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Os debates quinzenais no Parlamento, a novidade da sessão legislativa, atingiram por vezes alguma rudeza de linguagem entre o primeiro-ministro, José Sócrates, e os deputados, em especial Francisco Louçã, do Bloco, e Paulo Portas, do CDS-PP.
Os debates quinzenais no Parlamento, a novidade da sessão legislativa, atingiram por vezes alguma rudeza de linguagem entre o primeiro-ministro, José Sócrates, e os deputados, em especial Francisco Louçã, do Bloco, e Paulo Portas, do CDS-PP.
No debate parlamentar de 29 de Maio, por exemplo, Louçã e Sócrates acusaram-se mutuamente de mentir, a propósito das acusações do líder do Bloco de Esquerda de que o secretário-geral da UGT, o socialista João Proença, andava a explicar o Código do Trabalho "aos militantes socialistas".
Sócrates continuou: "O que fez foi uma vergonha. Lança insinuações sobre pessoas do PS e depois faz-se de vítima".
Na resposta, Louçã desafiou a chamar-lhe explicitamente mentiroso: "Atreva-se. Os portugueses olham para si e para mim e sabem quem está a mentir...", afirmou.
No último debate quinzenal, o debate entre o primeiro-ministro e o líder do BE voltou a subir de tom a propósito dos lucros das gasolineiras, numa discussão que culminou com José Sócrates a pedir a Francisco Louçã para ter "tento na língua".
Meses antes, a 29 de Fevereiro, o duelo verbal foi com o deputado e líder do CDS-PP, a propósito de afirmações do ministro da Agricultura, Jaime Silva, que acusou Paulo Portas de ter "calotes políticos".
Na origem da polémica estão declarações de Portas acusando o ministro de praticar uma "política de calote", em protesto contra atrasos no pagamento de indemnizações compensatórias e de medidas agro-ambientais a agricultores.
Jaime Silva respondeu que é Portas quem "tem calotes políticos, que são dívidas de explicações que ele não dá aos portugueses" sobre casos ocorridos no período em que exerceu funções governativas, entre 2002 e 2005.
No debate, o líder democrata-cristão desafiou Sócrates a demarcar-se do seu ministro. O chefe do Governo contrapôs que quem deveria pedir desculpas primeiro era Paulo Portas.
"O respeito que tinha por si perdi-o", reagiu Portas, acrescentando não ter medo do primeiro-ministro.
Fonte: Expresso
18.07.08