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Comerciantes de roupa revoltados com decisão da organização
Sacos, carteiras, cintos, óculos de sol, t-shirts, pijamas, cuecas e soutiens. Há de tudo e para todos os gostos nas bancas montadas à beira da estrada nas Festas de Vizela que decorrem até ao final da semana. A organização não gosta.
Este ano, a organização das festas decidiu proibir a venda de roupa nas festas. Os feirantes, de roupa, claro, protestam. Uns puseram-se a andar logo no primeiro dia, outros ficaram para "lutar pelos nossos direitos", dizem. Daniela e o marido, Armando Martins pagaram 100 euros por um pedaço de terra para fazer negócio durante quatro dias. Aceitam o ditado que diz "quem não está bem, põe-se", mas já não compreendem que "o que é para um é para todos" não valha também. "A nós proibiram-nos de vender roupa, mas não falta por aí abaixo quem venda", indigna-se. O casal já foi identificado pela GNR a pedido da Câmara Municipal de Vizela, que, ao que tudo indica, se prepara para autuar os "infractores".
O assunto ainda vai ser estudado, adiantou António Faria, presidente da comissão de festas, que justifica a proibição: "Achamos que descaracteriza as festas". Se a moda pega, o casal Martins ainda perde o negócio nas outras festas e romarias que faz, um pouco por todo o Minho. Indiferente à contenda, o povo admira as bancadas. Os homens vão ficando para trás, as mulheres abeiram-se do amontoado e experimentam a copa D. Mais uma voltinha, e estão outra vez no homem negro que chama por "Miss Portugal" todas as freguesas. Quem leva crianças pela mão, não tem tempo para agradecer o piropo. Quem lhes puxa pelo braço, parece com pressa de chegar àquilo que os trouxe. Há pelo menos meia dúzia de músicas diferentes a tocar ao mesmo tempo, vindas de cada um dos carrosséis.
JN
10.08.08