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Ex-mulher e amante mortos a tiro.

ze_grua

GF Prata
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Ex-mulher e amante mortos a tiro
José Pais, 37 anos, desconfiava de que a mulher lhe era infiel. Por isso impôs uma condição antes de assinar o divórcio, há três semanas: não queria outro homem a dormir naquela que fora a sua casa durante 15 anos, em Moreira, Nelas. Ontem, à 01h00, o operador de máquinas antecipou o regresso de Espanha por um dia e apanhou a ex-mulher, de 31 anos, com o companheiro, de 48 anos. Abateu os dois a tiros de caçadeira, disparados à queima-roupa, e levou os quatro filhos a casa dos sogros.


Depois de entregar as crianças aos avós, o homicida esperou calmamente pela GNR. Os pormenores do crime foram depois conhecidos: antes de entrar na divisão onde estava a ex-mulher e o namorado, José Pais reuniu as crianças no mesmo quarto. Sem fazer barulho, um bebé de ano e meio, duas meninas gémeas com seis anos e um rapaz de dez obedeceram ao pai.

A seguir, e sempre empunhando uma caçadeira, abriu a porta do antigo quarto e disparou três tiros. Os primeiros dois sobre José Martins, que se encontrava de pé e esboçou uma tentativa de defesa, o último na testa de Fátima Pereira, deitada na cama. Tiveram morte imediata. Os menores, que ouviram os disparos e os gritos da mãe, foram depois levados pelo pai para casa dos avós maternos, a quem descreverem tudo.

José Pais deixou 50 euros e o carro na casa dos sogros e dirigiu-se a pé para Nelas, a fim de se entregar à GNR. Mudou de ideias e regressou ao local do crime, onde esperou pelas autoridades. Quando os militares o encontraram, confessou logo a autoria do duplo homicídio e depois levou-os ao quarto onde estavam os cadáveres.

Segundo apurou o CM, José Pais antecipou de propósito o regresso a Nelas. Após ter terminado mais um dia de trabalho na zona da Galiza, Espanha, meteu-se no seu BMW e fez a viagem sem parar. Quando chegou à ex-residência apercebeu-se que nela estava o companheiro da ex-mulher. José Pais vai ser presente hoje às 10h00 ao juiz do Tribunal de Nelas.

CRIANÇA CONTOU TRAGÉDIA AO AVÔ

Quando abriu a porta de casa ao início da madrugada e viu os quatro netos, em pijama e descalços, na companhia do pai e sem a mãe, Joaquim Pereira, 58 anos, avô materno das crianças, pensou "logo o pior". "Foi o meu neto mais velho que me disse que a mãe já devia estar morta. Ele [José Pais] não teve coragem de me dizer nada", contou ao CM Joaquim Pereira, abanando a cabeça em sinal de incompreensão.

O pai da vítima diz "desconhecer" o actual companheiro da filha e ficou "muito surpreendido" com a presença do ex-genro em Nelas. "Eles tinham assinado o divórcio há três semanas, pelo que agora tinham ambos liberdade para seguir cada um o seu caminho", refere Joaquim Pereira. "Estiveram casados 15 anos, com momentos felizes mas também alguns problemas. Ele por vezes era violento para com a minha filha, mas ela nunca se queixou de nada. Nunca pensei que ele fosse capaz de a matar", lamenta.

Joaquim Pereira diz que vai "fazer tudo" para ficar com a tutela dos netos, porque tem "condições para os criar". O caso está a ser acompanhado pela Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Nelas e a decisão final caberá ao tribunal.

"INFIDELIDADE E CIÚMES"

O homicida "tentou ir a pé até Nelas", mas depois optou "por esperar junto à casa", confirmou ao CM o capitão Adriano Resende, comandante do Destacamento da GNR de Mangualde. Os militares tomaram conhecimento do duplo homicídio através de uma chamada anónima efectuada para o posto de Canas de Senhorim. Chegaram ao local do crime, onde o José Pais se "entregou sem oferecer qualquer resistência física", adiantou o oficial da GNR, salientando desde logo que os homicídios terão sido cometidos devido a "questões de infidelidade e de ciúmes". A maioria dos habitantes só soube das mortes de manhã. "Realmente ouvi três tiros, mas não liguei. Só soube quando ia trabalhar", disse António Lopes. Já o taxista António Rego, que fez serviços para o casal, refere que as mortes "já não fazem qualquer sentido porque eles estavam legalmente divorciados".

in c.m
 
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