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“Dispara já, mata o gajo”

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RoterTeufel

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Abrantes: Concluída investigação ao gang da Abrançalha
“Dispara já, mata o gajo”

Os dois agentes da PSP do Entroncamento estavam cercados e desarmados pelos cinco assaltantes quando um destes desafiou outro: "Dispara já, mata o gajo, mata-o". Carlos Rosa premiu o gatilho, mas por acaso a shotgun estava descarregada. Só assim o polícia não foi abatido.

O relato de uma noite violenta, que viria a terminar no dia 27 de Julho de 2008 com uma megaoperação do Grupo de Operações Especiais (GOE) da PSP, em Abrançalha, Abrantes, está agora descrito no despacho de acusação a que o CM teve acesso, onde são arguidos os dois irmãos e três tios, todos acusados de vários crimes de roubo, detenção de arma proibida e tentativa de homicídio.

A actividade criminosa do grupo, que vai ser julgado em breve no Tribunal do Entroncamento, teve início em Março do ano passado com um roubo violento a um casal de septuagenários, em Mouriscas, Abrantes. Segundo o Ministério Público, Bruno Rosa, 24 anos, acompanhado de dois homens não identificados, agrediu e ameaçou os idosos, roubando-lhes 2600 euros e uma caçadeira.

O mesmo Bruno, com o irmão, Carlos Rosa, e os tios António, Vasco e Francisco Campos, tentou assaltar um casal de namorados, na noite de 26 de Julho de 2008, nas imediações do Hospital de Torres Novas. O roubo só não foi consumado porque o rapaz conseguiu fugir a tempo.

Horas mais tarde, os cinco suspeitos são interceptados por dois agentes da PSP numa zona escura do Entroncamento e reagem com violência. Roubam a shotgun aos polícias, agridem-nos e só não os atingem a tiro porque aquela arma está sem munições.

É então montada uma megaoperação de caça ao homem, na aldeia da Abrançalha. Um dos suspeitos barrica-se em casa e entrega-se depois de horas de negociações. Os outros assaltantes são detidos, após uma perseguição policial que termina com um agente do GOE ferido a tiro.

PORMENORES

ARQUIVADO

A investigação da PJ à autoria do disparo que feriu o elemento do GOE concluiu que se tratou de fogo amigo, como noticiou o ‘CM’. O caso foi arquivado pelo Ministério Público.

REINCIDENTES

António Campos e Carlos Rosa são reincidentes na prática de crimes violentos. Ambos já cumpriram penas de prisão pelo mesmo tipo de crimes pelos quais estão agora acusados.

SEPARADOS

Os arguidos têm idades entre os 24 e os 36 anos. Dois estão detidos na cadeia de Torres Novas e os outros encontram--se no Estabelecimento Prisional de Lisboa.

CRIMES

Bruno Rosa é acusado de nove crimes e o irmão, Carlos Rosa, de sete, entre os quais o de tentativa de homicídio. Vasco Campos responde por seis crimes, Francisco Campos por cinco e António Campos por quatro.
 
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