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Pobreza: Bispo do Porto critica campanhas de redução da natalidade

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Pobreza: Bispo do Porto critica campanhas de redução da natalidade

01 de Janeiro de 2009, 14:00

Porto, 01 Jan (Lusa) - O bispo do Porto, D. Manuel Clemente, criticou hoje as campanhas de redução da natalidade "justificadas" pelo aumento da pobreza alegadamente resultante do crescimento da população mundial.
Na sua homilia de Ano Novo, hoje na Sé Catedral do Porto, D. Manuel Clemente subscreveu as palavras do Papa Bento XVI sobre a pobreza mundial e as suas causas.
"Antes de mais no âmbito demográfico, que certos equívocos tem trazido, alegando-se que a pobreza está associada ao crescimento da população e tomando este como factor negativo e até 'justificativo' de campanhas de redução da natalidade, onde não faltam atentados à dignidade da mulher, aos direitos dos pais e à vida dos nascituros", salientou o bispo.
Para D. Manuel Clemente, "muito pelo contrário, verifica-se que nas últimas três décadas saíram da pobreza algumas populações que registaram 'um incremento demográfico notável', revelando-se o índice positivo da natalidade como potenciador de progresso".
"Outro âmbito de análise é o das pandemias que atingem algumas zonas do Mundo, pondo em causa os sectores produtivos e a vida em geral. O combate a tais pandemias passa certamente pela generalização de tratamentos e remédios, passa também pelos avanços da medicina e dos cuidados médicos, requerendo a disponibilidade de cientistas e produtores de fármacos", afirmou o bispo.
D. Manuel Clemente defendeu que o combate às pandemias "não dispensa, em especial nalguns casos como a SIDA, a educação para uma sexualidade respeitadora da dignidade própria e alheia".
O bispo do Porto manifestou-se também preocupado com "a incidência infantil da pobreza", destacando a importância dos cuidados maternos, educação, vacinação e recursos médicos e ambientais, "sem esquecer a promoção e a estabilidade da família, pois 'quando a família se debilita, os danos recaem inevitavelmente sobre as crianças'".
"Como Igreja do Porto, devemos acolher profunda e consequentemente a exortação papal, neste Dia Mundial da Paz", salientou, apelando a todos os cristãos para que "alarguem o coração às necessidades dos pobres" e façam tudo o que for possível para ir em seu socorro.
FZ.
Lusa/Fim
 
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