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Morreu após três idas às Urgências

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Mar 7, 2009
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Em 48 horas, Maria Helena Batista Reis entrou três vezes nas Urgências do Hospital Garcia de Orta, em Almada. Faleceu na madrugada de Sexta-Feira Santa.
Os familiares acusam o hospital de negligência médica e tencionam avançar com um processo judicial. A queixa foi escrita no Livro de Reclamações. O hospital alega que a doente não apresentou queixas cardíacas nem respiratórias, mas apenas dores do foro músculo-esquelético.


Num ambiente de dor e consternação, os familiares e amigos de Helena, que tinha 48 anos, contam ao CM os momentos dramáticos. "A minha mãe, cardíaca e hipertensa, foi no dia 8 ao Centro de Saúde da Amora [Seixal], com sintomas que indiciavam um enfarte. Deram-lhe uma injecção e a médica disse que ia enviar um fax para o hospital [Garcia de Orta]", explica a filha, Marlene. A amiga, Isabel Guilhermina, descreve: "Esteve duas horas à espera de ser vista.

O médico, estrangeiro, disse que não ia pedir exames porque eram nervos." O viúvo, Jerónimo Reis, não se conforma. "Voltou às Urgências na madrugada do dia 9 e fizeram-lhe um raio-X. Regressou às 03h00 do dia 10 e morreu às 04h50."

Numa das ocasiões em que Helena foi à Urgência, foi chamado o INEM. "Disseram que não era com eles, que se devia chamar os bombeiros", aponta Luísa Batista, tia de Helena.
Estevão Pape, director da Urgência do Hospital Garcia de Orta, nega ter havido negligência. "A doente, dia 8, apresentou queixas não específicas e não tinha qualquer sintoma de doença cardíaca ou respiratória. Tinha dores músculo-esqueléticas com radiação para o dorso.

Foi medicada e melhorou", explica ao CM. "Voltou sem sintomas coronários. Fez raio-X, teve alta. No dia 10 tinha braquicardia [batimentos cardíacos lentos]. Admito que possa ter ocorrido algo anormal. Não sabemos o diagnóstico." A autópsia, que se realiza amanhã, poderá revelar os motivos da morte. O funeral é terça-feira, na Amora.
«CM»
 
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