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Greves contra contratação de estrangeiros

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Negociações de conciliação estão previstas para hoje

Trabalhadores de duas centrais nucleares britânicas juntaram-se hoje aos protestos contra a contratação de trabalhadores estrangeiros, elevando para mais de duas dezenas as greves selvagens a atingir o sector energético. Está prevista para hoje uma reunião de conciliação destinada a evitar que os protestos dêem lugar a uma paralisação nacional, o que poderia criar perturbações no abastecimento de energia.

O primeiro-ministro britânico, que ontem classificara de “indefensáveis” os protestos contra o uso de mão-de-obra estrangeira, tentou hoje emendar a mão, ao admitir que na origem do descontentamento está o medo do desemprego, mas disse que “estas greves não oficiais são contraproducentes”. Gordon Brown afirma que o executivo vai continuar a exigir às multinacionais garantias de que parte dos empregos criados no país terão de ser preenchidos por cidadãos nacionais e promete agir sempre haja “provas de que as empresas estão a rejeitar aos trabalhadores britânicos” qualificados para o posto em causa.

As promessas revelaram-se, contudo, insuficientes para parar o movimento iniciado na última quarta-feira na refinaria da petrolífera francesa Total em Lindsey (Leste de Inglaterra) e nas últimas horas mais algumas centenas de trabalhadores decidiram abandonar os seus postos de trabalho. Entre eles contam-se mais de mil operários contratados nas centrais nucleares de Sellafield e Heysham, no noroeste de Inglaterra, e várias centenas numa refinaria escocesa, que decidiram uma paralisação de 24 horas.

Os sindicatos – que aos poucos começam a assumir o protesto – dizem que a primeira reacção de Gordon Brown serviu apenas para “inflamar” a situação e avisam que poderão estender as graves “a todo o país”, tanto no sector energético, como na construção, o mais directamente visado por este protesto.

Esta manhã, mais de um milhar de trabalhadores reuniram-se junto à refinaria de Lindsey e aprovaram uma moção para autorizar representantes dos sindicatos a negociar com a Total e a Jacobs, a principal empresa fornecedora de serviços na unidade. “Na última semana, as vossas acções heróicas inspiraram centenas milhares em todo o país e milhões em todo o mundo”, declarou Kenny Ward, dirigente da Unite (o sindicato mais próximo dos protestos) prometendo assumir a luta “contra a discriminação” dos trabalhadores britânicos, relata a edição online do "The Guardian".

Apesar do alastramento dos protestos, o departamento de energia britânico garante que até ao momento não se registou qualquer quebra na produção de gás ou electricidade, até porque a quase totalidade dos trabalhadores em greve pertence às áreas da manutenção e contratados para serviços de construção e “não aos quadros permanentes” das empresas energéticas.

fonte:publico.pt
 
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