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Sexualidade: Pais portugueses precisam urgentemente de educação sexual - Monsenhor Fe

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Figueira da Foz, Coimbra, 11 Mar (Lusa) -- Os pais portugueses estão não estão preparados para assumirem a educação sexual dos filhos e necessitam urgentemente de formação, disse na noite de terça-feira, na Figueira da Foz, o monsenhor Vítor Feytor Pinto.

Intervindo durante a tertúlia Reacontece, no Casino da Figueira da Foz, sobre a educação sexual nas escolas, Feytor Pinto considerou que a sexualidade é "dominada por tabus" no seio das famílias portuguesas e que estas revelam falta de preparação para falarem do tema com naturalidade.

"Quem precisa urgentemente de educação sexual são os adultos. Se nós não tivermos adultos a saberem com o que é que lidam, efectivamente nunca poderão ser educadores", disse.

"Os pais que não têm formação, que ainda não descobriram a beleza da sexualidade de uma maneira positiva e apenas vêem o monstro da sexualidade, como é que podem ser os educadores dos seus filhos?", inquiriu.

Frisando que os pais nessa situação "têm de recorrer à escola" numa perspectiva de complementaridade, Feytor Pinto sustentou a educação para a sexualidade humana "é muito mais vasta do que a actividade sexual".

"[A sexualidade] contém como elemento mais pobre a actividade sexual", referiu.

Feytor Pinto recusou que a Igreja Católica possua uma visão retrógrada da sexualidade humana, embora tenha admitido existirem "algumas vozes" retrógradas "que têm que mudar".

"É essa a minha luta há 27 anos, não estou no ar, estou a lutar por isto. Por isso me especializei, trabalhei na área, para dizer aos padres, aos bispos, o que se deve fazer nesta área extremamente importante para a educação das novas gerações", sublinhou.

Presente no debate, a psicóloga Margariga Gaspar de Matos - que integrou o Grupo de Trabalho para a Educação Sexual (GTES), que laborou durante dois anos e cujas propostas foram acolhidas no projecto-lei do Partido Socialista, recentemente aprovado no Parlamento -- disse que existem escolas em Portugal com trabalho efectivo na área da educação para a Saúde.

"Há muita coisa a ser feita. Às vezes as pessoas não sabem, para injustiça dos próprios professores", disse.

Alegou que a nova lei surgiu da necessidade de outras escolas "que funcionam mal" assumirem responsabilidades e prestarem contas à sociedade civil.

"Por isso é que há uma lei, é para proibir as escolas de qualidade baixíssima de continuarem assim", disse

Por outro lado, aconselhou os estabelecimentos de ensino "de excelência" a ignorarem a nova lei.

"Continuem, não liguem à lei. Façam mais do que a lei, que é o que já estão a fazer até agora", exortou.

JLS.

Lusa/fim

















JN
 
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