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Casamento entre homossexuais não é assunto prioritário para o PS
Propostas vão serchumbadas
Os projectos do Bloco e dos «Verdes» sobre o casamento entre homossexuais não vai passar no Parlamento. PS e PSD vão votar contra
O Parlamento discute no próximo dia 10 de Outubro um projecto do BE e outro dos «Verdes» que permitem o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo, mas o diploma não deve passar em plenário, uma vez que o Partido Socialista vai votar contra, ao mesmo tempo que o PSD também irá maioritariamente chumbar o projecto-lei. Aliás, a Direcção do Grupo Parlamentar do PS vai propor aos seus deputados que votem contra os projectos do Bloco de Esquerda e «Os Verdes», impondo até disciplina de voto nas duas votações. 'O tema não faz parte da agenda do PS para a actual legislatura. Se não houver alteração [na reunião do Grupo Parlamentar do PS], o voto é contra', declarou ontem o vice-presidente da bancada socialista Ricardo Rodrigues. Interrogado sobre a possibilidade de a temática em torno dos casamentos homossexuais ser encarada como uma questão de consciência, justificando-se como tal a liberdade de voto, o vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS rejeitou essa perspectiva. Ricardo Rodrigues contrapôs que os casamentos homossexuais são 'uma questão de direitos',
Por seu lado, o maior partido da Oposição, o PSD, ainda não decidiu oficialmente a forma como vai votar, no entanto, intervenções de dirigentes sociais-democratas não deixam dúvida: o voto é contra. Luís Marques Guedes, secretário-geral do partido, assegurou que o PSD irá divulgar brevemente a orientação do partido, no entanto, sublinhou que vota contra as propostas. Marques Guedes adiantou que 'o PSD vai seguramente ter uma posição oficial sobre a matéria, como teve em relação ao divórcio', referindo que 'ainda não houve discussão no partido', O secretário-geral do PSD considerou improvável que haja liberdade de voto para os deputados do grupo parlamentar social-democrata nesta matéria: 'Dificilmente acho que possa ser entendida como uma questão do foro íntimo', Também o líder da JSD, Pedro Rodrigues, declarou-se a favor de um contrato civil que permita a união de duas pessoas do mesmo sexo, mas alertou que estender o casamento aos homossexuais 'abre a porta à adopção',
Já o CDS/PP disse respeitar 'as opções de vida de cada um', mas recusa modificações à natureza jurídica do casamento. 'Uma coisa é o devido respeito às opções de vida de cada um, outra é modificar a natureza jurídica do casamento', afirmou Diogo Feio, desvalorizando as propostas por considerá-las 'uma forma de pressão', sobre o PS em ano eleitoral.
O Grupo Parlamentar do Partido Socialista vai impor disciplina de voto
DR
Propostas vão serchumbadas
Os projectos do Bloco e dos «Verdes» sobre o casamento entre homossexuais não vai passar no Parlamento. PS e PSD vão votar contra
O Parlamento discute no próximo dia 10 de Outubro um projecto do BE e outro dos «Verdes» que permitem o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo, mas o diploma não deve passar em plenário, uma vez que o Partido Socialista vai votar contra, ao mesmo tempo que o PSD também irá maioritariamente chumbar o projecto-lei. Aliás, a Direcção do Grupo Parlamentar do PS vai propor aos seus deputados que votem contra os projectos do Bloco de Esquerda e «Os Verdes», impondo até disciplina de voto nas duas votações. 'O tema não faz parte da agenda do PS para a actual legislatura. Se não houver alteração [na reunião do Grupo Parlamentar do PS], o voto é contra', declarou ontem o vice-presidente da bancada socialista Ricardo Rodrigues. Interrogado sobre a possibilidade de a temática em torno dos casamentos homossexuais ser encarada como uma questão de consciência, justificando-se como tal a liberdade de voto, o vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS rejeitou essa perspectiva. Ricardo Rodrigues contrapôs que os casamentos homossexuais são 'uma questão de direitos',
Por seu lado, o maior partido da Oposição, o PSD, ainda não decidiu oficialmente a forma como vai votar, no entanto, intervenções de dirigentes sociais-democratas não deixam dúvida: o voto é contra. Luís Marques Guedes, secretário-geral do partido, assegurou que o PSD irá divulgar brevemente a orientação do partido, no entanto, sublinhou que vota contra as propostas. Marques Guedes adiantou que 'o PSD vai seguramente ter uma posição oficial sobre a matéria, como teve em relação ao divórcio', referindo que 'ainda não houve discussão no partido', O secretário-geral do PSD considerou improvável que haja liberdade de voto para os deputados do grupo parlamentar social-democrata nesta matéria: 'Dificilmente acho que possa ser entendida como uma questão do foro íntimo', Também o líder da JSD, Pedro Rodrigues, declarou-se a favor de um contrato civil que permita a união de duas pessoas do mesmo sexo, mas alertou que estender o casamento aos homossexuais 'abre a porta à adopção',
Já o CDS/PP disse respeitar 'as opções de vida de cada um', mas recusa modificações à natureza jurídica do casamento. 'Uma coisa é o devido respeito às opções de vida de cada um, outra é modificar a natureza jurídica do casamento', afirmou Diogo Feio, desvalorizando as propostas por considerá-las 'uma forma de pressão', sobre o PS em ano eleitoral.
O Grupo Parlamentar do Partido Socialista vai impor disciplina de voto
DR
Fonte: o primeiro de janeiro