Rui Vaz Gaudêncio, o pastor de 44 anos que ganhou mais de um milhão de euros, esteve ontem na festa de Nossa Senhora do Incenso e depois refugiou-se em casa do irmão. O vencedor está a ponderar ir viver para Espanha.
Comprar uma concertina. Será este o primeiro investimento de Rui Vaz Gaudêncio, o pastor de 44 anos, natural da pequena localidade de Salvador, concelho de Penamacor, que na sexta-feira ganhou o segundo prémio do Euromilhões no valor de um milhão, setenta e sete mil, novecentos e vinte e dois euros e oitenta e nove cêntimos.
Uma quantia que Rui Gaudêncio - que além de pastor faz o que que lhe pedirem, pois não tem profissão certa - nunca pensou ter. Aliás, quando percebeu que acertara em parte dos números da chave vencedora, Rui Gaudêncio pensou que o prémio não ultrapassaria os mil contos, relatou ao DN José António Filipe, irmão do vencedor, que ontem esteve todo o dia com Rui em Penamacor.
Os dois foram com amigos à festa de Nossa Senhora do Incenso. "Não fomos agradecer, fomos só pelo convívio. Vamos todos os anos", refere António Filipe, enquanto explica que o irmão não dará mais entrevistas, recusando também ser fotografado.
"Ainda não temos o dinheiro e ele nem sequer vai vir para cá. Com certeza vai directamente para o banco, mas mesmo assim temos receio do que possa acontecer", justifica, assumindo que toda a família tem raízes humildes e que o recém- -premiado nem sequer possui conta aberta no banco.
Quando regressou da festa de Nossa Senhora do Incenso, o novo milionário refugiou-se em casa do irmão, em Salvador, para pensar o que fazer com o prémio.
Aliás, os proprietários do café onde comprou o boletim vencedor já o tinham aconselhado a ter cuidado. Depois de perceber que ganhou o Euromilhões, Rui deslocou--se com o boletim na mão, ao café Justino, onde registara a sua aposta de apenas quatro euros.
Foi recebido pelo filho dos proprietários, que percebeu imediatamente que estava perante um segundo prémio. "O meu filho tirou uma fotocópia ao boletim para o Rui mostrar aos amigos, mas aconselhou a guardar o boletim com alguém de inteira confiança e num lugar difícil de descobrir", revela Maria da Piedade, proprietária do café, onde ontem à tarde vários clientes comentavam o assunto.
António Morais, por exemplo, conhece Rui Gaudêncio desde pequeno e garante que "é gente muito simples, mas boa e por isso merece o prémio".
Na terra até já lhe mudaram o nome: nas últimas 24 horas passou de "Rui Pelintra" (alcunha pela qual era conhecido) para "Rui Milionário". "Até agora vivia do que ia ganhando quando arranjava emprego e das poucas ajudas que a família lhe podia dar. Ou então, quando o chamavam para ir à apanha da fruta em Espanha", conta o irmão. E é para lá que Rui Gaudêncio poderá ir em breve.
"Os jornalistas estão a procurar-nos com muita frequência. Se assim continuar ele terá de ir embora", refere, explicando que têm medo do que possa acontecer: "As pessoas podem pensar que é mais dinheiro." O pastor é o mais recém-milionário de Portugal, que já conta com pelo menos 30 excêntricos do Euromilhões.
DN
Comprar uma concertina. Será este o primeiro investimento de Rui Vaz Gaudêncio, o pastor de 44 anos, natural da pequena localidade de Salvador, concelho de Penamacor, que na sexta-feira ganhou o segundo prémio do Euromilhões no valor de um milhão, setenta e sete mil, novecentos e vinte e dois euros e oitenta e nove cêntimos.
Uma quantia que Rui Gaudêncio - que além de pastor faz o que que lhe pedirem, pois não tem profissão certa - nunca pensou ter. Aliás, quando percebeu que acertara em parte dos números da chave vencedora, Rui Gaudêncio pensou que o prémio não ultrapassaria os mil contos, relatou ao DN José António Filipe, irmão do vencedor, que ontem esteve todo o dia com Rui em Penamacor.
Os dois foram com amigos à festa de Nossa Senhora do Incenso. "Não fomos agradecer, fomos só pelo convívio. Vamos todos os anos", refere António Filipe, enquanto explica que o irmão não dará mais entrevistas, recusando também ser fotografado.
"Ainda não temos o dinheiro e ele nem sequer vai vir para cá. Com certeza vai directamente para o banco, mas mesmo assim temos receio do que possa acontecer", justifica, assumindo que toda a família tem raízes humildes e que o recém- -premiado nem sequer possui conta aberta no banco.
Quando regressou da festa de Nossa Senhora do Incenso, o novo milionário refugiou-se em casa do irmão, em Salvador, para pensar o que fazer com o prémio.
Aliás, os proprietários do café onde comprou o boletim vencedor já o tinham aconselhado a ter cuidado. Depois de perceber que ganhou o Euromilhões, Rui deslocou--se com o boletim na mão, ao café Justino, onde registara a sua aposta de apenas quatro euros.
Foi recebido pelo filho dos proprietários, que percebeu imediatamente que estava perante um segundo prémio. "O meu filho tirou uma fotocópia ao boletim para o Rui mostrar aos amigos, mas aconselhou a guardar o boletim com alguém de inteira confiança e num lugar difícil de descobrir", revela Maria da Piedade, proprietária do café, onde ontem à tarde vários clientes comentavam o assunto.
António Morais, por exemplo, conhece Rui Gaudêncio desde pequeno e garante que "é gente muito simples, mas boa e por isso merece o prémio".
Na terra até já lhe mudaram o nome: nas últimas 24 horas passou de "Rui Pelintra" (alcunha pela qual era conhecido) para "Rui Milionário". "Até agora vivia do que ia ganhando quando arranjava emprego e das poucas ajudas que a família lhe podia dar. Ou então, quando o chamavam para ir à apanha da fruta em Espanha", conta o irmão. E é para lá que Rui Gaudêncio poderá ir em breve.
"Os jornalistas estão a procurar-nos com muita frequência. Se assim continuar ele terá de ir embora", refere, explicando que têm medo do que possa acontecer: "As pessoas podem pensar que é mais dinheiro." O pastor é o mais recém-milionário de Portugal, que já conta com pelo menos 30 excêntricos do Euromilhões.
DN