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Esquadras continuam apenas com um agente e sem meios para trabalhar
Carros novos... e parados
Apesar de todas as ordens ministeriais, a situação em muitas esquadras da polícia continua a ser de ruptura total
Vasco Lopes
Em Abril, quando um homem foi agredido por um grupo dentro da esquadra da PSP de Moscavide (onde estava apenas um agente de serviço), o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, veio a público afirmar que episódios deste género não poderiam voltar a suceder. Como tal, o governante ordenou que passassem a estar, pelo menos, dois agentes dentro de cada esquadra, embora não especificasse como é que tal iria ser possível.
Contudo, passados quatro meses, há muitas esquadras que ainda não cumprem esta ordem ministerial por falta de efectivos. O nosso jornal soube, através de algumas fontes policiais, que há várias esquadras em Lisboa que, em Agosto, tiveram vários turnos só com um graduado de serviço dentro da esquadra e com um carro-patrulha (que necessita obrigatoriamente de ter dois agentes) a patrulhar a área de várias esquadras ao mesmo tempo. Aliás, há mesmo o caso de uma esquadra que esteve alguns turnos só com um graduado, mas sem qualquer carro a patrulhar, o que significa que uma única pessoa teve a seu cargo a segurança de uma dada zona da Capital.
Mas não é só em Lisboa que situações desse género sucedem. José Alho, da ASPIG/GNR, contou-nos mesmo que, 'no Alentejo, há carros-patrulha com dois agentes que têm de patrulhar três e quatro concelhos de uma vez',
Mas estes não são ainda os casos mais graves. Segundo uma fonte da PSP do concelho de Oeiras (que não se quis identificar), nesta área, há várias esquadras que, recentemente, receberam um lote de Skoda Octavia, viaturas que, em muitos casos, estão paradas por falta de verbas para realizar a revisão dos 25 mil quilómetros. 'Há esquadras onde apenas há uma viatura a funcionar, que tem de trabalhar 24 horas por dia, o que significa que apenas pode estar ao serviço das ocorrências, não podendo ser utilizada para patrulhamento', disse-nos esta fonte policial.
Também em Oeiras, há o caso de uma esquadra que tem o fax parado há quatro meses por falta de verba para comprar um simples toner. 'Quando é mesmo necessário enviar um fax, os agentes deslocam-se de carro até à Divisão de Oeiras', revelou-nos fonte policial.
Como se estes exemplos não bastassem, temos ainda conhecimento de casos de esquadras onde os computadores são levados pelos próprios agentes, que, por seu lado, têm de arcar com despesas como a do pagamento de portagens... ou a compra de umas simples pilhas para as lanternas.
Há várias esquadras que, este mês, tiveram turnos só com um agente
Fonte: o primeiro de janeiro
Carros novos... e parados
Apesar de todas as ordens ministeriais, a situação em muitas esquadras da polícia continua a ser de ruptura total
Vasco Lopes
Em Abril, quando um homem foi agredido por um grupo dentro da esquadra da PSP de Moscavide (onde estava apenas um agente de serviço), o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, veio a público afirmar que episódios deste género não poderiam voltar a suceder. Como tal, o governante ordenou que passassem a estar, pelo menos, dois agentes dentro de cada esquadra, embora não especificasse como é que tal iria ser possível.
Contudo, passados quatro meses, há muitas esquadras que ainda não cumprem esta ordem ministerial por falta de efectivos. O nosso jornal soube, através de algumas fontes policiais, que há várias esquadras em Lisboa que, em Agosto, tiveram vários turnos só com um graduado de serviço dentro da esquadra e com um carro-patrulha (que necessita obrigatoriamente de ter dois agentes) a patrulhar a área de várias esquadras ao mesmo tempo. Aliás, há mesmo o caso de uma esquadra que esteve alguns turnos só com um graduado, mas sem qualquer carro a patrulhar, o que significa que uma única pessoa teve a seu cargo a segurança de uma dada zona da Capital.
Mas não é só em Lisboa que situações desse género sucedem. José Alho, da ASPIG/GNR, contou-nos mesmo que, 'no Alentejo, há carros-patrulha com dois agentes que têm de patrulhar três e quatro concelhos de uma vez',
Mas estes não são ainda os casos mais graves. Segundo uma fonte da PSP do concelho de Oeiras (que não se quis identificar), nesta área, há várias esquadras que, recentemente, receberam um lote de Skoda Octavia, viaturas que, em muitos casos, estão paradas por falta de verbas para realizar a revisão dos 25 mil quilómetros. 'Há esquadras onde apenas há uma viatura a funcionar, que tem de trabalhar 24 horas por dia, o que significa que apenas pode estar ao serviço das ocorrências, não podendo ser utilizada para patrulhamento', disse-nos esta fonte policial.
Também em Oeiras, há o caso de uma esquadra que tem o fax parado há quatro meses por falta de verba para comprar um simples toner. 'Quando é mesmo necessário enviar um fax, os agentes deslocam-se de carro até à Divisão de Oeiras', revelou-nos fonte policial.
Como se estes exemplos não bastassem, temos ainda conhecimento de casos de esquadras onde os computadores são levados pelos próprios agentes, que, por seu lado, têm de arcar com despesas como a do pagamento de portagens... ou a compra de umas simples pilhas para as lanternas.
Há várias esquadras que, este mês, tiveram turnos só com um agente
Fonte: o primeiro de janeiro