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O Ártico nunca teve tão pouco gelo!

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ONU alerta que o Árctico nunca teve tão pouco gelo


O volume de gelo no Árctico atingiu este ano os níveis mais baixos de sempre, alertou a Organização Meteorológica Mundial (OMM), considerando que o que está a acontecer no Árctico é um dos principais indicadores do aquecimento global. Vários estudos apresentados numa conferência em São Francisco ontem e hoje dão conta do que está a acontecer às regiões polares do planeta.

Apesar de em 2008 a temperatura média do planeta ter sido de 14,3 graus Celsius, fazendo dele o ano menos quente deste século – devido ao fenómeno La Niña -, a tendência geral é de aquecimento, defende a OMM. Esta organização estima que 2008 venha a ser o 10º ano mais quente desde que existem registos climáticos, ou seja, desde 1850.

Um relatório apresentado ontem por Michel Jarraud, secretário-geral da OMM, em conferência de imprensa mostra que a camada de gelo que cobre o Árctico está a diminuir, atingindo durante a estação de degelo de 2008 o segundo nível mais baixo desde que se realizam observações de satélite, ou seja, desde 1979. Contudo, a OMM explicou que, “dado que a camada de gelo em 2008 era mais fina, o volume total de gelo era menor do que em qualquer outro ano”. “Esta estação reforçou, claramente, a tendência de diminuição dos últimos 30 anos”, disse Jarraud.

O colapso de um quarto das antigas placas de gelo da Ilha Ellesmere, no Canadá, contribuiu para reduzir a cobertura gelada na região de nove mil quilómetros quadrados há um século para apenas mil quilómetros quadrados.

Segundo Peter Stott - do britânico Hadley Centre, organismo que disponibilizou os dados para o relatório da OMM - “esta década é quase 0,2 graus (Celsius) mais quente comparada à década anterior. Temos de olhar para o problema desta forma, comparando décadas e não anos”.

O relatório da OMM foi baseado nas estatísticas e análises compiladas pelos serviços de meteorologia dos seus 188 países membros e especialistas em institutos especializados.

“Os extremos climáticos, incluindo inundações, secas, tempestades de neve, vagas de calor e frio, foram registados em muitas zonas do mundo”, lembrou a OMM. Em muitas situações, centenas de pessoas acabaram por morrer.

Segundo a OMM, os dez anos mais quentes desde que existem registos globais, desde 1850, aconteceram todos depois de 1997. O mais quente foi 2005.

Cientistas dizem ter a primeira prova do aumento acelerado do degelo no Árctico


Ontem foi apresentado um estudo no encontro anual da American Geophysical Union, em São Francisco, onde os cientistas afirmam ter encontrado a primeira prova inequívoca de que a temperatura no Árctico está a aumentar mais rapidamente do que em qualquer outra parte do mundo, uma década antes do previsto.

De acordo com o jornal “The Independent”, o fenómeno explica-se devido às temperaturas do ar mais elevadas. E isto acontece porque o aumento do degelo no Verão do Árctico está a acumular calor no oceano.

“O gelo no mar está a entrar numa nova fase em que a cobertura de gelo se tornou tão fina que vamos continuar a ter muito pouco gelo, independentemente do que aconteça no Verão a nível de temperatura”, disse Julienne Stroeve, do norte-americano Centro Nacional de Dados sobre Neve e Gelo, em São Francisco, citada pela BBC online.

Stroeve alerta para o aumento anormal das temperaturas durante o Outono na região (Setembro, Outubro e Novembro), quando o gelo começa a regressar ao Árctico.

Outro resultado divulgado hoje na conferência em São Francisco, e noticiado pela CNN, diz respeito a uma investigação da NASA (agência espacial norte-americana), segundo a qual entre 1,5 triliões e dois triliões de toneladas de gelo na Gronelândia, Antárctica e Alasca têm estado a derreter a um ritmo mais acelerado desde 2003. Segundo o geofísico Scott Luthcke, que coordenou o estudo, “uns poucos graus de alterações (na temperatura) podem aumentar a quantidade de massa (de gelo) perdida e que contribui para o aumento do nível do mar e alterações nas correntes dos oceanos”.




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