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A Europa Central está hoje a ser fortemente atingida pela crise do gás entre a Rússia e a Ucrânia, com o fornecimento de gás russo a baixar para 10 por cento do volume previsto.
Os países mais afectados são a Áustria, onde está uma das três principais plataformas de gás da Europa continental, Bulgária, Hungria, Roménia, Croácia, Macedónia, Grécia e Turquia.
Todos estes países tiveram de recorrer às suas reservas para compensar a brutal quebra no fornecimento do gás russo, sendo que alguns deles estão muito dependentes e numa altura em que a temperatura baixou em toda a Europa.
A redução no fornecimento foi anunciada pela companhia ucraniana Naftogaz, que indicou uma baixa do volume de 221 milhões de metros cúbicos na segunda-feira para 92 milhões hoje. Aparentemente, contudo, o volume que está efectivamente a ser fornecido é bastante inferior.
A Bulgária, por onde transita o gás russo com destino à Macedónia, Grécia e Turquia, confirmou pouco depois esta informação, no que foi seguida pela Hungria, Roménia e Croácia.
Em contrapartida, em França, a companhia GDF Suez informou que o conflito russo-ucraniano não teve até agora "nenhum impacto nas reservas".
A União Europeia instou entretanto as autoridades russas e ucranianas a resolverem a sua disputa comercial bilateral e reclamou o imediato restabelecimento do fornecimento de gás natural à Europa, reduzido "substancialmente".
Num comunicado conjunto emitido em Bruxelas, a presidência checa da União e a Comissão Europeia lamentam que, "sem aviso prévio e em clara contradição com as garantias dadas pelas mais altas autoridades russas e ucranianas à UE", o fornecimento de gás a alguns Estados-membros tenha sido "substancialmente reduzido", situação que consideram "completamente inaceitável".
Já antes, a Alemanha tinha apelado, através do seu ministro da Economia, Michael Glos, ao reinício das negociações entre as companhias de gás da Rússia e da Ucrânia, respectivamente a Gazprom e a Naftogaz, horas antes de receber em Berlim o vice-presidente, Alexandre Medvedev, em digressão por vários países europeus para defender a posição russa.
A quebra no fornecimento de gás russo a países da União Europeia que se registou na madrugada de hoje constitui, para o ministro da Indústria e Comércio da República Checa, país que assegura a presidência rotativa da UE, uma "mudança radical" da situação.
O presidente da Gazprom, Alexei Miller, anunciou segunda-feira que o fornecimento de gás seria reduzido a partir de hoje, após um encontro com o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, que apoiou a decisão.
A Rússia suspendeu a 01 de Janeiro o fornecimento de gás à Ucrânia devido à falta de acordo quanto ao preço a cobrar em 2009 e a dívidas existentes.
Quarenta por cento do gás consumido pela Europa é fornecido pela Rússia. Quase todo esse gás, cerca de 80 por cento, é enviado para a Europa através dos gasodutos que atravessam o território ucraniano. Os restantes 20 por cento são encaminhados para a Europa ocidental através da Bielorrússia.
A Rússia e a Ucrânia acusam-se mutuamente da actual situação, com a Gazprom a acusar a Naftogaz de "roubar" o gás com destino à Europa e a companhia ucraniana a negá-lo e a insurgir-se contra os "preços proibitivos" praticados pela companhia russa.
Lusa/SOL
Os países mais afectados são a Áustria, onde está uma das três principais plataformas de gás da Europa continental, Bulgária, Hungria, Roménia, Croácia, Macedónia, Grécia e Turquia.
Todos estes países tiveram de recorrer às suas reservas para compensar a brutal quebra no fornecimento do gás russo, sendo que alguns deles estão muito dependentes e numa altura em que a temperatura baixou em toda a Europa.
A redução no fornecimento foi anunciada pela companhia ucraniana Naftogaz, que indicou uma baixa do volume de 221 milhões de metros cúbicos na segunda-feira para 92 milhões hoje. Aparentemente, contudo, o volume que está efectivamente a ser fornecido é bastante inferior.
A Bulgária, por onde transita o gás russo com destino à Macedónia, Grécia e Turquia, confirmou pouco depois esta informação, no que foi seguida pela Hungria, Roménia e Croácia.
Em contrapartida, em França, a companhia GDF Suez informou que o conflito russo-ucraniano não teve até agora "nenhum impacto nas reservas".
A União Europeia instou entretanto as autoridades russas e ucranianas a resolverem a sua disputa comercial bilateral e reclamou o imediato restabelecimento do fornecimento de gás natural à Europa, reduzido "substancialmente".
Num comunicado conjunto emitido em Bruxelas, a presidência checa da União e a Comissão Europeia lamentam que, "sem aviso prévio e em clara contradição com as garantias dadas pelas mais altas autoridades russas e ucranianas à UE", o fornecimento de gás a alguns Estados-membros tenha sido "substancialmente reduzido", situação que consideram "completamente inaceitável".
Já antes, a Alemanha tinha apelado, através do seu ministro da Economia, Michael Glos, ao reinício das negociações entre as companhias de gás da Rússia e da Ucrânia, respectivamente a Gazprom e a Naftogaz, horas antes de receber em Berlim o vice-presidente, Alexandre Medvedev, em digressão por vários países europeus para defender a posição russa.
A quebra no fornecimento de gás russo a países da União Europeia que se registou na madrugada de hoje constitui, para o ministro da Indústria e Comércio da República Checa, país que assegura a presidência rotativa da UE, uma "mudança radical" da situação.
O presidente da Gazprom, Alexei Miller, anunciou segunda-feira que o fornecimento de gás seria reduzido a partir de hoje, após um encontro com o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, que apoiou a decisão.
A Rússia suspendeu a 01 de Janeiro o fornecimento de gás à Ucrânia devido à falta de acordo quanto ao preço a cobrar em 2009 e a dívidas existentes.
Quarenta por cento do gás consumido pela Europa é fornecido pela Rússia. Quase todo esse gás, cerca de 80 por cento, é enviado para a Europa através dos gasodutos que atravessam o território ucraniano. Os restantes 20 por cento são encaminhados para a Europa ocidental através da Bielorrússia.
A Rússia e a Ucrânia acusam-se mutuamente da actual situação, com a Gazprom a acusar a Naftogaz de "roubar" o gás com destino à Europa e a companhia ucraniana a negá-lo e a insurgir-se contra os "preços proibitivos" praticados pela companhia russa.
Lusa/SOL