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Índia e Alemanha lançam ferro ao oceano para aumentar a absorção de CO2

xicca

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A Índia e a Alemanha estão a conduzir uma experiência no Atlântico Sul de fertilização dos mares com ferro, para avaliação dos seus potenciais efeitos numa maior absorção de dióxido de carbono (CO2) e consequente diminuição do efeito de estufa e do aquecimento global.

Os resultados da experiência são de “grande interesse”, segundo o comunicado publicado no site oficial alemão do projecto (Home - lohafex), porque as algas unicelulares suspensas na camada superficial oceânica iluminada pela luz solar (conhecida por fitoplâncton) não só servem como base da alimentação de toda a vida oceânica como “desempenham também um papel fundamental na regulação das concentrações na atmosfera de CO2, um gás com efeito de estufa”.

Este papel deriva de estas microalgas fixarem carbono, contribuindo assim para a retirada de dióxido de carbono da atmosfera pelos oceanos. Os cientistas envolvidos acreditam, por isso, que há razões para pensar que “fertilizar os mares do Sul com determinadas quantidades de ferro pode ajudar a transferir para o fundo dos oceanos, por alguns séculos, algum do CO2 que actualmente se acumula na atmosfera a uma taxa alarmante”.

A experiência foi baptizada como “Lohafex” (“loha” é a palavra indiana para ferro e “fex” representa “Fertilization EXperiment”) e decorre a bordo do barco alemão “Polarstern”. Os cientistas admitem, no entanto, que há ainda muito a estudar para avaliar da exequibilidade da ideia e do seu impacto no ambiente marinho.

O início dos trabalhos deu-se a 7 de Janeiro, quando o “Polarstern” saiu da Cidade do Cabo, na África do Sul, para o sector Sudoeste do Atlântico Sul. Segundo o primeiro relatório semanal da missão, de dia 12, o navio levaria cerca de 20 dias a chegar ao local e encontrar uma área adequada para a experiência, que deverá desenrolar-se em cerca de 300 quilómetros quadrados, a fertilizar com seis toneladas de ferro dissolvido.

Os cientistas vão depois acompanhar o impacto do aumento do fitoplâncton no seu ambiente e o destino do carbono que ele deverá libertar em direcção ao fundo do oceano, estudando o processo “com grande detalhe”. A missão - que integra biólogos, químicos e físicos - termina a 17 de Março em Punta Arenas, no Chile.

Estão a bordo 48 cientistas da Índia (29), Alemanha (dez), Itália (3), Espanha (2), Reino Unido (2), França (1) e Chile (1).

O diário espanhol “El País” noticia hoje no seu “site” que o “Polarstern”, com 120 metros de comprimento e descrito como um dos navios oceanográficos “mais avançados do mundo”, já chegou à área onde deverá decorrer a experiência.




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