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Anémonas

Satpa

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Anémonas


Muitas variedades de cores e padrões. Sempre apresentam "verrugas" logo abaixo do disco tentacular. No mar, se encontram geralmente enterradas parcialmente no sedimento do fundo, e portanto devemos providenciar o mesmo ambiente. Muito resistentes, aceitam uma ampla variedade de possíveis iluminações fluorescentes ou HQI's e correntes de água, mas preferem forte movimentação, e gostam de ser alimentadas de vez em quando, embora isso esteja longe de ser uma obrigatoriedade. Abrigará palhaços de diversas espécies, inclusive o True Percula, mas com maior facilidade a espécie Amphiprion Clarkii. Tem a tendência de sair "andando" como a grande maioria das espécies de anémona, mesmo após ter passado longo tempo sentindo-se satisfeita num determinado lugar. Por isso, evite, ou tome muito cuidado ao colocar anêmonas em um aquário bem habitado por corais. Podem matá-los por "bombardeamento" químico.

doreensis.jpg

Macrodactyla doreensis
(Long Tentacle Anemone)

aurantiaca.jpg

Condylactis aurantiaca

arboreum.jpg

Actinodendron arboreum

cgigantea.jpg

Condylactis gigantea

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Heteractis crispa

parthenopea.jpg

Andresia parthenopea

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Cerianthus sp.

piscivora.jpg

Urticina piscivora

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Urticina felina

piscivora.jpg

Urticina lofotensis

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Actinia equina

hsebae.jpg

Heteractis sebae

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Heteractis magnifica

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Heteractis malu

gigante.jpg

Stichodactyla gigantea

fimbriatus.jpg

Pachycerianthus fimbriatus​

Aqualândia
 

helldanger1

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Anêmonas e palhaços

Muitos aquários são montados com o intuito de manter anêmonas e peixes palhaço. A justificativa é simples; um dos relacionamentos mais interessantes da Natureza pode ser replicado em nossos tanques com relativa facilidade. A visão de um ou mais palhacinhos vivendo com uma anêmona é intrigante e magnética aos olhos. Abaixo, veremos as necessidades desses animais, maneiras de mantê-los e algo de seu comportamento.

Anêmonas

O que são ?

Anêmonas, por difícil que possa ser acreditar, são aparentadas aos corais duros. Constituídas de um corpo mole e pegajoso, podem se parecer com corais moles, mas têm pouco ou quase nada a ver com eles. Pertencem ao filo Cnidaria (Celenterata) e produzem nematocistos (estruturas urticantes), daí sua classificação nesse filo. Possuem uma única cavidade corporal, que lhes serve ao mesmo tempo de boca, ânus, pulmão, estômago, intestino e sistema circulatório. Existe apenas uma única abertura nessa cavidade, comumente chamada de boca, por onde passam a comida, os dejetos, a água e os gametas que produz. A boca é cercada de tentáculos de formato filamentar, tipicamente carregados de nematocistos. Essas estruturas servem primordialmente para a captura de presas com que se alimenta. Sua defesa também conta principalmente com eles. Toda anêmona possui um pé que lhe permite se mover e fixar ao substrato escolhido. Sue estrutura geralmente opõe o pé à boca, de forma que esta sempre está voltada para a corrente de água a fim de possibilitar captura de alimento. As dez anêmonas que farão parte deste artigo são justamente as que abrigam peixes palhaço, e curiosamente são bem pouco aparentadas entre si. Existem três famílias que possuem anêmonas simbiontes de palhaços; Entacmea e Macrodactyla fazem parte da maior delas, a Actiniidae. Stichodactylidae abriga Heteractis e Stichodactyla, e finalmenteThalassinthidae abriga Cryptodendrum. Como e porquê gêneros tão diferentes abrigam palhaços permanece um mistério. Provavelmente, ocorreu uma adaptação entre esses animais de maneira que ambos se ajudam mutuamente na defesa contra predadores; a mesma solução biológica encontrada por todos não passa de coincidência. A razão de nem todas as espécies de anêmonas abrigarem palhaços na Natureza é um mistério. Por outro lado, observamos que palhaços sem sua anêmona "natural" em aquários adotam muitos tipos de animais como "lar", inclusive anêmonas Condylactus e corais duros ou moles. O palhaço parece ter uma atração natural por se abrigar entre tentáculos de invertebrados, pois mesmo peixes criados em cativeiro, sem nunca ter tido contato com anêmonas, adotam esse comportamento.

Anêmonas são animais incrivelmente simples anatomicamente. Possuem, por outro lado, todo o equipamento natural para que sejam um tremendo sucesso biológico; podem se mover por conta própria a fim de procurar um lugar favorável em seu ambiente, se defendem por intermédio de seus nematocistos, que também as ajudam a se alimentar, possuem a habilidade de se encolher rapidamente e praticamente desaparecer para se proteger, e crescem em velocidade impressionante quando as condições favorecem. As anêmonas simbiontes de palhaços são extremamente longevas; indicíduos com idade estimada em 300 anos são menos incomuns do que se imagina (Fautin, 1990). Grandes "campos" de anêmonas nos recifes de corais de diversos locais ao redor do mundo demonstram que esses animais são capazes de se multiplicar por divisão corporal, expediente reprodutivo extremamente eficaz sob o ponto de vista energético. Produzir gametas é, para qualquer tipo de ser, tarefa energeticamente cara, sendo a divisão uma solução rápida e eficaz para perpetuar a espécie. A reprodução sexuada, por intermédio de gametas, se dá em conjuto com a dos corais, seguindo sua sazonalidade típica; na época de reprodução dos outros invertebrados nos recifes de corais, as anêmonas liberam seus gametas.

Existem indivíduos machos e fêmeas. A definição de sexo ocorre na idade de maturação do animal e as razões que direcionam essa orientação são pouco compreendidas. Curiosamente, num agrupamento de anêmonas, há grande equilíbrio entre os gêneros sexuais. Muito interessante notar que é muito difícil observar-se anêmonas pequenas, ou em fase pós larval nos recifes. Isso leva os cientistas a crer que a reprodução sexuada é extremamente pouco eficaz. Em algumas espécies pode haver incubação interna das larvas pela fêmea, que liberaria pequenas anêmonas jovens. O fato é típico de animais muito longevos, pois a baixa taxa de fertilidade efetiva seria compensada pela idade que cada animal é capaz de atingir.

A capacidade de defender-se e capturar alimento por intermédio dos nematocistos foi determinante na história biológica desses animais. O nematocisto é uma estrutura fabricada no interior da célula da anêmona, e se concentra partilularmente nos seus tentáculos. Existem nematocistos internos, localizados junto à estrutura digestiva do animal, onde são determinantes para a efetivação da digestão. A estrutura do nematocisto é composta de uma cápsula quer contém um túbulo em forma de arpão várias vezes mais longo do que a cápsula. Quando a cápsula é estimulada a disparar, o túbulo é lançado, evertendo a cápsula e perfurando ou envolvendo o alvo. Existem mais de 30 tipos de nematocistos, e provavelmente todos contém toxinas, que são injetadas na vítima pelo túbulo. A maior questão sempre foi a capacidade do palhaço de não ser ferido por essas estruturas. A anêmona tem grande capacidade de resolver se dispara ou não ou nematocistos, em uma combinação química e física que determina a presença de inimigos. Como ela faz para definir o palhaço como não-agressor é um mistério.
 

helldanger1

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A aproximação do peixe é típica em todas as espécies; avistada a anêmona, o peixe parece saber o que ela representa, tanto na figura de um excelente abrigo quanto de ameaça mortal. Peixes palhaço que inadvertidamente se aninham entre os tentáculos de anêmonas com muita rapidez, assim que as vêem, normalmente são mortalmente feridos. O que se observa mais comumente, porém, é uma interessante dança de apresentação do peixe para sua futura "casa"; aproximando-se cuidadosamente da anêmona, o palhaço primeiro a toca muito rápida e gentilmente com o focinho e/ou a cauda. Sempre chegando perto da anêmona pela vizinhança de sua base (em que não há nematocistos), ele "esbarra" nela e se distancia, nadando com velocidade. Os contatos vão se tornando mais longos, e em determinado momento o palhaço pode ser visto entre os tentáculos da anêmona. O comportamento de aproximação pode durar de algumas horas a alguns dias, e o palhaço aparenta grande ansiedade durante esse período. Por esse comportamento ser típico até com palhaços criados em cativeiro, é de se especular que o peixe adquire aos poucos a imunidade aos nematocistos da anêmona. Rápidos movimentos de tremor do palhaço após o toque demonstram que a "entrada" na anêmona não é uma coisa totalmente confortável. Parece que, de vez em quando, o palhaço tem pressa em acabar logo com essa fase, mas se queima se for precipitado. A aproximação paulatina é bem segura, no entanto, e parece ter a ver com o muco dos dois animais. De alguma maneira o peixe é capaz de se imunizar em relação aos nematocistos, evitando seu disparo e se tornando parte da anêmona, até onde ela compreende isso. O fato é que, num primeiro momento, a associação parece ser muito mais benéfica para o peixe; o abrigo oferecido por um animal muito maior que ele, que apresenta defesa tão formidável, é algo a se considerar. Por outro lado, palhaços - que são Pomacentrídeos (donzelas) - defendem suas anêmonas ferozmente, e muitos são vistos "guardando" alimento entre seus tentáculos.

Se o palhaço apenas tenta armazenar alimento na anêmona ou intencionalmente a alimenta permanece questão de debate, mas ele faz isso sempre. As atitudes do palhaço firmemente demonstram que a simbiose entre os dois animais é benéfica a ambos. O palhaço defende seu território, que é principalmente sua anêmona, e ainda a alimenta. Observações de campo sugerem que anêmonas desprovidas de seus palhaços são rapidamente atacadas por predadores, ao mesmo tempo que palhaços cujas anêmonas são retiradas também ficam à mercê de predadores, tornando a necessidade de um pelo outro muito acentuada. Em aquários, é possível manter um sem o outro, mas nos mares isso já parece impossível. É raríssimo ver-se anêmonas sem seus palhaços, e também avistar palhaços sem suas respectivas anêmonas. Uma vez "dentro" da anêmona, raramente o peixe se distancia dela mais que um metro. As incursões também são feitas só quando o peixe sente segurança. De qualquer forma, os passeios são raros. Anêmonas "fechadas", quase totalmente contraídas, podem ser vistas com seus palhaços imersos. O peixe acompanha a retração de tecido da anêmona, e praticamente desaparece junto de seus tentáculos. O relacionamento entre eles parece não ter mais retorno possível; nos mares, um não é mais capaz de viver sem o outro.
 

helldanger1

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Como comprar

Muito simples; nunca compre anêmonas que estejam com a "boca" aberta. Animais saudáveis nunca se apresentam assim. A boca deve estar fechada e o disco oral aberto e com coloração firme. Não pode estar saindo nada pela boca da anêmona; muco, alimento ou mesmo a parte interna da anêmona. O pé deve estar sempre ligado a algum substrato firme; se a anêmona estiver solta, girando e dando cambalhotas pelo aquário da loja, evite-a. Um dos sinais de que ela tem boa capacidade de se manter em ordem é a condição de seu pé. Podendo grudar-se a algo, ela tem mais chance de estar com o pé intacto e sem ferimentos. Pé machucado pode levar o animal à morte, e é por aí que a anêmona sofre as maiores atrocidades; no mar, está firmemente agarrada a algo pelo pé. Se for coletada de maneira inapropriada, um ferimento pode surgir e infeccionar, levando o animal à morte quase inevitável. Anêmonas que apresentem rasgos no disco oral devem ser imediatamente desconsideradas.

Qualquer anêmona de palhaço é igual ou mais difícil do que qualquer coral em relação a manutenção e requisitos em aquários. As pessoas que dizem o contrário são ignorantes, de caráter duvidoso ou ambos ao mesmo tempo. Não sei de onde saiu essa conversa de que "anêmona é fácil de manter, pois "agüenta" calor" (sic). Pura bobagem. Anêmonas são animais delicados e requerem muita luz e condições de água limpíssima. Não caia em papo furado.

O maior crime cometido contra anêmonas é uma prática antiga e hoje mais rara do que até alguns anos atrás. A prática consiste em coletar anêmonas de coloração pouco interessante e tingí-las de amarelo. Isso mesmo - tingir com corante ! Nem deveria ser necessário dizer, mas aí vai: não compre anêmonas amarelas ! Anêmonas amarelo-claras normalmente são animais verdes que estão perdendo zooxanthellae. Evite-as. À medida em que o consumidor evitar as coisas monstuosas como essa, o mercado passará a não oferecê-las mais.
 

helldanger1

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Como colocar no aquário

Veremos abaixo que muitas anêmonas se dão muito bem em substrato de areia, portanto soltá-las gentilmente - sem rede !!!!!! - junto ao fundo do aquário é o melhor a fazer. Manusear o mínimo possível mas com calma é imperativo, sendo que nesse processo pode-se observar a condição geral do pé do animal. Todas as anêmonas são capazes de andar, e muito provavelmente o farão assim que colocadas no aquário. Não insista em que ela fique onde você quer. Ela vai escolher o local para se fixar, e a nós basta apenas respeitar sua escolha. Anêmonas muito manuseadas podem ser machucadas, e possuem massa corpórea relativamente grande para tornar qualquer aquário num poço de meleca, se vierem a morrer. Cuidado. Não mexa nela, não a cutuque e não a empurre de um lado para o outro do aquário. As espécies que precisam de mais luz e corrente d'água - coisas geralmente encontradas perto da superfície - galgarão as rochas até atingir o local apropriado. É importantíssimo aclimatar a anêmona lentamente, por cerca de 40 minutos a uma hora. Composta fundamentalmente de água, é necessário dar a ela tempo de trocar sua água com a do aquário.
 

helldanger1

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Alimentação

Todas as anêmonas objetos deste artigo gostam de alimento "extra", apesar de possuírem algas simbiontes (Zooxanthellae). Pedaços pequenos de camarão, lula, peixe e outros ítens marinhos, assim como peixinhos inteiros são muito apreciados. A freqüência da alimentação é fundamental; anêmonas possuem metabolismo ditado pela temperatura da água. Alimentá-las uma ou no máximo duas vezes por semana, com pequenos pedaços de comida de cada vez, é melhor do que dar um camarão inteiro uma vez por mês. Anêmonas superalimentadas podem apodrecer e morrer, pois são incapazes de digerir muita comida de uma vez só. Alimente com pequenas quantidades, começando com uma vez a cada quinze dias. Anêmonas recém introduzidas no aquário se adaptam devagar e não devem ser alimentadas antes de 15 dias.
 

helldanger1

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Espécies

Das dez espécies mais comumente importadas - pois todas são originárias da região do Indo-Pacífico e Mar Vermelho, algumas são bem fáceis de se manter em aquários, enquanto ao menos uma é uma verdadeira charada. Veremos a seguir as espécies e sua disponibilidade e dificuldade de manutenção. Todas sem exceção abrigam algas simbioentes (Zooxanthellae).



Cryptodendrum adhaesivum

Descrita em 1877, é raramente importada e sempre confundida com "carpet". Nos EUA, é chamada de "pizza anêmone" por ter as bordas de cor geralmente diferente do disco oral. É extremamente "grudenta" ao toque, possui tentáculos curtos, sendo que os mais próximos à boca são ramificados, e os mais próximos da borda são não ramificados e bem mais curtos. Os da borda são de cor diferente dos outros, tornando assim fácil identificar essa espécie. Cresce até cerca de 30 cm de diâmetro. Pode ser verde com rosa, amarela com verde, fúcsia com amarelo, branca com rosa ou verde e várias outras combinações de duas cores (uma no miolo e outra na borda). Encontrada desde o Mar Vermelho até a Melanésia e Micronésia a leste, e do sul do Japão ao norte da Austrália, passando por Maldivas, Tailândia e Polinésia. Costuma alojar-se no fundo de areia, mas pode ser encontrada ligada à rocha. Gosta de muita luz e correntes intermitentes e fortes de água. Geralmente, é encontrada em forma solitária. Dificilmente se divide. Aceita alimento do aquarista, e na Natureza aparentemente se aproveita também de fitoplâncto, além de zooplâncto. Abriga poucas espécies de peixes palhaço, talvez por ser tão carregada de nematocistos em formas extremamente urticantes; são encontradas em simbiose com A. clarkii (Sebar clown) no mar, e em aquários acabam "aceitando" A. frenatus (Tomato) e P. biaculeatus (Maroon).



Entacmaea quadricolor

Descrita em 1828, é sempre importada sob diversos nomes comuns. Talvez seja a anêmona que pode ser encontrada com a maior variedade de espécies de palhaços. Tem a característica de, sob certas condições ainda misteriosas, formar perto das pontas dos tentáculos protuberâncias em forma de bulbos. Quando recém importada raramente forma bulbos, e pode ser confundida com outras espécies. Possui tentáculos longos, que atingem entre 10 e 12 cm de comprimento. É a única espécie de anêmona que se associa a palhaços que tem a coluna sem verrugas e também a única que cria os bulbos nos tentáculos. Pode ser rosada ou esverdeada, mas normalmente é marrom. A formação dos bulbos já foi tida como sinal de boa saúde da anêmona, mas isso parece ser apenas indício, e não certeza. Muito curiosamente, ela intercala períodos de tentáculos com e sem bulbos. Às vezes, aparecem bulbos em alguns tentáculos e noutros não. É encontrada em simbiose com Amphiprion akindinos, A. allardi, A. bicinctus, A. chrysopterus, A. clarkii, A. ephippium, A. frenatus, A. mccullochi, A. melanopus, A. omanensis, A. rubrocinctus, A. tricinctus e Premnas biaculeatus. Normalmente presa a uma greta profunda na rocha, se mostra à medida em que é exposta à luz. Gosta de alimento oferecido pelo aquarista, aceitando bem artêmia salina, pedacinhos de peixe, camarão, lula, siri ou caranguejo, enfim; qualquer alimento, inclusive flocos. É talvez a anêmona de palhaço mais fácil de ser mantida em aquários.



Heteractis aurora

Raramente importada. Chega a 25 cm, com tentáculos entre 5 e 20 cm de comprimento. Normalmente marrom ou arroxeada, tem por característica principal a formação dos tentáculos; formados por aglomerações parecidas com bolinhas coladas umas às outras, de tons intercalados da mesma cor. Muito grudenta ao toque e, por conseqüência carregadíssima de nematocistos. Aparece sempre enterrada parcialmente em fundo de areia, e ocorre desde o Mar Vermelho até a Austrália, e do sul do arquipélago japonês (Is. Ryukyu) até o sul de Madagascar. Associa-se a Amphiprion akyndinos, A. allardi, A. bicinctus, A. chrysogaster, A. chrysopterus, A. clarkii e A. tricinctus. Não é muito fácil de manter em aquários.



Heteractis crispa

Possui tentáculos longos com até 12 cm de comprimento, de pontas rosas, malvas, azuis ou roxas. A coluna é provida de verrugas e quase sempre marrom em coloração. Possui muitos tentáculos, tendo sido contados até 800, e normalmente se enterra em substrato macio como areia ou lama. Raramente vive ligada a rochas ou corais. Ocorre desde o Mar Vermelho ao norte até o sul da Austrália, e até a Melanésia a leste. Abriga uma série de palhaços: Amphiprion akyndinos, A. bicinctus, A. chrysopterus, A. clarkii, A. ephippium, A. latezonatus, A. leucokranos, A. melanopus, A. omanensis, A. polymnus, A. percula, A. perideraion, A. sandaracinos e A. tricinctus. As verrugas da coluna a ajudam a grudar em pequenos pedaços de rocha enterrados no sedimento. É fácil de manter em aquários. Aceita vasta gama de alimentos, como H. aurora.



Heteractis magnifica

É a mais desejada e também a mais difícil anêmona de se manter em cativeiro. Sua atração maior é a coloração surpreendente, combinando cores de maneira incrível. A base pode ser rosa, roxa, azul, verde, vermelha ou laranja. Os tentáculos, geralmente de cor marrom, verde, roxa, branca, amarela ou beije, de pontas de cor ainda diferente da base ou dos tentáculos. É realmente muito difícil de manter, e demanda altos preços nas lojas. Ocorre desde o Mar Vermelho até o sul da África, passando por Is. Maldivas, Indonésia e Malásia, atingindo a Polinésia Francesa a leste. Quase sempre encontrada ligada firmemente a rochas, em locais de forte exposição à luz e correnteza de água. Os tentáculos são muito numerosos, de comprimento entre 5 e 8 cm, formando um disco oral que pode atingir um metro de diâmetro. Normalmente, porém, é vista com 30 a 50 cm de diâmetro. Associa-se a A. akallopisos, A. akindynos, A. bicinctus, A. chysogaster, A. chrysopterus, A. clarkii, A. leucocranos, A. melanopus, A. nigripes, A. ocellaris, A. percula e A. perideraion. Costuma "queimar" seres humanos quando tocada, sendo portanto uma anêmona bem fornida de nematocistos. Cresce rápido e chega facilmente a ficar desproporcional em relação ao tamanho do aquário. Indicada apenas a aquaristas muito experientes. Costuma galgar as rochas do aquário até atingir seu topo, onde se posiciona em local em que receba muita luz e correnteza de água. Se colocada em aquário com pouca iluminação, desbota até ficar beije clara, e pode vir a morrer. Apenas alimento fornecido pelo aquarista parece não bastar. Sua maneira de se posicionar na rocha, completamente exposta, é única entre as anêmonas simbiontes de palhaços. É muito comum ver esse tipo de anêmona em pináculos de rocha.



Heteractis malu

Raramente importada, pequena em dimensões se comparada a outras anêmonas que abrigam palhaços. Associa-se apenas a Amphiprion clarkii, e habita desde o Hawaii até a Austrália, e ao norte até o Japão, passando por Indonésia e Filipinas. Possui tentáculos de cerca de 4 cm, com um anel de cor escura a meio caminho da ponta. Quase sempre é vista enterrada parcialmente na areia. Chega a 20 cm de diâmetro, e é de cor beije bem claro, quase branca. A coluna pode ter verrugas amarelas. Pode se enterrar completamente na areia quando ameaçada. Não é difícil de manter em aquários, e aceita bem alimentos dados pelo aquarista.



Macrodactyla doreensis

Sempre importada, e sob diversos nomes comuns. Possui relativamente poucos tentáculos no disco oral, geralmente da mesma cor do disco; são esverdeadas ou arroxeadas, sendo que indivíduos bem roxos são muito valorizados e raros. Muito grudenta ao toque, pode ser encontrada com a coluna enterrada na lama; possui base laranja, amarela ou vermelha. Aceita bem alimentos dados pelo aquarista e gosta de luz média a forte. Corrente de água intermitente fraca a média é mais bem aceita do que permanente e unidirecional. Habita águas rasas, até 5 metros de profundidade. A coluna apresenta verrugas pequenas, ovaladas e dispostas em linhas longitudinais. Anêmona muito encontrada sem peixe nenhum, associando-se apenas a A. chrysogaster, A. clarkii e A. perideraion. Cresce até 50 cm de diâmetro. É fácil de manter em aquários.



Stichodactyla gigantea

Possui tentáculos curtos, entre 1 e 1,5 cm, que sempre estão se mexendo. Vibram e se curvam para os lados, tornando a anêmona facilmente identificável. Freqüentemente importada sob o nome de anêmona carpete. Difícil de manter em aquários, por motivos vastamente debatidos; é facilmente atacada por bactérias na viagem até o distribuidor/atacadista. Por causa apenas disso, deveria ser menos importada. Indivíduos saudáveis, no entanto, se mostram bastante resistentes. Possui disco oral bastante ondulado, e pé geralmente grudado em um objeto qualquer submerso na areia. Pode, por outro lado, ser encontrada ligada ao recife, diretamente sobre as rochas. Chega a 50 cm de diâmetro. Pode ter a coluna azul, marrom, verde, amarelada ou rosada, e o disco oral da mesma cor da base. Abriga A. akindynos, A. bicinctus, A. clarkii, A. ocellaris, A. percula, A. perideraion e A. rubrocinctus. É muito grudenta ao toque, indicando ser a anêmona mais provida de nematocistos entre as que formam simbiose com peixes. Encontrada desde o Mar Vermelho até metade da costa oriental da Austrália ao sul, e sul do arquipélago japonês.



Stichodactyla haddoni

Chega a 80 cm de diâmetro e, à primeira vista, é difícil de distinguir de S. gigantea. Normalmente encontrada em fundo de areia. Tem colorações menos forte que S. gigantea, sendo normalmente verde pálido ou "sujo", existindo porém uma variedade branca listada, muito interessante. Pode se esconder completamente na areia quando necessário; seus tentáculos grudam tanto que, quando aderem à pele humana, destacam-se do corpo do animal. Habita áreas rasas e possui tentáculos que não se movem e são mais longos que os de S. gigantea. Faz simbiose com A. akindinos, A. crhysogaster, A. chrysopterus, A. clarkii, A. polymnus e A. sebae. Possui verrugas bem pequenas e não adesivas na parte superior da coluna. Difícil de manter em cativeiro pelas mesmas razões que S. gigantea; viaja mal, ou é coletada sem cuidado.



Stichodactyla mertensii

É a verdadeira anêmona carpete gigante, chegando a até 1 metro de diâmetro. O disco oral é geralmente disposto em forma oval, e possui tentáculos curtos. Pode ser verde brilhante, amarela ou de tons mais sujos dessas cores. As pontas dos tentáculos podem ser claras. O pé e o disco oral são da mesma cor. Mais encontrada na rocha, firmemente presa pelo pé relativamente pequeno, retrai-se lentamente quando incomodada. É voraz e cresce rápido sob circusntâncias favoráveis. Não é fácil de manter em aquários; de uma hora para outra, mesmo quando aparentemente saudáveis, podem everter sua mesentérie e começar a morrer. Um sinal de que algo vai mal é quando os palhaços subitamente se afastam da anêmona, preferindo ficar longe dela. O pé é curto e sensível a cortes e manuseio inadequado. Abriga nos mares A. akallopisos, A. akindynos, A. allardi, A. chrysogaster, A. chrysopterus, A. clarkii, A. fuscocaudatus, A. latifasciatus, A. leucokranos, A. ocellaris, A sandaracinos e A. tricinctus.

Fonte:João M Monteiro
 

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