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Flauta

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Fev 29, 2008
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A flauta é instrumento musical formado por um tubo oco com orifícios. Bastante antigo, a execução de tal instrumento consiste no ato de soprar o interior do tubo ao mesmo tempo em que se tapam e/ou destapam os orifícios com os dedos.


Flauta doce

A flauta doce ou flauta de bisel é um instrumento musical, mais precisamente um aerofone de aresta.

A origem deste instrumento está nos antigos instrumentos folclóricos que ainda podem ser encontrados em diversas partes da Europa hoje, como o Czakan na Hungria (6 furos) ou a flauta dupla da antiga Iugoslávia. Muitos destes instrumentos eram feitos de tubos de bambu ou cana naturais, enquanto a flauta doce era um instrumento torneado em madeira. Foi o instrumento musical mais popular na Idade Média. Ela produz um som melodioso. Como todo instrumento musical, para ser tocado é necessário estudos das técnicas. É o mais antigo dos instrumentos da família de tubo interno. Consiste em um tubo, com buracos para sete dedos e um buraco para o dedo polegar que serve como abertura de oitava. Talvez a ilustração mais antiga e incomparável seja a de uma flauta doce que está no “The Mocking of Jesus” (posterior a 1315), um afresco da Igreja de Staro Nagoricvino na Iugoslávia. Existem várias ilustrações de tubos parecidos que podem ou não serem flautas que antecedem este exemplar.

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Flautas doces de diversos registros​

História

O instrumento mais antigo e completo sobrevivendo, é a chamada flauta doce de Dordrecht datada de meados do século XIII. Esta "flauta doce medieval" é caracterizada obviamente por seu corpo estreito e cilíndrico (o transcurso largo do tubo interno no meio do instrumento é responsável pela afinação e resposta sonora) A segunda flauta doce medieval mais ou menos completa e datando do século XIV foi reportado de Göttingen (norte da Alemanha) onde foi achada em uma latrina na Weender Straßer número 26 em 1987. A “flauta doce de Göttingen” faz parte da coleção do Stadtarchäologie Göttingen.

No século XV a flauta doce se desenvolveu e passou a ser chamada como a “flauta da renascença” que alcançou seu apogeu em meados do século XVI.

Durante o século XVII foi mais usada como instrumento solo. Antes era composta de uma ou duas partes, neste século ela já era formada por três partes. Sua feição permitia produzir som com mais intensidade e com mais possibilidade de expressão. Muitas dessas formas ainda existem nos dias de hoje em condições de uso. Assim a flauta foi sendo usada até se tornar um século XVIII profissionalmente, e como instrumento amador no século XIX, até que foi sendo quase que substituída pela flauta transversal.

A flauta doce alcançou seu espaço no Novo Mundo, a partir do momento em que os colonizadores perceberam que os índios utilizavam uma cana como instrumento que era assemelhada a flauta doce. A presença física de flautas doce na América do Norte foi documentada já em 1633 quando um inventário de uma plantação em New Hampshire listou 15 flautas doces, e um inventário semelhante feito em outra proprieda de New Hampshire informou a presença de 26 flautas doce (Música 1983; Pichierri 1960: 14).

Depois do surgimento da orquestra clássica, os compositores procuravam instrumentos com maiores recursos dinâmicos. Assim, começa o declínio da flauta doce perante a flauta transversal que já por volta de 1750 praticamente desaparecia do repertório de qualquer compositor. Assim a flauta doce ficou presente apenas na história dos instrumentos musicais. Somente no final do século XIX que alguns músicos começaram a ter contato com este instrumento novamente, através de pesquisa de músicas antigas, através de literaturas musicais existentes no museu. Como por exemplo Cristopher Welch (1832-1915) e Canon Francis Galpin. Galpin, além de estudar este instrumento, ensinou sua família a tocá-lo. Mas foi o inglês Arnold Dolmetsch (1858-1940) que concluiu que a flauta doce só renasceria se sua reconstrução recebesse mesmo tratamento dos demais instrumentos. O fruto de suas pesquisas o permitiu construir um quarteto de flautas e tocá-las com sua família em um concerto histórico no Festival Haslemere em 1926. Seu filho Carl se tornou um virtuoso no instrumento e elevou-o a um nível de alta interpretação. Esse conjunto de flautas feitos por Arnold Dolmetsch, foram copiadas e produzidas em série na Alemanha, onde se tornaram muito populares.

Tubos de bambu foram introduzidos em escolas dos E.U.A. nos anos 1920 e depois nas escolas da Grã-Bretanha, quando Hilda King, diretora de uma escola em Londres, começou a ensinar seus alunos em 1926. O “Grêmio de Flautistas de Bambu”, fundado por Margaret James em 1932, foi patrocinado por Louise Hanson-Dyer na França, onde ela pôde promover compositores como Auric, Ibert, Milhaud, Roussel, Poulenc, Arthur Benjamin da Austrália e Margaret Sutherland, para escrever para este meio. Em 1935 Edgar Hunt introduzia o ensino de flauta doce nas escolas primárias inglesas, e em 1937 foi fundada a "Society of Recorder Player". Aos poucos a flauta doce ressurgia e os compositores começaram a escrever para o instrumento. Com o aumento do número de grandes intérpretes a flauta doce se tornou um instrumento de pesquisa e técnicas alternativas de execução.

Hoje em dia as flautas doces fabricadas possuem um som mais suave do que as flautas do século XVIII nas quais elas ao baseadas. No entanto, estas flautas doce neobarrocas permanecem como instrumentos para solo. Temos também hoje, a produção em série de flautas de plástico a partir de cópias de originais como, por exemplo, as japonesas Yamaha, Aulus e Zen-on, além de uma série de edições modernas facsímiles e edições antigas e manunscritos editados na Europa.

Flautistas famosos

* Jean-Pierre Rampal
* James Galway
* Alain Marion
* Frederico II da Prússia
* J.J.Quantz
* J. Hotteterre
* Paul Taffanel
* Macel Moyse



Flauta transversal

A flauta transversal, por vezes chamada simplesmente de flauta, é um aerofone da família das madeiras. É um instrumento não palhetado, possuindo um orifício por onde o instrumentista sopra perpendicularmente ao sentido do instrumento

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História

A flauta é um dos instrumentos mais antigos que se conhece, tendo sido sempre muito utilizado ou pela sua facilidade de construção, ou pelo som melodioso, de timbre doce e suave que produz. A Flauta sempre permeou o pensamento do homem, sendo associada a seres mitológicos, aos espíritos da natureza, anjos, e até Deuses...é bem perceptível a natureza mística que acompanha a Flauta, desde o seu surgimento, quando o ser humano a construia da tíbia ou de tubos de bambu, para fins festivos e/ou ritualísticos.

Até o barroco, a flauta transversal dividia igualmente o campo da instrumentação com as flautas retas, como a flauta doce. A partir do século XVIII é a Flauta Transversal que passou a ser mais importante, ocupando um posto titular no corpo das orquestras. Os motivos que levaram a ascensão da Flauta Transversal é, entre outros motivos, o maior poder de expressão, o timbre e o volume sonoro.

A flauta transversal como a conhecemos hoje (ou "flauta de concerto"), data de 1871, a partir de um aperfeiçoamento feito pelo flautista e pesquisador de instrumentos Theobald Boehm, que descreveu seu modelo de flauta no livro "The Flute and Flute playing".

Dentro de uma orquestra sinfônica há, geralmente três flautistas no naipe, geralmente as Flautas estão numa espécie de "núcleo da orquestra" onde se encontram os principais instrumentos das Madeiras (Oboé, Clarineta, Fagote e claro a Flauta) já que os solos de uma melodia geralmente são confiados à eles. É ainda comum que as flautas na orquestra dobrem a melodia dos violinos, acrescentando-lhes suavidade, brilho e claridade. A Flauta é particularmente usada em passagens rápidas e salteadas - aliás, o virtuosismo na flauta se mostra também na agilidade. Diz-se que é o instrumento mais ágil da orquestra. Porém não só a agilidade caracteriza um bom flautista, mas também a sua habilidade em produzir um volume de som equilibrado entre os registros e a pureza de seu timbre...a Flauta bem tocada parece "elevar-se", como se estivesse voando acima dos outros instrumentos. Em momentos de explosão a Flauta pode "desaparecer" porque seu timbre, por ser fluido, mistura-se com os outros instrumentos,entretanto nestas situações podemos percebe-la atuando através dos ruídos do sopro ou das ondulações do vibrato que lhe são, em certas proporções, características particulares.'']]

Registro e Extensão

A extensão normal da flauta é de três oitavas, do Dó3 (Dó central no piano) ao Dó6. Estudos acústicos levaram os flautistas a conseguir obter um maior alcance no instrumento, podendo chegar até o Sol6 e, dependendo do flautista, até ao Dó7.

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Técnica

Na flauta, a emissão do som é relativamente fácil, levando ao virtuosismo quase espontâneo no que diz respeito à velocidade. Não tão fácil é obter um som vibrante sem ser vulgar no forte ou inconsistente no piano. As dificuldades de execução apresentam-se também pela natureza heterogénea dos registros, tanto tem timbre, quanto em volume de som. O agudo é potente e brilhante, e o grave, aveludado e de difícil emissão. O controle da embocadura, por se tratar de um instrumento de embocadura livre, deve ser minucioso, já que pequenas alterações no ângulo do sopro interferem bastante no equilíbrio da afinação.

Recursos comuns na flauta transversal

- A Flauta sempre foi um instrumento muito privilegiado no que diz respeito a recursos e ornamentos. Grande parte dos recursos musicalmente conhecidos são executáveis na Flauta, salvo as particularidades e dificuldades inerentes ao próprio instrumento.

* Vibrato - introduzido pela escola francesa, é feito a partir do diafragma, semelhantemente ao vibrato vocal. Existe também a possibilidade de realizar o vibrato utilizando-se das chaves em forma de anel presentes em algumas flautas. O abuso do vibrato por parte de flautistas leva a interpretações erradas, tocando em vibrato passagens que deveriam soar limpas e serenas.

* Glissando - consiste em "deslizar" entre as notas, seja por meio das chaves ou por alterações na embocadura.

* Harmônicos - feito ao mudar a embocadura e a direção da coluna de ar, obtendo uma nota diferente da que seria a da digitação fundamental. O timbre é mais doce e etéreo do que o da nota "real".

* Multifonia - consiste em solfejar e tocar ao mesmo tempo, o resultado é um som cortante e agressivo. (técnica mais moderna)

* Frullato - pronuncia-se a letra "R" (sem voz) enquanto toca, dando à nota uma intermitência. (técnica também conhecida por Fluterzung e sempre foi característica própria deste instrumento, mas seu uso se tornou mais evidente em épocas mais atuais)

* Polifonia ou Nota dupla - através de pesquisa foram descobertos alguns intervalos de notas possíveis de se emitir na flauta usando digitação especial e de um sopro mais "difuso", de forma a permanecer entre dois sons harmônicos. (técnica moderna)

* Trinados, trêmolos, mordentes, staccatos, legatos e outros compõem uma lista vasta de ornamentos e expressões muito comuns na execução da Flauta.


Fabricação

O instrumento era feito originalmente de madeira, passando-se posteriormente a fabricá-lo em prata ou outro metal, que confere uma maior intensidade do som, melhor afinação, mais facilidade de uso das chaves. Ainda há orquestras na Alemanha que utilizam flautas de madeira, justificando-se pela beleza timbrística inigualável.

A classificação nos diz que a Flauta pertence às Madeiras embora a sua construção seja geralmente feita de metal. A Classificação no entanto não se embasa na construção, mas na natureza dos timbres. As Madeiras caracterizam pela diversidade de timbres e pela delicadeza destes.

Na fabricação da Flauta, atualmente existem flautas feitas em Níquel e banhadas em prata...outras já são feitas em Prata e algumas são feitas de Ouro. Existe algumas marcas como a Muramatsu, Yamaha, Haynes, Sankyo que constroem Flautas de Platina. Muito se discute a questão do tipo de metal e as conseqüências que ele acarreta no som. Sabe-se que as Flautas de Ouro possuem um timbre "mais definido" enquanto as de Prata possuem o possuem "mais fluido e aberto".

Uma Flauta é um tubo aproximadamente cilíndrico dividido em três partes principais: Bocal ou Cabeça, Corpo e Pé.

* O bocal possui um orifício com as bordas em formato adequado para que o instrumentista apoie comodamente o lábio inferior (porta-lábio). Numa extremidade, há uma peça móvel formada cortiça com um ressonador de metal, movendo-se-a, ajusta-se a afinação da flauta (geralmente as flautas vêm com um bastão indicando a distância correta do ressonador ao centro do orifício. Na outra extremidade, encaixa-se o corpo. O tamanho e forma do orifício pode alterar radicalmente todo o funcionamento e execução.

* O corpo possui diversas perfurações e um sistema complexo de chaves, atualmente usa-se o sistema de Boehm, e outros mecanismos adicionais como rolamentos para o dedo mínimo na chave fundamental de Dó e o Mi Mecânico que auxilia a emissão desta nota em oitavas agudas, além de outros.

* O pé é uma extensão do corpo, possuindo três ou quatro chaves. Termina geralmente na chave de Dó, mas há flautas que se estendem até o Si2.


Cuidados

* Limpar sempre com flanela, por dentro e por fora, guardando-a sempre seca.
* Ter cuidado com o bocal.
* Ter leveza nos dedos ao acionar as chaves.
* Guardar sempre a flauta no estojo e na bolsa.
* Encaixar delicadamente as partes da Flauta.
* Higienizar a boca e as mãos antes de tocar.
* Tocar sempre com a postura correta.


Lista de flautistas

* Allan Sobral
* Minha Vó
* Maria Alineclecia "Flautista" ou "tia aline"
* Alan F. da Penha
* Altamiro Carrilho
* Ivens Denner
* Andrew Latimer
* Artur Andrés Ribeiro
* Caio Aragão
* Carlos Poyares
* Carlos Malta
* Carolina da Silva Arruda Schweter
* Charles Gonçalves
* Copinha~
* Emanuel Libório
* Eliézer A M Andrade
* Felipe Brás da Silva
* Ian Anderson
* James Strauss
* Joaquim Antônio da Silva Calado
* Madalena Salles
* Patápio Silva
* Patolino Zé Brigão
* Plauto Cruz
* Vericio Lima Carvalho
* Edilene (Lenynha )
* João Paulo Oliveira




Fonte: wikipedia
 
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