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Suspeito treina PM

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Nov 18, 2007
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Quando Alexsander Batuli foi despedido do ginásio Clube VII, em Lisboa, "foi feito um abaixo-assinado para ele voltar para o ginásio. Muita gente assinou, inclusive o primeiro-ministro". José Sócrates estava longe de imaginar, em 2007, que o seu professor de ginástica era arguido no processo ‘Máfia da Noite’ – acusado de associação criminosa e tráfico de droga, com ligações ao alterne.

Júlia Almeida, mulher do suspeito brasileiro, descreveu ontem no Tribunal da Boa-Hora, em Lisboa, o que o marido lhe contara: "O primeiro--ministro até convidou o Alex para jantar, para que ele o ajudasse a montar um ginásio no palácio [de S. Bento, a sua residência oficial]".

Júlia é companheira de Alexsander há oito anos. No seu testemunho confirmou que o arguido consome cocaína e anabolizantes. E deu a entender que as gramas de ‘coca’ que a PSP lhe apreendeu no Audi A3 seriam para consumo e não para venda. Mais: alegou ainda que Alexsander deixou em 2007 o health club e centro de fitness Clube VII por incompatibilidade com a nova administração. Ora, segundo uma escuta telefónica realizada pela PSP, Alex terá sido despedido do clube de fitness por orgias e drogas.

A testemunha reforçou o empenho do companheiro na sua carreira profissional, professor de ginástica. E garantiu que ela nunca consumiu cocaína e que "barritas" – termo muito utilizado nos telefonemas trocados entre ambos – "são mesmo barritas de cereais, proteicas".

O CM contactou ontem o gabinete do primeiro-ministro, José Sócrates, que recusou fazer quaisquer comentários.

VENDIA "FIGOS" E "PÊSSEGOS"

Júlia disse não saber o que eram "pêssegos". Mas nas escutas telefónicas realizadas pela PSP a Alexsander Batuli, entre Julho e Outubro de 2007, são constantes as referências a "pêssegos" e "figos", termos usados, segundo a acusação, para substituir produtos estupefacientes – "nomeadamente cocaína" – que lhe eram encomendados por vários indivíduos e que Alex "vendia, deslocando-se a casa dos consumidores".

DEFESA OUVIDA À PORTA FECHADA

Além de Júlia Almeida, a sessão de ontem foi ocupada com a audição de mais testemunhas, todas apresentadas pela defesa dos arguidos. Mas, apesar disso, as restantes testemunhas (três) pediram para depor à porta fechada, ou seja, na ausência dos arguidos e do público. No final da sessão, a juíza disse aos arguidos que só na próxima sessão (dia 14) irá informá-los sobre o que foi dito. A audição de testemunhas à porta fechada tem sido frequente neste processo.

MAIS DADOS

ORGIAS NA ESCUTA

3 de Agosto de 2007: uma mulher liga a Alex "e falam sobre o despedimento do Clube VII". Ela diz-lhe que "ele estava conotado com drogas e orgias".

ALEX DEFENDE-SE

No mesmo telefonema, o arguido defende-se. "Alex disse a C. [a mulher] que a parte da história das gajas e das orgias era falsa. E combinam encontrar-se".
Sofia Rêgo com A.P.D
 
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