai gente à aldeia de Capinha

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Fev 4, 2008
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Na praça central da aldeia da Capinha, concelho do Fundão, hoje já ninguém estranha ver meia-dúzia de forasteiros dentro de carros a usar computadores portáteis.

Ao princípio ainda desconfiaram - "eram desconhecidos que andavam sempre por ali", confessa Rogério Palmeiro, presidente da Junta de Freguesia" - mas depois perceberam que iam à aldeia para usar a internet gratuita sem fios.

"Juntam-se sobretudo aos domingos", acrescenta Catarina Robalo, de 26 anos, auxiliar de acção educativa na escola básica da Capinha, que também se tornou uma adepta da Internet, tendo comprado um computador depois da Junta cobrir a aldeia com o serviço grátis.

A autarquia investiu 2.500 euros em equipamento com o apoio do Programa Operacional da Sociedade do Conhecimento, para além de outros 100 euros mensais em assinaturas. "Depois de uma fase de testes, o sinal está estabilizado há três meses", explica Rogério Palmeiro.

Quatro antenas principais e outras dez mais pequenas espalham pela aldeia o sinal que permite a qualquer pessoa aceder com uma largura de banda média de oito megabits por segundo (Mbps).

A ambição era ter uma rede Wimax, "que garante melhor cobertura", mas Rogério Palmeiro queixa-se da falta de apoios para financiar um projecto baseado naquela tecnologia de redes sem fios, ainda em fase de expansão.

"Seja com esta ou outra tecnologia, a nossa ambição é poder consolidar a rede e ampliar a largura de banda, ou registar os utilizadores, de forma gratuita, à medida que os acessos forem crescendo", acrescenta.

"Já chegámos a ter 60 utilizadores em simultâneo", valor que considera "assinalável", numa aldeia onde vivem cerca de 700 pessoas. ""s vezes o sinal vai abaixo, mas temos sempre um colaborador pronto a tratar da religação do equipamento", salienta.

Rogério Palmeiro encara o investimento em Internet gratuita de uma forma tão natural como outros melhoramentos na freguesia. "Temos promovido acções de formação e abrimos uma sala de leitura e multimédia, onde há oito computadores para trabalhar e aceder à Internet, 24 horas por dia. Hoje em dia temos que levar as tecnologias de informação a toda a gente", justifica.

Cláudia Abrantes, funcionária da Junta de Freguesia, de 41 anos, diz que está a pensar abandonar o serviço de ADSL e telefónico que subscreve em casa.

"Temos Internet gratuita e funciona bem. E é pelo Messenger que falo com a minha família em França e em Lisboa", conta.

A Internet é especialmente útil agora que está prestes a cumprir o 12º ano graças ao programa Novas Oportunidades. "Faço lá muita pesquisa", salienta.

Foi também essa a principal utilidade que lhe deu a amiga Adelaide, de 40 anos, que no último ano conclui o 9º ano de escolaridade. Hoje está desempregada, depois de ter trabalhado em diversas fábricas de confecções.

Adelaide confessa que acede à Internet sobretudo como entretenimento e que lá em casa quem mais a utiliza é o filho. "Também temos Internet móvel, que veio com o computador portátil, mas nem a usamos porque é muito mais lenta", diz.

Adelaide e Cláudia conversam também através do Messenger. E não são as únicas que, apesar de viverem na mesma aldeia, ao virar da esquina, por vezes preferem comunicar na Internet.


JN :right:
 
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