O BPN vai dispensar 92 comerciais até ao final do ano, passando dos actuais 1.057 para 965, com os sindicatos bancários a admitir que estes funcionários integrem os 250 trabalhadores a termo que o banco vai despedir.
O "Plano de Dinamização Comercial 2009", ao qual a agência Lusa teve acesso, refere que a 31 de Janeiro último o banco contava com 1.057 comerciais e 256.825 clientes, o que dava uma média de 242 clientes por cada um.
A previsão para 31 de Dezembro de 2009, indica o mesmo documento, é de que o banco tenha 965 comerciais (menos 92 que no início do ano) e 311.605 clientes, ou seja uma média de 323 clientes por comercial.
Ainda assim, o número de clientes por comercial previsto para o final do ano fica abaixo da actual média de mercado, que é de 374.
"O desempenho negativo do BPN é uma realidade", admite o plano assinado por Francisco Bandeira, o administrador nomeado pelo Governo para liderar o banco após a nacionalização em Novembro de 2008.
Segundo o plano, que refere dados de 2007, o "negócio por cada comercial" do BPN foi de metade da média do mercado e cerca de um quarto face ao "benchmarking" do mercado, que é a Caixa Geral de Depósitos.
"A solução", indica o plano, é "aumentar a produtividade por comercial", captando mais clientes e incrementando o produto bancário médio.
Em Janeiro, o Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI) tinha manifestado preocupação com a situação dos cerca de 250 contratados a prazo do BPN com quem a administração do banco não vai renovar os contratos.
Alice Martins, da direcção do SBSI, disse hoje à Lusa que o sindicato "está a acompanhar com muita preocupação a situação destes 250 trabalhadores" a termo.
Na segunda-feira, disse a mesma fonte, uma delegação composta por elementos dos três sindicatos (Norte, Centro e Sul e Ilhas) e da UGT vai encontrar-se às 18:00 com o ministro das Finanças para falar sobre a situação do BPN.
"Tanto quanto sabemos, e vamos confirmar se é verdade ou não, o relatório do grupo nomeado para fazer a avaliação do BPN já foi entregue ao ministro das Finanças e nós precisamos de saber quais são as soluções para o banco", disse Alice Martins.
"Só depois da reunião é que se pode saber se há necessidade de despedimentos ou não", sublinhou.
O BPN, que foi nacionalizado em 11 de Novembro de 2008, tem um total de 1.800 trabalhadores.
RBV/NVI/RRA.
Lusa/Fim
O "Plano de Dinamização Comercial 2009", ao qual a agência Lusa teve acesso, refere que a 31 de Janeiro último o banco contava com 1.057 comerciais e 256.825 clientes, o que dava uma média de 242 clientes por cada um.
A previsão para 31 de Dezembro de 2009, indica o mesmo documento, é de que o banco tenha 965 comerciais (menos 92 que no início do ano) e 311.605 clientes, ou seja uma média de 323 clientes por comercial.
Ainda assim, o número de clientes por comercial previsto para o final do ano fica abaixo da actual média de mercado, que é de 374.
"O desempenho negativo do BPN é uma realidade", admite o plano assinado por Francisco Bandeira, o administrador nomeado pelo Governo para liderar o banco após a nacionalização em Novembro de 2008.
Segundo o plano, que refere dados de 2007, o "negócio por cada comercial" do BPN foi de metade da média do mercado e cerca de um quarto face ao "benchmarking" do mercado, que é a Caixa Geral de Depósitos.
"A solução", indica o plano, é "aumentar a produtividade por comercial", captando mais clientes e incrementando o produto bancário médio.
Em Janeiro, o Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI) tinha manifestado preocupação com a situação dos cerca de 250 contratados a prazo do BPN com quem a administração do banco não vai renovar os contratos.
Alice Martins, da direcção do SBSI, disse hoje à Lusa que o sindicato "está a acompanhar com muita preocupação a situação destes 250 trabalhadores" a termo.
Na segunda-feira, disse a mesma fonte, uma delegação composta por elementos dos três sindicatos (Norte, Centro e Sul e Ilhas) e da UGT vai encontrar-se às 18:00 com o ministro das Finanças para falar sobre a situação do BPN.
"Tanto quanto sabemos, e vamos confirmar se é verdade ou não, o relatório do grupo nomeado para fazer a avaliação do BPN já foi entregue ao ministro das Finanças e nós precisamos de saber quais são as soluções para o banco", disse Alice Martins.
"Só depois da reunião é que se pode saber se há necessidade de despedimentos ou não", sublinhou.
O BPN, que foi nacionalizado em 11 de Novembro de 2008, tem um total de 1.800 trabalhadores.
RBV/NVI/RRA.
Lusa/Fim