Segurança: Esquadras perdem ligação ao sistema interno
Tecnologia atrapalha polícias
O uso da internet como meio de propagação e incentivo à criminalidade não é a única dificuldade criada à PSP pelas novas tecnologias. Agentes de todo o País queixam-se de a velocidade das ligações da rede de computadores privada (intranet) da polícia condicionar o acesso ao SEI (Sistema de Estratégia e Informação), programa através do qual é feito o expediente e as várias esquadras partilham informações entre si.
O problema está na escassez de largura de banda que existe desde 2006, esclarece ao CM o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), Paulo Rodrigues.
"As esquadras queixam-se do sistema estar muitas vezes em baixo, ou então, quando estão muitos elementos a aceder ao SEI, o programa emperra", o que impede os agentes de realizarem o seu trabalho com a devida celeridade, explica o dirigente sindical.
Procedimentos como autos de achados ou furtos simples, que demoram cerca de dez minutos, chegam a levar uma hora, e os cidadãos, por vezes, perdem uma manhã nas esquadras, exemplifica.
"O SEI foi um passo gigante na PSP e é imprescindível para se conseguir controlar a criminalidade", considera a ASPP/PSP, que alerta para um decréscimo das participações de delitos menores.
A solução? A implementação da banda larga. Uma promessa feita pelo Governo em 2006, diz Paulo Rodrigues, que é peremptório ao afirmar desconhecer uma evolução nesse sentido.
Ao CM, o Ministério da Administração Interna explica tratarem-se de falhas "pontuais, identificadas e em curso de eliminação".
"A PSP tem em curso uma revolução digital e um combate contra o papel e o fax, no qual o MAI investiu importantes meios e esforços", salienta o secretário de Estado adjunto, José Magalhães, esclarecendo que a celebração do contrato para a ligação em banda larga foi autorizada em Agosto do ano passado.
PORMENORES
AUMENTO DE BANDA
O comissário Paulo Flor, da Direcção Nacional da PSP, diz serem casos pontuais e explica "estar a proceder-se ao aumento da largura de banda de todos os sites da PSP, migrando-os para a RNSI (Rede Nacional de Segurança Interna)".
60% JÁ ESTÁ
"Neste momento, cerca de 60% dos sites estão migrados" e a nova rede "já está operacional nos locais migrados", precisa o comissário.
SEI
Sistema de Estratégia e Informação. É usado pelas várias esquadras da PSP para aceder a todos os registos policiais, como participações, cadastros e mandados de detenção.
RNSI
Rede que coloca todo o sistema do Ministério da Administração Interna a partilhar uma mesma estrutura de comunicações e que oferece larguras de banda superiores.
Tecnologia atrapalha polícias
O uso da internet como meio de propagação e incentivo à criminalidade não é a única dificuldade criada à PSP pelas novas tecnologias. Agentes de todo o País queixam-se de a velocidade das ligações da rede de computadores privada (intranet) da polícia condicionar o acesso ao SEI (Sistema de Estratégia e Informação), programa através do qual é feito o expediente e as várias esquadras partilham informações entre si.
O problema está na escassez de largura de banda que existe desde 2006, esclarece ao CM o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), Paulo Rodrigues.
"As esquadras queixam-se do sistema estar muitas vezes em baixo, ou então, quando estão muitos elementos a aceder ao SEI, o programa emperra", o que impede os agentes de realizarem o seu trabalho com a devida celeridade, explica o dirigente sindical.
Procedimentos como autos de achados ou furtos simples, que demoram cerca de dez minutos, chegam a levar uma hora, e os cidadãos, por vezes, perdem uma manhã nas esquadras, exemplifica.
"O SEI foi um passo gigante na PSP e é imprescindível para se conseguir controlar a criminalidade", considera a ASPP/PSP, que alerta para um decréscimo das participações de delitos menores.
A solução? A implementação da banda larga. Uma promessa feita pelo Governo em 2006, diz Paulo Rodrigues, que é peremptório ao afirmar desconhecer uma evolução nesse sentido.
Ao CM, o Ministério da Administração Interna explica tratarem-se de falhas "pontuais, identificadas e em curso de eliminação".
"A PSP tem em curso uma revolução digital e um combate contra o papel e o fax, no qual o MAI investiu importantes meios e esforços", salienta o secretário de Estado adjunto, José Magalhães, esclarecendo que a celebração do contrato para a ligação em banda larga foi autorizada em Agosto do ano passado.
PORMENORES
AUMENTO DE BANDA
O comissário Paulo Flor, da Direcção Nacional da PSP, diz serem casos pontuais e explica "estar a proceder-se ao aumento da largura de banda de todos os sites da PSP, migrando-os para a RNSI (Rede Nacional de Segurança Interna)".
60% JÁ ESTÁ
"Neste momento, cerca de 60% dos sites estão migrados" e a nova rede "já está operacional nos locais migrados", precisa o comissário.
SEI
Sistema de Estratégia e Informação. É usado pelas várias esquadras da PSP para aceder a todos os registos policiais, como participações, cadastros e mandados de detenção.
RNSI
Rede que coloca todo o sistema do Ministério da Administração Interna a partilhar uma mesma estrutura de comunicações e que oferece larguras de banda superiores.