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Zon está em negociações "adiantadas" para lançar TV Cabo em Angola

Matapitosboss

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Set 24, 2006
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A Zon Multimédia está em "conversações adiantadas" com parceiros locais para o lançamento de uma operação de televisão por subscrição em Angola, revelaram à agência Lusa fontes próximas das negociações.

As mesmas fontes não identificaram os parceiros locais com quem a Zon está a negociar, mas adiantaram que a empresa liderada por Rodrigo Costa, que em Portugal é proprietária da TV Cabo, pretende arrancar com uma operação de televisão por subscrição em Angola já no próximo ano.

Contactadas pelo Negócios, a Zon Multimédia e o grupo Visabeira, não confirmaram as negociações e recusaram prestar qualquer declaração sobre o assunto.

De acordo com os mesmos responsáveis, além de investidores locais, a parceria poderá envolver ainda a Visabeira, grupo que é accionista da Zon e que já possui uma operação de televisão por cabo em Angola, concentrada na região de Luanda.

A entrada em Angola será o primeiro passo para a internacionalização da Zon, que desde a separação do grupo PT, em Novembro, tem vindo a concentrar-se no plano doméstico, onde possui mais de 80 por cento do mercado da televisão por subscrição.

Para a Zon, estão em cima da mesa duas opções: a implantação de uma rede cabo (o que, num país da dimensão de Angola, implicará elevados investimentos) ou uma operação por satélite, semelhante à que a empresa possui em Portugal.

Actualmente, a tecnologia via satélite possibilita algumas funcionalidades interactivas, o que tornará possível oferecer serviços com algum valor acrescentado face ao que já existe no mercado angolano, se a Zon escolher esta opção.

Por outro lado, a fragilidade da rede de comunicações angolana desaconselha operações de cabo.

Além de negociar parcerias com investidores locais, a Zon deverá procurar chegar a acordo com a Multichoice, empresa sul-africana que detém os direitos de transmissão, para a África sub-sahariana, de conteúdos como provas desportivas e séries norte-americanas.

A empresa sul-africana possui também, em regime de exclusividade, os direitos da SporTV África - transmitindo os jogos da Liga de Futebol portuguesa -, oferecendo ainda aos seus clientes um pacote lusófono que inclui os principais canais de televisão portugueses e brasileiros.

Em Angola, a Multichoice é líder de mercado na televisão por subscrição, através de uma oferta via satélite.

No entanto, e embora mantenha uma estrutura comercial no país (com assistência a clientes, cobranças, entre outros serviços), a empresa sul-africana não possui licença para operar naquele mercado, actuando num limbo legal.

A prazo, porém, a posição dos sul-africanos é relativamente frágil, pelo que um acordo de cedência de direitos à Zon poderia garantir-lhes maior estabilidade e segurança para a sua operação angolana, uma vez que a empresa portuguesa deverá obter uma licença das autoridades de Luanda para actuar no país.

Por outro lado, a Zon tem sido vista como um potencial alvo de investimento por parte da petrolífera angolana Sonangol, o que, à luz da recente orientação estratégica do governo de Luanda - que 'obriga' os grupos estrangeiros a abrirem o seu capital a investidores locais - poderia levar a uma parceria luso-angolana no mercado da televisão por subscrição naquele país.

A hipótese de um investimento da Sonangol e de outros grupos angolanos (como o liderado por Isabel dos Santos, filha do chefe de Estado angolano), na Zon tem sido comentada nos bastidores do mercado financeiro e do sector das telecomunicações português.

Várias fontes da banca de investimento contactadas pela Lusa, que pediram para não ser identificadas, afirmaram que nos últimos meses tem havido compra de acções da Zon por parte de capitais angolanos, mas sem concretizar quem são estes investidores ou a quanto ascendem os investimentos.


Fonte Inf.- Jornal de Negócios


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