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Administração da Papelaria Fernandes demite-se após 2,5 meses em funções

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Set 10, 2007
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O conselho de administração da Papelaria Fernandes, lidera por José Ortigão Sanches, apresentou hoje a sua demissão, por comunicado enviado ao mercado. A companhia, que terá a sua assembleia geral a 27 de Março, concluiu 2008 com perdas de 21,68 milhões de euros, mais 17,42 milhões que em 2007.

Em comunicado ao mercado da Papelaria Fernandes (PF), informa-se que “os três membros do actual conselho de administração apresentaram” de forma formal “a sua renúncia ao cargo”, já que consideram “terem completado a missão para que foram mandatados”. O trabalho da equipa de gestão que em Dezembro passado tomou posse, consistia nomeadamente na realização de um plano de reestruturação da companhia que será analisado na próxima AG, recorde-se. A autoria equipa liderada por José Ortigão Sanches substituiu em Dezembro passado a administração liderada por Catarina Gorjão Formigo.

A recuperação da empresa terá agora de ser decidida a 27 de Março, em assembleia geral de accionistas, para a qual a Metalgest – Sociedade de Gestão, do empresário Joe Berardo, pede agora a inclusão de três pontos adicionais: apreciar a reestruturação da nova direcção, reduzir o capital para cobertura de prejuízos e aumentar de novo para 40 milhões de euros.

A Papelaria Fernandes, cotada em bolsa, é controlada em 33,19% (direitos de voto) pela Fundação Ernesto Lourenço Estrada, em 25,13% por José Morgado Henriques e em 20,05% por Joe Berardo, via Metalgest e Imobiliária Magnólia Madeira. Vasco Quevedo Pessanha - que chegou a presidir à empresa em simultâneo com a liderança da Inapa, que foi dona de cerca de 20% da PF até início de 2007 - ainda detém 1,10% da retalhista.

Resultados quebram em toda a linha

A Papelaria Fernandes encerrou o ano de 2008 com capitais próprios negativos de 22,33 milhões de euros, o que contrasta com a soma de 15,21 milhões de euros positivos um anos antes. O exercício passado veio a somar mais 21,68 milhões de euros de prejuízos aos resultados transitados já negativos em 47,09 milhões de euros, de acordo com a proposta de contas apresentadas ontem pela administração da retalhista especializada em artigos de papelaria.

Em termos consolidados, adianta o texto da proposta de resultados, o volume de negócios da companhia decresceu 49,9%, para 13,008 milhões de euros.

Individualmente, a PF – Indústria e Comércio teve um recuo de 57,5%, para 5,9 milhões de euros; a Fernandes Converting decaiu 58,8%, para 1,35 milhões de euros; a PF Lojas decresceram 27,5%, para 7,05 milhões de euros; a Fernandes Técnica quebrou 49,7%, para 1,002 milhões de euros; e finalmente a Printima diminuiu em 35,3%, para 264 mil euros.

Em termos consolidados, não houve um resultado que não ficasse no vermelho: os prejuízos agravaram-se de 4,26 milhões para 21,68 milhões de euros; os resultados operacionais pioraram de 1,55 milhões de euros negativos para 9,58 milhões de euros negativos; e os resultados financeiros sofreram um aumento de 2,77 milhões de euros negativos para 14,72 milhões de euros negativos.

Jornal de Negócios
 
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