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“Larga ou corto-te o pescoço”

brunocardoso

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“Larga ou corto-te o pescoço”

Porto: Taxista assaltado junto ao Bairro do Aleixo fica sem 120 euros

"Fiquei a tremer com medo. Pensei que morria... Somos tratados como cães." César Augusto, taxista de 66 anos, desabafou assim ao CM poucas horas após ter sido assaltado junto ao Bairro do Aleixo, no Porto, por um casal que o ameaçou – e chegou a golpear na face – com uma faca de barbeiro.
César resistiu ao assalto, ocorrido de madrugada, e a reacção quase lhe custou a vida. Após dar o dinheiro – 120 euros – agarrou a mulher e ouviu um ultimato. "Larga-a senão corto-te o pescoço e mato- -te", disse o ladrão, já fora da viatura e em plena estrada. César deixou ir a cúmplice, temendo pela vida.
Os suspeitos, com idades entre os 22 e os 30 anos e que continuam a monte, requisitaram o táxi pelas 05h00, no Campo 24 de Agosto. Na ocasião, César, que costuma "rejeitar serviços para levar droga a bairros", não se apercebeu de qualquer indício suspeito.

"Era a última corrida da noite e eu não vi nada de estranho a não ser o aspecto. Devia ter suspeitado, porque a mulher foi à frente e o homem atrás, para depois me conseguir agarrar", disse.

O assalto ocorreu na Travessa das Condominhas, após o homem ter alterado por algumas vezes o percurso, dizendo até que tinha de passar, afinal, em casa de uma tia. "Pára já aqui e manda a massa", terá dito o suspeito, ao mesmo tempo que encostava a faca ao pescoço do taxista.

"Socorro, estou a ser assaltado". A frase ecoou na rádio e 15 colegas mais dois carros-patrulha da PSP apareceram de imediato. Mas os assaltantes já tinham conseguido fugir, sem deixar rasto.

PORMENORES

ALARME DA TÁXI SEGURO

César Augusto accionou de imediato o alarme que liga o seu táxi ao projecto de prevenção Táxi Seguro. A informação foi passada à PSP, que apareceu de imediato com dois carros-patrulha, mas os ladrões já tinham fugido.

CRÍTICAS AOS PATRÕES

César mostrava-se revoltado com a falta de segurança que os taxistas vivem. "Os patrões, que só querem dinheiro, e a ANTRAL, não colocam os vidros separadores nos carros. Se lá estivessem não tinham já morrido alguns colegas", apontou, sublinhando que "a vida humana vale muito mais" do que os 300 euros do custo da instalação.

"VOU COMPRAR PISTOLA"

Questionado sobre o que vai alterar nos hábitos, César garantiu que irá continuar a trabalhar à noite e vai "comprar uma arma, legal ou ilegal". Porque "o Porto está cada vez mais perigoso".

Pedro Sales Dias

Fonte: C.Manhã
 
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