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A família "nunca acreditou naquela tese", afirmou ontem ao CM o primo da vítima, Fernando Lopes. Os familiares, convencidos de que se tratou de um crime, reuniram testemunhas, contrataram um advogado e conseguiram a reabertura do processo.
O corpo de Vidole Seixeiro, residente em Quintas, Camarneira, foi encontrado, em Setembro de 2006, numa vinha a sete quilómetros de casa. Fernando Lopes lembra que "tinha hematomas nas costas e uma ferida com 15 centímetros na parte frontal da cabeça", o que, em seu entender, pode indiciar que "tenha sido espancado".
Segundo este familiar, há uma série de elementos que suscitam dúvidas e merecem ser analisados pela investigação, que está a cargo da PJ de Coimbra. Desde logo o facto de Vidole Seixeiro ter telefonado ao primo, emigrante em França, uns dias antes de ter sido encontrado morto, a "pedir dinheiro porque andava a ser ameaçado de morte".
A família diz ainda ter requerido a audição de várias pessoas, desde o grupo de trabalhadores de uma vinha que encontrou o corpo, até vizinhos que terão testemunhado "ameaças" a Vidole Seixeiro.
Fernando Lopes estranha ainda a posição em que foi encontrado o corpo e o facto de estar sem roupa e do vestuário que usava nunca ter sido encontrado. "Quem se quer suicidar não está preocupado em tirar a roupa. Se o faz é porque está desesperado e atira-se com o que tem vestido", considera o familiar. Por outro lado, duvida que "fosse para tão longe para se atirar a um poço quando tinha vários próximo de casa".
No requerimento, a família sugere também a "análise do telemóvel" da vítima, encontrado junto ao poço.
DETALHES
FILHAS MENORES
Vidole Seixeiro, carpinteiro, deixou duas filhas menores, de 9 e 15 anos. Quando faleceu já estava separado da mulher.
RELATÓRIO DA AUTÓPSIA
Fernando Lopes diz que o relatório da autópsia apenas refere a ferida de 15 centímetros.
Paula Gonçalves