• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Proteínas da dengue

Grunge

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Ago 29, 2007
Mensagens
5,124
Gostos Recebidos
0
Proteínas da dengue

Moléculas com expressão diferenciada em células infectadas podem servir de marcadores da doença


Uma pesquisa desenvolvida na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) poderá render aos médicos uma nova ferramenta para acompanhar a evolução da dengue, doença que provocou dezenas de mortes este ano no Brasil. O grupo da UFRJ detectou proteínas que têm expressão diferenciada em células do fígado infectadas com a doença.

Os resultados, apresentados durante a 23ª Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (Fesbe), realizada de 20 a 23 de agosto em Águas de Lindóia (SP), permitirão ainda um melhor entendimento dos mecanismos da dengue.

Segundo a pesquisadora que conduziu o estudo – a bioquímica Russolina Zingali, do Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ –, o fígado é um importante órgão envolvido na evolução da dengue. O estudo das proteínas expressas pelos genes de suas células (proteômica) pode ajudar a entender melhor seu papel nessa doença. Uma abordagem parecida, usada por um outro grupo de pesquisa e também apresentada na reunião da Fesbe, permitiu um melhor entendimento de uma forma de leucemia.

Os pesquisadores analisaram células de hepatoma humano (tumor maligno de fígado) infectadas com o vírus da dengue, pois não existe modelo animal em que a doença se desenvolva de forma semelhante à dos humanos. “Identificamos, por meio da técnica de espectrometria de massa, 119 proteínas, sendo 25 exclusivas das células infectadas”, revela Zingali. Agora o grupo trabalha na identificação de seus peptídeos.

Stress oxidativo

A análise mostrou o aumento das enzimas relacionadas ao stress oxidativo nas células com dengue. A presença de uma citosina (fibra orgânica presente no citoplasma) chamada MIF, envolvida em doenças inflamatórias e auto-imunes, também estava aumentada. Além disso, foram encontradas nessas células a proteína Timp-2 e proteínas que ajudam no enovelamento da proteína viral.

O estudo também detectou, nas células infectadas, a diminuição da expressão da molécula DENV2. “Essa poderia ser a porta de entrada do vírus da dengue”, propõe Zingali. A hipótese será investigada futuramente pelos pesquisadores. O grupo pretende ainda correlacionar seus resultados com os de outra equipe, que estuda as proteínas expressas em soros extraídos de pacientes com dengue, para encontrar marcadores para a doença.




c.h
 
Topo