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Nasceste antes de 1986?

T

TIN

Visitante
Nasceste antes de 1986?
Então lê isto...
Se não... lê na mesma....

Esta merece!!!!!

Deliciem-se...

Nascidos antes de 1986.
De acordo com os reguladores e burocratas de hoje, todos nós que nascemos nos anos 60, 70 e princípios de 80, não devíamos ter sobrevivido até hoje, porque as nossas caminhas de bebé eram pintadas com cores bonitas,em tinta à base de chumbo que nós muitas vezes lambíamos e mordíamos.

Não tínhamos frascos de medicamentos com tampas 'à prova de crianças', ou fechos nos armários e podíamos brincar com as panelas.

Quando andávamos de bicicleta, não usávamos capacetes.

Quando éramos pequenos viajávamos em carros sem cintos e airbags, viajar á frente era um bónus.

Bebíamos água da mangueira do jardim e não da garrafa e sabia bem.

Comíamos batatas fritas, pão com manteiga e bebíamos gasosa com açúcar, mas nunca engordávamos porque estávamos sempre a brincar lá fora.

Partilhávamos garrafas e copos com os amigos e nunca morremos disso.

Passávamos horas a fazer carrinhos de rolamentos e depois andávamos a grande velocidade pelo monte abaixo, para só depois nos lembrarmos que esquecemos de montar uns travões.

Depois de acabarmos num silvado aprendíamos.

Saíamos de casa de manhã e brincávamos o dia todo, desde que estivéssemos em casa antes de escurecer.

Estávamos incontactáveis e ninguém se importava com isso.

Não tínhamos PlayStation, X-Box.

Nada de 40 canais de televisão, filmes de vídeo, home cinema, telemóveis, computadores, DVD, Chat na Internet.

Tínhamos amigos - se os quiséssemos encontrar íamos á rua.

Jogávamos ao elástico e à barra e a bola até doía!

Caíamos das árvores, cortávamo-nos, e até partíamos ossos mas sempre sem processos em tribunal.

Havia lutas com punhos mas sem sermos processados.

Batíamos ás portas de vizinhos e fugíamos e tínhamos mesmo medo de sermos apanhados.

Íamos a pé para casa dos amigos.

Acreditem ou não íamos a pé para a escola;

Não esperávamos que a mamã ou o papá nos levassem.

Criávamos jogos com paus e bolas.

Se infringíssemos a lei era impensável os nossos pais nos safarem.

Eles estavam do lado da lei.

Esta geração produziu os melhores inventores e desenrascados de sempre.

Os últimos 50 anos têm sido uma explosão de inovação e ideias novas.

Tínhamos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade e aprendemos a lidar com tudo.

És um deles?

Parabéns!

Passa esta mensagem a outros que tiveram a sorte de crescer como verdadeiras crianças, antes dos advogados e governos regularem as nossas vidas, 'para nosso bem'.

Para todos os outros que não têm a idade suficiente, pensei que gostassem de ler acerca de nós.

Isto, meus amigos é surpreendentemente medonho... E talvez ponha um sorriso nos vossos lábios.

A maioria dos estudantes que estão hoje nas universidades nasceu em 1986, ou depois. Chamam-se jovens.

Nunca ouviram 'we are the world' e uptown girl conhecem de westlife e não de Billy Joel.

Nunca ouviram falar de Rick Astley, Banarama ou Belinda Carlisle.

Para eles sempre houve uma só Alemanha e um só Vietname.

A SIDA sempre existiu.

Os CD's sempre existiram.

O Michael Jackson sempre foi branco.

Para eles o John Travolta sempre foi redondo e não conseguem imaginar que aquele gordo tivesse sido um deus da dança.

Acreditam que Missão impossível e Anjos de Charlie, são filmes do ano passado.

Não conseguem imaginar a vida sem computadores.

Não acreditam que houve televisão a preto e branco.

Agora vamos ver se estamos a ficar velhos:
1. Entendes o que está escrito acima e sorris.
2. Precisas de dormir mais depois de uma noitada.
3. Os teus amigos estão casados ou a casar.
4. Surpreende-te ver crianças tão à vontade com computadores.
5. Abanas a cabeça ao ver adolescentes com telemóveis.
6. Lembras-te da Gabriela (a primeira vez).
7. Encontras amigos e falas dos bons velhos tempos.
8. Vais encaminhar este e-mail para outros amigos porque achas que vão gostar.

SIM ESTAMOS A FICAR VELHOS heheheh , mas tivemos uma infância do caraças.

 

migel

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Amigo Tin,

sem Duvida

SIM ESTAMOS A FICAR VELHOS heheheh , mas tivemos uma infância do caraças.

Muito Bom :espi28:

UM abraço
 

xatux

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Set 30, 2007
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Pois é, gozamos à brava...



:36_2_51::36_2_51::36_2_51::36_2_51::36_2_51::36_2_51:


 

AAJ

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SIM ESTAMOS A FICAR VELHOS heheheh , mas tivemos uma infância do caraças.
Amigo só esta frase diz tudo.
Foi a melhor época para se passar a juventude, onde valia tudo menos tirar "olhos".
Mas não me considero estar a ficar velho, com o espiríto de juventude que tenho e espero caminhar para outro tanto.:espi28:
Assim esperamos todos.
:right:
 

somaisum

GF Ouro
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Nasceste antes de 1986?

SIM ESTAMOS A FICAR VELHOS heheheh , mas tivemos uma infância do caraças.


Os dias passavam-se melhor, era sempre brincadeira, agora se não têm um pc ou uma consola ja não sabem o que fazer.

Belos anos :espi28:
 

Magic_Maker

GF Ouro
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Fica aqui outro artigo muito bom do Nuno Markl.

Artigo de Nuno Markl - para a geração dos 30


Não sei de onde é que isto me veio, talvez uma daquelas mensagens que alguém se lembra de enviar a 37 pessoas mais o cão e o gato. Mas quando li a frase a bold não pude deixar de me rebolar a rir e senti que precisava absolutamente de eternizar a gargalhada para enquanto a onda voltar. Não é plágio, é do Nuno Markl mesmo. Confesso que também eu falhei entender alguns dos personagens, talvez por ser da geração dos 36...


A juventude de hoje, na faixa que vai até aos 20 anos, está perdida. E está perdida porque não conhece os grandes valores que orientaram os que hoje rondam os trinta. O grande choque, entre outros nessa conversa, foi quando lhe falei no Tom Sawyer.

"Quem? ", perguntou ele.

Quem?! Ele não sabe quem é o Tom Sawyer! Meu Deus... Como é que ele consegue viver com ele mesmo? A própria música: "Tu que andas sempre descalço, Tom Sawyer, junto ao rio a passear, Tom Sawyer, mil amigos deixarás, aqui e além..." era para ele como o hino senegalês cantado em mandarim.

Claro que depois dessa surpresa, ocorreu-me que provavelmente ele não conhece outros ícones da juventude de outrora.

O D'Artacão, esse herói canídeo, que estava apaixonado por uma caniche;

Sebastien et le Soleil, combatendo os terríveis Olmecs;

Galáctica, que acalentava os sonhos dos jovens, com as suas naves triangulares;

O Automan, com o seu Lamborghini que dava curvas a noventa graus;

O mítico Homem da Atlântida, com o Patrick Duffy e as suas membranas no meio dos dedos;

A Super Mulher, heroína que nos prendia à televisão só para a ver mudar de roupa (era às voltas, lembram-se?);

O Barco do Amor, que apesar de agora reposto na Sic Radical, não é a mesma coisa. Naquela altura era actual...

E para acabar a lista, a mais clássica de todas as séries, e que marcou mais gente numa só geração : O Verão Azul. Ora bem, quem não conhece o Verão Azul merece morrer. Quem não chorou com a morte do velho Shanquete, não merece o ar que respira. Quem, meu Deus, não sabe assobiar a música do genérico, não anda cá a fazer nada.

Depois há toda uma série de situações pelas quais estes jovens não passaram, o que os torna fracos: Ele nunca subiu a uma árvore! E pior, nunca caiu de uma. É um mole. Ele não viveu a sua infância a sonhar que um dia ia ser duplo de cinema. Ele não se transformava num super-herói quando brincava com os amigos. Ele não fazia guerras de cartuchos, com os canudos que roubávamos nas obras e que depois personalizávamos. Aliás, para ele é inconcebível que se vá a uma obra. Ele nunca roubou chocolates no Pingo-Doce. O Bate-pé para ele é marcar o ritmo de uma canção.

Confesso, senti-me velho...

Esta juventude de hoje está a crescer à frente de um computador. Tudo bem, por mim estão na boa, mas é que se houver uma situação de perigo real, em que tenham de fugir de algum sítio ou de alguma catástrofe, eles vão ficar à toa, à procura do comando da Playstation e a gritar pela Lara Croft.

Óbvio, nunca caíram quando eram mais novos. Nunca fizeram feridas, nunca andaram a fazer corridas de bicicleta uns contra os outros. Hoje, se um miúdo cai, está pelo menos dois dias no hospital, a levar pontos e fazer exames a possíveis infecções, e depois está dois meses em casa fazer tratamento a uma doença que lhe descobriram por ter caído. Doenças com nomes tipo "Moleculum infanticus", que não existiam antigamente. No meu tempo, se um gajo dava um malho muitas vezes chamado de "terno" nem via se havia sangue, e se houvesse, não era nada que um bocado de terra espalhada por cima não estancasse.

Eu hoje já nem vejo as mães virem à rua buscar os putos pelas orelhas, porque eles estavam a jogar à bola com os ténis novos.

Um gajo na altura aprendia a viver com o perigo. Havia uma hipótese real de se entrar na droga, de se engravidar uma miúda com 14 anos, de apanharmos tétano num prego enferrujado, de se ser raptado quando se apanhava boleia para ir para a praia. E sabíamos viver com isso.

Não estamos cá? Não somos até a geração que possivelmente atinge objectivos maiores com menos idade? E ainda nos chamavam geração "rasca"...

Nós éramos mais a geração "à rasca", isso sim. Sempre à rasca de dinheiro, sempre à rasca para passar de ano, sempre à rasca para entrar na universidade, sempre à rasca para tirar a carta, para o pai emprestar o carro. Agora não falta nada aos putos.

Eu, para ter um mísero Spectrum 48K, tive que pedir à família toda para se juntar e para servir de presente de anos e Natal, tudo junto. Hoje, ele é Playstation, PC, telemóvel, portátil, Gameboy, tudo.

Claro, pede-se a um chavalo de 14 anos para dar uma volta de bicicleta e ele pergunta onde é que se mete a moeda, ou quantos bytes de RAM tem aquela versão da bicicleta.

Com tanta protecção que se quis dar à juventude de hoje, só se conseguiu que 8 em cada dez putos sejam cromos. Antes, só havia um cromo por turma. Era o totó de óculos, que levava porrada de todos, que não podia jogar à bola e que não tinha namoradas. É certo que depois veio a ser líder de algum partido, ou gerente de alguma empresa de computadores, mas não curtiu nada.





Os putos hoje não sabem o que é o Bate-Pé ??? :naodigas:
 

Dom @ntonius

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É isso...e também as saudades e o dizer: Se tivesse menos 20 anos!!!
 

Scorpion

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Felizmente que nasci antes de "86... Ao ler, sem dar conta sorri... porque fez-me recordar os bons momentos que passei em toda a minha infância e adolescência...
Hoje em dia é tudo diferente, infelizmente para "eles"...
Para verem como tudo está mudado, vou contar-vos rapidamente o que presenciei a semana passada, que foi o seguinte:
Na sexta-feira passada fui ver uns certos DJ'S na praia de Matosinhos, no qual fiquei espantado com a juventude que este país tem, pois olhava para um lado e via-os a "enrolar" (charros), olhava para outro lado, a mesma coisa... Pensei cá para mim, esta juventude está toda estragada, perderam a vergonha... Para eles a diversão é mesmo isto...
Não sabem o que perderam por não terem nascido antes de "86...
 

rammstein

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Com grande saudade e com uma lágrima no olho, dou-te os meus parabéns por este post !
Grande abraço !
 

ZON

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Fica aqui outro artigo muito bom do Nuno Markl.

Artigo de Nuno Markl - para a geração dos 30


Não sei de onde é que isto me veio, talvez uma daquelas mensagens que alguém se lembra de enviar a 37 pessoas mais o cão e o gato. Mas quando li a frase a bold não pude deixar de me rebolar a rir e senti que precisava absolutamente de eternizar a gargalhada para enquanto a onda voltar. Não é plágio, é do Nuno Markl mesmo. Confesso que também eu falhei entender alguns dos personagens, talvez por ser da geração dos 36...


A juventude de hoje, na faixa que vai até aos 20 anos, está perdida. E está perdida porque não conhece os grandes valores que orientaram os que hoje rondam os trinta. O grande choque, entre outros nessa conversa, foi quando lhe falei no Tom Sawyer.

"Quem? ", perguntou ele.

Quem?! Ele não sabe quem é o Tom Sawyer! Meu Deus... Como é que ele consegue viver com ele mesmo? A própria música: "Tu que andas sempre descalço, Tom Sawyer, junto ao rio a passear, Tom Sawyer, mil amigos deixarás, aqui e além..." era para ele como o hino senegalês cantado em mandarim.

Claro que depois dessa surpresa, ocorreu-me que provavelmente ele não conhece outros ícones da juventude de outrora.

O D'Artacão, esse herói canídeo, que estava apaixonado por uma caniche;

Sebastien et le Soleil, combatendo os terríveis Olmecs;

Galáctica, que acalentava os sonhos dos jovens, com as suas naves triangulares;

O Automan, com o seu Lamborghini que dava curvas a noventa graus;

O mítico Homem da Atlântida, com o Patrick Duffy e as suas membranas no meio dos dedos;

A Super Mulher, heroína que nos prendia à televisão só para a ver mudar de roupa (era às voltas, lembram-se?);

O Barco do Amor, que apesar de agora reposto na Sic Radical, não é a mesma coisa. Naquela altura era actual...

E para acabar a lista, a mais clássica de todas as séries, e que marcou mais gente numa só geração : O Verão Azul. Ora bem, quem não conhece o Verão Azul merece morrer. Quem não chorou com a morte do velho Shanquete, não merece o ar que respira. Quem, meu Deus, não sabe assobiar a música do genérico, não anda cá a fazer nada.

Depois há toda uma série de situações pelas quais estes jovens não passaram, o que os torna fracos: Ele nunca subiu a uma árvore! E pior, nunca caiu de uma. É um mole. Ele não viveu a sua infância a sonhar que um dia ia ser duplo de cinema. Ele não se transformava num super-herói quando brincava com os amigos. Ele não fazia guerras de cartuchos, com os canudos que roubávamos nas obras e que depois personalizávamos. Aliás, para ele é inconcebível que se vá a uma obra. Ele nunca roubou chocolates no Pingo-Doce. O Bate-pé para ele é marcar o ritmo de uma canção.

Confesso, senti-me velho...

Esta juventude de hoje está a crescer à frente de um computador. Tudo bem, por mim estão na boa, mas é que se houver uma situação de perigo real, em que tenham de fugir de algum sítio ou de alguma catástrofe, eles vão ficar à toa, à procura do comando da Playstation e a gritar pela Lara Croft.

Óbvio, nunca caíram quando eram mais novos. Nunca fizeram feridas, nunca andaram a fazer corridas de bicicleta uns contra os outros. Hoje, se um miúdo cai, está pelo menos dois dias no hospital, a levar pontos e fazer exames a possíveis infecções, e depois está dois meses em casa fazer tratamento a uma doença que lhe descobriram por ter caído. Doenças com nomes tipo "Moleculum infanticus", que não existiam antigamente. No meu tempo, se um gajo dava um malho muitas vezes chamado de "terno" nem via se havia sangue, e se houvesse, não era nada que um bocado de terra espalhada por cima não estancasse.

Eu hoje já nem vejo as mães virem à rua buscar os putos pelas orelhas, porque eles estavam a jogar à bola com os ténis novos.

Um gajo na altura aprendia a viver com o perigo. Havia uma hipótese real de se entrar na droga, de se engravidar uma miúda com 14 anos, de apanharmos tétano num prego enferrujado, de se ser raptado quando se apanhava boleia para ir para a praia. E sabíamos viver com isso.

Não estamos cá? Não somos até a geração que possivelmente atinge objectivos maiores com menos idade? E ainda nos chamavam geração "rasca"...

Nós éramos mais a geração "à rasca", isso sim. Sempre à rasca de dinheiro, sempre à rasca para passar de ano, sempre à rasca para entrar na universidade, sempre à rasca para tirar a carta, para o pai emprestar o carro. Agora não falta nada aos putos.

Eu, para ter um mísero Spectrum 48K, tive que pedir à família toda para se juntar e para servir de presente de anos e Natal, tudo junto. Hoje, ele é Playstation, PC, telemóvel, portátil, Gameboy, tudo.

Claro, pede-se a um chavalo de 14 anos para dar uma volta de bicicleta e ele pergunta onde é que se mete a moeda, ou quantos bytes de RAM tem aquela versão da bicicleta.

Com tanta protecção que se quis dar à juventude de hoje, só se conseguiu que 8 em cada dez putos sejam cromos. Antes, só havia um cromo por turma. Era o totó de óculos, que levava porrada de todos, que não podia jogar à bola e que não tinha namoradas. É certo que depois veio a ser líder de algum partido, ou gerente de alguma empresa de computadores, mas não curtiu nada.





Os putos hoje não sabem o que é o Bate-Pé ??? :naodigas:

A juventude de hoje, na faixa que vai até aos 20 anos, está perdida. E está perdida porque não conhece os grandes valores que orientaram os que hoje rondam os trinta. O grande choque, entre outros nessa conversa, foi quando lhe falei no Tom Sawyer.

"Quem? ", perguntou ele.

Quem?! Ele não sabe quem é o Tom Sawyer! Meu Deus... Como é que ele consegue viver com ele mesmo? A própria música: "Tu que andas sempre descalço, Tom Sawyer, junto ao rio a passear, Tom Sawyer, mil amigos deixarás, aqui e além..." era para ele como o hino senegalês cantado em mandarim.

amigo tenho 14 anos e sei perfeitamente quem e o tom sawyer,...
mas os desenhos animados de agora nao tem nada a ver com os dos anos 60 e menos...por exemplo: tom and jerry, picapau(nao me lembro do nome em ingles), e muitos outros..

Esta juventude de hoje está a crescer à frente de um computador. Tudo bem, por mim estão na boa, mas é que se houver uma situação de perigo real, em que tenham de fugir de algum sítio ou de alguma catástrofe, eles vão ficar à toa, à procura do comando da Playstation e a gritar pela Lara Croft.

a meu ver em parte e verdade....passo o tempo a frente do pc, mas nao tenho playstation e nao gosto da lara croft.....

Nós éramos mais a geração "à rasca", isso sim. Sempre à rasca de dinheiro, sempre à rasca para passar de ano, sempre à rasca para entrar na universidade, sempre à rasca para tirar a carta, para o pai emprestar o carro. Agora não falta nada aos putos.

tambem e verdade...pois havia pouco dinheiro...
ms por haver pouco denheiro vivia-se muito melhor, havia mais alegria, nao havia "carjacking", e outro tipos de furtos...


Os putos hoje não sabem o que é o Bate-Pé ??? :naodigas:

pois tambem e verdade eu nao sei o que e mas ja agora alguem me pode dizer?
 

ZON

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Felizmente que nasci antes de "86... Ao ler, sem dar conta sorri... porque fez-me recordar os bons momentos que passei em toda a minha infância e adolescência...
Hoje em dia é tudo diferente, infelizmente para "eles"...
Para verem como tudo está mudado, vou contar-vos rapidamente o que presenciei a semana passada, que foi o seguinte:
Na sexta-feira passada fui ver uns certos DJ'S na praia de Matosinhos, no qual fiquei espantado com a juventude que este país tem, pois olhava para um lado e via-os a "enrolar" (charros), olhava para outro lado, a mesma coisa... Pensei cá para mim, esta juventude está toda estragada, perderam a vergonha... Para eles a diversão é mesmo isto...
Não sabem o que perderam por não terem nascido antes de "86...

amigo e verdade eu tenho colegas de turma que fumam so para mostrar que sao "herois"...

e aqueles gangs que que a aqui na minha terra que fuman xarros so para se mostrarem....

esse gajos axan-se uns "herois" mas mas cuitados sao uns inconxientes, muitas vezes sobralhes o dinheiro..... e tambem culpa dos pais que nao lhe deram educaçao...
 

Magic_Maker

GF Ouro
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Felizmente que nasci antes de "86... Ao ler, sem dar conta sorri... porque fez-me recordar os bons momentos que passei em toda a minha infância e adolescência...
Hoje em dia é tudo diferente, infelizmente para "eles"...
Para verem como tudo está mudado, vou contar-vos rapidamente o que presenciei a semana passada, que foi o seguinte:
Na sexta-feira passada fui ver uns certos DJ'S na praia de Matosinhos, no qual fiquei espantado com a juventude que este país tem, pois olhava para um lado e via-os a "enrolar" (charros), olhava para outro lado, a mesma coisa... Pensei cá para mim, esta juventude está toda estragada, perderam a vergonha... Para eles a diversão é mesmo isto...
Não sabem o que perderam por não terem nascido antes de "86...



Nem é por aí, antigamente com as drogas era bem pior, porque o pessoal estava menos informado, até porque a degradação dos toxicodependentes foi na década de 80 até 90, agora vê-se muito menos.


A malta mais nova, agora nem é melhor nem pior, é apenas diferente.
Da mesma forma que a minha juventude foi diferente da juventude dos meus pais, ainde me lembro de os meus pais dizerem que quando eram novos não tinham electricidade, era à luz da vela, isso para mim era inconcebível, porque quando nasci a electricidade era um dado adquirido.

A evolução é assim mesmo, e o que interessa é aproveitar o melhor que a vida nos dá em todos os momentos.
 

Scorpion

GF Ouro
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Nem é por aí, antigamente com as drogas era bem pior, porque o pessoal estava menos informado, até porque a degradação dos toxicodependentes foi na década de 80 até 90, agora vê-se muito menos.


A malta mais nova, agora nem é melhor nem pior, é apenas diferente.
Da mesma forma que a minha juventude foi diferente da juventude dos meus pais, ainde me lembro de os meus pais dizerem que quando eram novos não tinham electricidade, era à luz da vela, isso para mim era inconcebível, porque quando nasci a electricidade era um dado adquirido.

A evolução é assim mesmo, e o que interessa é aproveitar o melhor que a vida nos dá em todos os momentos.

O que eu quero referenciar não tem nada a ver com a informação ou os jovens serem piores ou melhores... O que quero dizer é que perderam a vergonha, isto é, fumam um charro como quem fuma um cigarro, na mente deles é "eu fumo um charro logo sou um tipo fixe"...Onde é que antigamente víamos isto? Antes, muitos fumavam... mas ninguém sabia... se é que entendes... ;):D
 

teix

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pois é amigo tenho tantas saudades de dizer ao tempo volta para tras.
 

j.s@ntos

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Felizmente que nasci antes de "86... Ao ler, sem dar conta sorri... porque fez-me recordar os bons momentos que passei em toda a minha infância e adolescência...
Hoje em dia é tudo diferente, infelizmente para "eles"...
Para verem como tudo está mudado, vou contar-vos rapidamente o que presenciei a semana passada, que foi o seguinte:
Na sexta-feira passada fui ver uns certos DJ'S na praia de Matosinhos, no qual fiquei espantado com a juventude que este país tem, pois olhava para um lado e via-os a "enrolar" (charros), olhava para outro lado, a mesma coisa... Pensei cá para mim, esta juventude está toda estragada, perderam a vergonha... Para eles a diversão é mesmo isto...
Não sabem o que perderam por não terem nascido antes de "86...

Eu nasci em 1984!

Vou apenas dar a minha opinião respeitando a tua como sempre o fiz!

A malta nova agora mudou como referiste e muitos fumam drogas mas outros não,uns roubam outros não, uns são criminosos outros não!

Onde quero chegar é que o problema é a
liberdade e a rotinaque é dada de hoje em dia.
Conheço milhares de rapazes(a minha profissão assim o exigiu)e muitos com 13 anos já fumam drogas com outros colegas mais velhos.
Porem eu aconselho mas nunca denunciando nada nem a outras pessoas nem familia e sabem porque??
O que é que um miudo de 13,14,15 anos anda a fazer na rua às 02:00h?Quem tem a culpa?
Os pais de agora são uns "tapados", desculpem-me a expressão, com esta idade já era para estarem a dormir a mais de 3h..

É claro que quando ando na rua e vejo pessoal deste ve logo o que anda a fazer ou é alcool,drogas,dinheiro e sexo..

Ainda existe gente pura por este Mundo e com vontade de seguir uma vida estavél e digna


Eu falo por mim mesmo quando tinha 16 anitos se não fosse esperto também poderia cair num destes erros!!!

Quem tem um bom Pai e uma Mãe sabe criar um bom filho!!

Falando no contexto do assunto do tópico eu já vi de tudo, vivo numa zona desertificada onde a milhares de pessoas idosas, que nos dias de hoje ainda não têm luz,agua,esgotos.

Centenas bebem agua de poços onde a agua não é tratada..
Outros a casa de banho é o mato, uma bacia na rua para cortar a barba, um tanque para tomar banho.

Nem vou contar cenas que são deshumanas nos dias de hoje porque toda a gente minimamente sabe o que se passou e passa nalguns casos.

Estes velhotes a pensar na progressão e sobrevivencia até morrer e com 200€de reforma alguns com filhos dificientes, é muito triste ver estes casos.

Sempre vivemos num Mundo imperfeito​
 

Vgeta

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:espi28: Excelente post, que nos traz à lembrança tudo aquilo de bom por que passámos na nossa infância e adolescência, infelizmente hoje em dia não é assim embora também as circunstâncias sejam outras (principalmente a falta de segurança nas zonas dos grandes centros).
É a evolução meus amigos, quem sabe os nossos filhos daqui a 20/30 anos num fórum idêntico, estejam a relembrar a sua infância, no msn, salas de chat, as mensagens de telemovel, etc...

Cumps.
 

SHOWT

GF Prata
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tou contigo:espi28::espi28:
 

mjtc

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Nasceste antes de 1986?
Então lê isto...
Se não... lê na mesma....

Esta merece!!!!!

Deliciem-se...

Nascidos antes de 1986.
De acordo com os reguladores e burocratas de hoje, todos nós que nascemos nos anos 60, 70 e princípios de 80, não devíamos ter sobrevivido até hoje, porque as nossas caminhas de bebé eram pintadas com cores bonitas,em tinta à base de chumbo que nós muitas vezes lambíamos e mordíamos.

Não tínhamos frascos de medicamentos com tampas 'à prova de crianças', ou fechos nos armários e podíamos brincar com as panelas.

Quando andávamos de bicicleta, não usávamos capacetes.

Quando éramos pequenos viajávamos em carros sem cintos e airbags, viajar á frente era um bónus.

Bebíamos água da mangueira do jardim e não da garrafa e sabia bem.

Comíamos batatas fritas, pão com manteiga e bebíamos gasosa com açúcar, mas nunca engordávamos porque estávamos sempre a brincar lá fora.

Partilhávamos garrafas e copos com os amigos e nunca morremos disso.

Passávamos horas a fazer carrinhos de rolamentos e depois andávamos a grande velocidade pelo monte abaixo, para só depois nos lembrarmos que esquecemos de montar uns travões.

Depois de acabarmos num silvado aprendíamos.

Saíamos de casa de manhã e brincávamos o dia todo, desde que estivéssemos em casa antes de escurecer.

Estávamos incontactáveis e ninguém se importava com isso.

Não tínhamos PlayStation, X-Box.

Nada de 40 canais de televisão, filmes de vídeo, home cinema, telemóveis, computadores, DVD, Chat na Internet.

Tínhamos amigos - se os quiséssemos encontrar íamos á rua.

Jogávamos ao elástico e à barra e a bola até doía!

Caíamos das árvores, cortávamo-nos, e até partíamos ossos mas sempre sem processos em tribunal.

Havia lutas com punhos mas sem sermos processados.

Batíamos ás portas de vizinhos e fugíamos e tínhamos mesmo medo de sermos apanhados.

Íamos a pé para casa dos amigos.

Acreditem ou não íamos a pé para a escola;

Não esperávamos que a mamã ou o papá nos levassem.

Criávamos jogos com paus e bolas.

Se infringíssemos a lei era impensável os nossos pais nos safarem.

Eles estavam do lado da lei.

Esta geração produziu os melhores inventores e desenrascados de sempre.

Os últimos 50 anos têm sido uma explosão de inovação e ideias novas.

Tínhamos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade e aprendemos a lidar com tudo.

És um deles?

Parabéns!

Passa esta mensagem a outros que tiveram a sorte de crescer como verdadeiras crianças, antes dos advogados e governos regularem as nossas vidas, 'para nosso bem'.

Para todos os outros que não têm a idade suficiente, pensei que gostassem de ler acerca de nós.

Isto, meus amigos é surpreendentemente medonho... E talvez ponha um sorriso nos vossos lábios.

A maioria dos estudantes que estão hoje nas universidades nasceu em 1986, ou depois. Chamam-se jovens.

Nunca ouviram 'we are the world' e uptown girl conhecem de westlife e não de Billy Joel.

Nunca ouviram falar de Rick Astley, Banarama ou Belinda Carlisle.

Para eles sempre houve uma só Alemanha e um só Vietname.

A SIDA sempre existiu.

Os CD's sempre existiram.

O Michael Jackson sempre foi branco.

Para eles o John Travolta sempre foi redondo e não conseguem imaginar que aquele gordo tivesse sido um deus da dança.

Acreditam que Missão impossível e Anjos de Charlie, são filmes do ano passado.

Não conseguem imaginar a vida sem computadores.

Não acreditam que houve televisão a preto e branco.

Agora vamos ver se estamos a ficar velhos:
1. Entendes o que está escrito acima e sorris.
2. Precisas de dormir mais depois de uma noitada.
3. Os teus amigos estão casados ou a casar.
4. Surpreende-te ver crianças tão à vontade com computadores.
5. Abanas a cabeça ao ver adolescentes com telemóveis.
6. Lembras-te da Gabriela (a primeira vez).
7. Encontras amigos e falas dos bons velhos tempos.
8. Vais encaminhar este e-mail para outros amigos porque achas que vão gostar.

SIM ESTAMOS A FICAR VELHOS heheheh , mas tivemos uma infância do caraças.



amigo tin, sei que entrei tarde neste tópico, mas depois do que li, concordo plenamente! tudo o que disseste desse tempo, é verdade!
tive todas essas experiências na minha juventude!

que saudades!!!!....10_1_132
 

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GF Bronze
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Ao ler: Nasceste antes de 1986? Deu-me a ideia de colocar uma pequena história sobre aminha juventude e porque penso que vai ao encontro do tema inicial. Agora não sei se a posso colocar aqui, mas vou tentar e seja o que Deus quizer.
Primeiro que tudo nasci em 1950.
OS MEUS HEROIS Tantos livros, tantos heróis que me ajudaram a sonhar e a viajar por todas as épocas e todos os Continentes. Com uma espada de madeira, cesto de vime na cabeça, eu via-me a pelejar os mouros ao lado de Mendes da Maia, o Lidador que morreu a combater os infiéis. Com o meu arco e setas de cerejeira eu desafiava o Robin dos Bosques no tiro ao alvo e ajudava-o nas suas lutas contra o Sherife e o príncipe João. Saltando de ramo em ramo, mesmo sem macacos nem lianas, eu era o Tarzan, que embora sem Jane, não deixava de soltar os meus gritos, por vezes de dor, sempre que falhava o ramo e batia com o costelado no chão.
Os livros de Emílio Salgari transportavam-me para o dorso de um elefante, caçando tigres de Bengala, nas Índias, junto do português Eanes e do seu amigo Sandocan. Naveguei e abordei navios carregados de tesouros, ao lado de corsários como o Barba Negra, por mares das Antilhas.
Com Júlio Verne, sonhei com viagens magníficas, a bordo do seu fantástico submarino, vi peixes enormes, bem diferentes da sardinha e carapau que me serviam de refeição e quando me embrenhava no túnel do comboio da minha aldeia, perante a escuridão, imaginava a viajem ao centro da terra.
O orgulho que eu sentia sempre que lia uma aventura do Luso Britânico major Alvega, um às da aviação da segunda grande guerra. Com a minha pistola de corcódea eu tentava ser o mais rápido a sacar, tal Yat Yarp, ou rastejando como uma serpente pelo meio das moitas, eu fazia de batedor, para o general Custer do sétimo de cavalaria.
Na minha imaginação queria eu ser como estes heróis, porém com o tempo comecei a ver dificuldades. Os heróis eram todos altos, simpáticos, valentes raramente perdiam uma luta, as damas todas lhes caíam aos pés, eu era o inverso, com fraquezas que não tinham. Em várias lutas em que me envolvi, umas ganhava outras nem tanto, por várias vezes apareci em casa com a cabeça partida, fruto das lutas de casculhos, que em montes nas eiras após a malha do milho, encharcados pelas chuvas eram munições de respeito. Quando o inimigo pela força e pontaria das nossas casculhadas, batia em retirada, nós corríamo-los até casa.
Eram todos ricos pois recusavam as recompensas, em favor dos mais desfavorecidos. Eu era pobre e sempre que davam alguma coisa, aceitava com ambas as mãos, apesar da vergonha.
Comiam grandes nacos de carne e caça que assavam no espeto, enquanto eu comia o que os meus pobres pais me podiam dar, certo, certo, era uma malga de caldo e um bocado de broa, por vezes um bocado de toucinho entalado na panela de ferro para dar gosto aos feijões.
E as roupas sempre impecáveis por mais lutas que tivessem davam lugar às minhas com remendos nos joelhos e chapões nos fundilhos. Tinham belas botas de cano alto, inclusive os índios tinham belos mocassins feitos de pele, comparado eu tinha uns tamancos de madeira cheios de tachas para não rom-per a madeira que tinha um contra, sempre que eu queria passar despercebido ou me descalçava ou então parecia uma junta de bois a descer a calçada.
Os melhores cavalos eram dos meus heróis, os mais rápidos, os mais inteligentes que normalmente eram chefes de manadas quando selvagens. Eu nem num burrito, tal Sancho Pança, tive o gosto de montar.
A única vez que montei, foi num lindo e forte carneiro que assim que me encarrapitei correu para um silvado, desmontando-me pelas silvas que me prenderam nas roupas e mal refeito dos arranhões espetou-me uma marrada que me atirou de um arrêto abaixo deixando-me um bocado escaqueirado derivado à queda de dois metros de altura. A partir dessa altura comecei a olhar para aquele rancoroso, como se de um urso pardo ou leão se tratasse e como sou uma pessoa de brios, nunca mais dei confiança àquele monte de lã raivoso. Sempre que ele me mirava com os cornos virados para o solo, trepava eu o mais rápido que podia à primeira árvore que encontrava, sim, porque depois do que me fez, confiança é que não.
Tinham sempre o melhor armamento para a época e nunca se constipavam, talvez pelo rum e muito whisky que ingeriam. O meu armamento era de fabrico caseiro, arco e setas de madeira e um canhangulo de carregar pela boca feito com dois canos de água enfiados dentro um do outro para não rebentarem, o fulminante era a cabeça de um fósforo, de modo que cada vez que se disparava a uma peça de caça, ela fugia antes que a carga rebentasse com o barulho do fósforo a deflagrar.
Outra coisa que me metia confusão era nenhum herói ter necessidade de urinar ou aliviar a tripa, já que eu mijei na cama até aos dez anos, sofrendo ameaças maternas, de ir para o meio do povoado mostrar os lençóis amarelos, envergonhando-me perante a canalha da minha idade.
Nem se preocuparem em molhar os pés sempre que atravessavam montados ou a pé, um rio ou pequeno curso de água. Atravessavam sem se preocuparem com aquele choc choc da água dentro das botas nem com o cheirinho daí resultante com odor a queijo podre.
Nas pradarias dormiam enrolados numa manta, com a sela como almofada, tendo o céu estrelado como tecto. Numa noite de verão tentei fazer o mesmo, olhando para o firmamento, tentava descortinar a Ursa Maior, quando um batalhão de melgas me atacou, deixando-me o corpo cheio de comichões. Foi uma corrida até casa para tentar acalmar aquele ardume com o esfreganço de aguardente. Uma hora foi o suficiente para esquecer as noites na pradaria.
Os meus heróis eram íntegros, para todos era uma desonra atirar pelas costas; já eu, por força das circunstâncias, via-me obrigado a actos menos dignos, tais como mandar umas pedradas para cima da árvore da fruta, sempre que eu deparava com algum concorrente a depenicar as cerejas ou outro tipo de fruta que eu já antes trazia debaixo de olho.
O que me faltava em meios sobrava-me em alma, a imaginação transportava-me para continentes que não conhecia através da arte dos diversos autores, mesmo quando se descuidavam nas lutas e com um colt de seis tiros abatiam sete e oito sem recarregar. Como de um filme se tratasse até me parecia que ouvia o som dos tiros e o cavalgar das montadas, o cheiro da pólvora, o rolar das ondas, o rugir dos leões. Era um filme com sons e cheiros, descritos num livro.
Obrigado, meus heróis, que com alegria e muitos sonhos, me ajudaram a passar os melhores momentos que qualquer ser humano tem na vida, a juventude.
 
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