O Presidente da República disse, em entrevista ao jornal alemão "Frankfurter Allgemeine", que não tomará uma decisão sobre a data das eleições legislativas antes de Junho, e que acha que deve aceitar as propostas dos partidos políticos.
Segundo a Constituição, as legislativas deverão decorrer entre 14 de Setembro e 14 de Outubro, mas pela primeira vez na história recente Portugal terá três eleições nacionais em quatro meses (Europeias, em Junho, Autárquicas e Legislativas, previsivelmente em Outubro).
Convidado a prever se os temas dominantes da campanha eleitoral serão a economia ou o aborto e os casamentos entre homossexuais, por exemplo, o Presidente afirmou que a economia terá "uma importância transcendente".
Advertiu, no entanto, que os partidos "devem abster-se de despertar ilusões ou fazer promessas que não poderão cumprir".
Aníbal Cavaco Silva garantiu também ao mesmo matutino, no dia em que inicia a sua primeira visita de estado à Alemanha, que a coabitação com o governo socialista funciona "muito bem", e que o seu objectivo é manter "um amplo consenso e diálogo" com o executivo.
Convidado a comentar o uso dos poderes presidenciais, o chefe de Estado afirmou que nunca usou o veto contra um projecto-lei do governo, mas já vetou sete projectos-leis do parlamento.
"O presidente da República pode também enviar leis para o Tribunal Constitucional, e tem outros meios a que eu não gostaria de recorrer, pode exonerar o governo e dissolver o Parlamento", lembrou ainda.
""No entanto, nós temos de cooperar, Portugal precisa desta estabilidade", disse Cavaco Silva na entrevista ao jornal de referência alemão.
Convidado a comentar a crise, o PR afirmou que Portugal "está a fazer o melhor que pode", lembrando que a economia portuguesa é uma economia aberta, devido à importância do turismo e dos investimentos estrangeiros.
Além disso, os bancos têm de contrair empréstimos no estrangeiro e muitos portugueses que vivem no estrangeiro estão agora a regressar por causa do desemprego, acrescentou.
"Mas já superámos dificuldades no passado, e estou confiante de que conseguiremos superá-las agora", disse Cavaco Silva, prevendo ainda que a crise pode durar ainda este ano e talvez o próximo.
"Esta é uma crise que durará mais do que se pensava, e a Alemanha tem um papel-chave, porque é a locomotiva económica da União Europeia", disse o PR.
O chefe de Estado português referiu, no mesmo contexto, que depois de se ter constatado que as instituições financeiras internacionais não funcionam eficazmente, são necessárias rápidas reformas.
"O que não precisamos é de proteccionismos nacionais", advertiu.
Quanto aos objectivos da visita à Alemanha, Cavaco Silva sublinhou na entrevista que pretende contribuir para consolidar as boas relações políticas e económicas com este país, que considerou um parceiro "extraordinariamente importante" para Portugal.
"É o nosso segundo maior cliente, o segundo maior exportador, e o maior investidor estrangeiro, e além disso vivem e trabalham na Alemanha 120 mil portugueses", lembrou.
Cavaco Silva pronunciou-se ainda a favor do avanço do projecto de uma União Mediterrânica, admitindo que tem sido difícil fazer progressos, mas que "vale a pena o esforço".
Advogou ainda um maior envolvimento a União Europeia na resolução do conflito entre israelitas e palestinianos no Médio Oriente.
"É pena que o mundo pense que só os Estados Unidos podem resolver o problema, acho espantoso que a União Europeia não seja o actor principal no processo de paz", referiu.
Jornal de Notícias
Segundo a Constituição, as legislativas deverão decorrer entre 14 de Setembro e 14 de Outubro, mas pela primeira vez na história recente Portugal terá três eleições nacionais em quatro meses (Europeias, em Junho, Autárquicas e Legislativas, previsivelmente em Outubro).
Convidado a prever se os temas dominantes da campanha eleitoral serão a economia ou o aborto e os casamentos entre homossexuais, por exemplo, o Presidente afirmou que a economia terá "uma importância transcendente".
Advertiu, no entanto, que os partidos "devem abster-se de despertar ilusões ou fazer promessas que não poderão cumprir".
Aníbal Cavaco Silva garantiu também ao mesmo matutino, no dia em que inicia a sua primeira visita de estado à Alemanha, que a coabitação com o governo socialista funciona "muito bem", e que o seu objectivo é manter "um amplo consenso e diálogo" com o executivo.
Convidado a comentar o uso dos poderes presidenciais, o chefe de Estado afirmou que nunca usou o veto contra um projecto-lei do governo, mas já vetou sete projectos-leis do parlamento.
"O presidente da República pode também enviar leis para o Tribunal Constitucional, e tem outros meios a que eu não gostaria de recorrer, pode exonerar o governo e dissolver o Parlamento", lembrou ainda.
""No entanto, nós temos de cooperar, Portugal precisa desta estabilidade", disse Cavaco Silva na entrevista ao jornal de referência alemão.
Convidado a comentar a crise, o PR afirmou que Portugal "está a fazer o melhor que pode", lembrando que a economia portuguesa é uma economia aberta, devido à importância do turismo e dos investimentos estrangeiros.
Além disso, os bancos têm de contrair empréstimos no estrangeiro e muitos portugueses que vivem no estrangeiro estão agora a regressar por causa do desemprego, acrescentou.
"Mas já superámos dificuldades no passado, e estou confiante de que conseguiremos superá-las agora", disse Cavaco Silva, prevendo ainda que a crise pode durar ainda este ano e talvez o próximo.
"Esta é uma crise que durará mais do que se pensava, e a Alemanha tem um papel-chave, porque é a locomotiva económica da União Europeia", disse o PR.
O chefe de Estado português referiu, no mesmo contexto, que depois de se ter constatado que as instituições financeiras internacionais não funcionam eficazmente, são necessárias rápidas reformas.
"O que não precisamos é de proteccionismos nacionais", advertiu.
Quanto aos objectivos da visita à Alemanha, Cavaco Silva sublinhou na entrevista que pretende contribuir para consolidar as boas relações políticas e económicas com este país, que considerou um parceiro "extraordinariamente importante" para Portugal.
"É o nosso segundo maior cliente, o segundo maior exportador, e o maior investidor estrangeiro, e além disso vivem e trabalham na Alemanha 120 mil portugueses", lembrou.
Cavaco Silva pronunciou-se ainda a favor do avanço do projecto de uma União Mediterrânica, admitindo que tem sido difícil fazer progressos, mas que "vale a pena o esforço".
Advogou ainda um maior envolvimento a União Europeia na resolução do conflito entre israelitas e palestinianos no Médio Oriente.
"É pena que o mundo pense que só os Estados Unidos podem resolver o problema, acho espantoso que a União Europeia não seja o actor principal no processo de paz", referiu.
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