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Combustíveis: Associação quer "paralisar venda" de gasolina e gasóleo no sábado

Hdi

GF Ouro
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Set 10, 2007
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A associação de consumidores DECO quer paralisar a venda de combustíveis no sábado, num protesto contra a actual situação do mercado que visa canalizar a onda de indignação popular face ao comportamento das petrolíferas.

É a terceira jornada nacional de protesto da DECO - que se afirma a maior associação do país, com 380 mil membros -, depois das acções que promoveu no final da década de 1990 contra a cobrança de uma taxa de activação nas chamadas da Portugal Telecom (PT) e mais recentemente contra o pagamento de uma taxa sobre a utilização do Multibanco.

Duas acções que a DECO considera "um êxito" e que agora quer repetir - juntando um slogan e um cartaz a uma rede de associados e à "indignação" dos consumidores. Novo alvo: o mercado de combustíveis em Portugal, que a associação considera "não ser concorrencial" e estar a ser regulado de forma deficiente por parte da Autoridade da Concorrência e do Governo.

"Somos contra a forma como o mercado está organizado em Portugal. Têm de ser tomadas medidas para alterar esta composição do mercado porque [apenas] é óptima para as petrolíferas: rapidamente sobem o preço quando o barril do petróleo sobe nos mercados internacionais mas depois tardam em baixar o preço quando o petróleo desce. Neste retardar do abaixamento do preço prejudicam claramente o consumidor", disse hoje à Lusa o secretário-geral da DECO, Jorge Morgado.

"O mercado não tem concorrência, existe uma situação de oligopólio em que o mercado é efectivamente dominado por três ou quatro empresas. Uma delas, a GALP, é maioritária dentro destas porque é a única que tem refinação e que tem uma posição dominante nos postos de abastecimento, na venda directa aos consumidores", acrescentou o mesmo responsável.

"De facto, temos um mercado completamente cristalizado e telecomandado em termos de preço pelas petrolíferas, em primeiro lugar pela GALP", afirmou Jorge Morgado.

Por outro lado, a DECO - que tem recebido centenas de queixas de consumidores revoltados - considera que a Autoridade da Concorrência deveria ter fiscalizado melhor o mercado. Só que, diz a DECO, dos processos de investigação abertos "nunca houve resultados palpáveis".

"Tudo isto levou-nos a organizar o protesto, porque sentimos que é através de uma acção fortemente participada que se poderá fazer pressão sobre as petrolíferas, sobre a Autoridade da Concorrência - a opinião pública considera que não está a ser eficaz - e sobre o próprio Governo", concretizou Jorge Morgado.

Para organizar este protesto, explicou Jorge Morgado, a DECO envolveu por um lado a sua estrutura (sede e delegações regionais) e os seus associados, criou um slogan, um cartaz e um panfleto a distribuir hoje em várias cidades do país.

"A DECO é a maior associação do país (tem 380 mil membros), dez por cento das famílias portuguesas são sócias. Foi-lhes comunicado através de uma newsletter, mas sentimos que isto ultrapassa em muito os associados da DECO. Temos sempre em cada dia muitos contactos telefónicos e pessoais com consumidores a propósito de diversos temas de consumo. Utilizámos também esses contactos para lembrar às pessoas que isto estava a acontecer", afirmou Jorge Morgado.

Por tudo isso, considerou o responsável, a DECO tem "indícios de que será uma jornada muito participada".

"Não só pelos mails que recebemos, pelos comentários que recebemos através da Internet, dos telefonemas para a sede e para as delegações regionais, [mas também] pelas iniciativas das pessoas, que têm mandado e-mails e mensagens SMS para os amigos", contou Jorge Morgado.

Lusa
 
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